Resumo: Os registros gráficos dos alunos devem ser analisados com base em evidências e representam um dos modos de comunicação em sala de aula. Com enfoque qualitativo e perspectiva de estudo de caso, estruturou-se uma Sequência de Ensino Investigativa (SEI) para os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental (EF). Ao término das aulas, os alunos elaboraram registros gráficos, analisados a partir de um processo de categorização. Esses desenhos, em associação com as falas dos alunos, foram capazes de comunicar as atividades realizadas, tanto no que diz respeito ao ser vivo estudado, como em relação aos materiais utilizados no processo de investigação. As habilidades empregadas pelos alunos em suas representações gráficas são ferramentas necessárias para o envolvimento com a cultura científica. Acredita-se que a elaboração de desenhos, como forma de registro, deve ser fomentada desde os primeiros anos do EF, visando a construção de novos conceitos e o envolvimento crescente com processos de Alfabetização Científica (AC).
O cuidado e a educação são ações indissociáveis estruturantes do currículo na Educação Infantil, principalmente nas escolas dedicadas aos bebês e crianças pequenas. Este argumento científico orientou os encaminhamentos de pesquisa bibliográfica dirigida a investigar e compreender o papel e o valor dos momentos de cuidado aos bebês e às crianças pequenas, ofertados pelas Escolas de Educação Infantil, como situações potenciais de aprendizagem e desenvolvimento. A partir da investigação, verificou-se que as ações de cuidado são potencialmente humanizadoras porque podem se tornar profícuas para a relação do bebê com o meio social, configurando condições efetivas para a construção de sua identidade e seu desenvolvimento intelectual e emocional. Nesta direção, estudos reunidos apontam para o papel e o valor dos momentos de cuidado e educação para a aprendizagem do uso convencional dos objetos e apropriações de práticas culturais, envolvendo, dentre outros, o desenvolvimento alimentar e nutricional, e afirmando a unidade cuidar-educar como fundamental para a promoção de uma Educação Infantil humanizadora.
afirmando o direito da criança em se apropriar do conhecimento produzido pela humanidade desde o começo da vida. Na perspectiva de atingir a este objetivo, esta exposição traz aspectos da formação e trabalho do professor voltado à iniciação às ciências na Educação Infantil, a partir da articulação de princípios da Teoria Histórico-Cultural com autores que se dedicam a pensar a iniciação às ciências como possibilidade de participação ativa de adultos e crianças. Para tanto, foram compiladas ações de pesquisa que sistematizam os dilemas, desafios e especificidades relativos ao trabalho docente na Educação Infantil com argumentações teórico-científicas relativas à apropriação e formação de ferramentas científicas consoantes ao desenvolvimento da inteligência e personalidade de crianças pequenas. No conjunto, tecemos reflexões sobre a necessária instrumentalização teórico-prática do professor na formação inicial em Ciências no curso de Pedagogia a partir da análise de uma Sequência de Ensino Investigativa. O exposto valida a ideia de que a proposição educativa orientada para aprendizagens promotoras de desenvolvimento humano na infância exige a atitude ativa de professores e crianças, potencializando um dialético processo de relações entre a infância e as ciências.
O Ensino de Ciências por Investigação nos anos iniciais da escolarização contribui para o desenvolvimento do processo de Alfabetização Científica. Na exposição de parte dos resultados de pesquisa, crianças e professoras colaboradoras em cena, se situam em uma escola da rede pública de um município de médio porte, no oeste paulista. Trata-se de uma turma de terceiro ano do Ensino Fundamental que, em ação cooperativa, participou de atividades decorrentes da organização de uma Sequência de Ensino Investigativa, intitulada “Fotossíntese e cadeia alimentar”. Na imersão da cultura produzida pela humanidade, atividades de linguagens escrita e científica se entrelaçam e contribuem para a formação da inteligência e personalidade infantis, evidenciando o quanto essa prática de ensino – envolvendo resolução de problemas, levantamento de hipóteses e discussões – traz impactos positivos na produção de textos autorais, nos quais a criança, ao registrar o que pensa e aprendeu em aula, amplia o desejo de se expressar em seu projeto de dizer e se apropria de capacidades especificamente humanas, relativas à escrita e à ciência. Sendo assim, as atividades investigativas podem ser um caminho possível para potencializar o processo de alfabetização, bem como o envolvimento do aluno com a cultura científica.
Children must to be inserted in a context of Scientific Literacy (SL) since the early years of their schooling. For this, it was structured propose an Inquiry-Based Teaching Sequences (IBTS) to enable the development of scientific discussions and encourage interaction between students and between them and the teacher. Focusing on the students' learning process, this teaching sequence mean to verify the skills associated with the SL process, concentrating on elements such as oral and written language used by students during their activities. Studying cases based in a qualitative research, IBTS classes were recorded, transcribed and its content was analyzed from pre-established categories. The results demonstrate that, through the observation of a complete life cycle, the students experience real opportunities to make hypotheses, test their ideas, materials handling, as well as articulate, develop, evaluate and revise their models of growth and development of living things. These skills are inherent to the SL process and have a direct implication for science teaching.
As crianças se mostram curiosas em relação aos elementos pertencentes ao seu entorno por meio das experiências ou vivências do dia a dia com pessoas circundantes e, desde pequenas, são capazes de se envolver com elementos próprios do “fazer científico”. Os aportes da Teoria Histórico-Cultural apresentam um caminho possível para superar premissas equivocadas sobre a inserção de elementos científicos na infância, bem como sinalizam possibilidades para o engajamento das crianças pequenas com a formação de bases para o pensamento científico. Com esta perspectiva, nesta exposição são socializados resultados de pesquisa, cujo objetivo foi compreender como o(a) professor(a) da Educação Infantil concebe o processo de Iniciação às Ciências na infância, bem como tecer considerações sobre os aspectos essenciais dos processos pedagógicos efetivados com as crianças. Para efetividade da pesquisa qualitativa, os dados foram produzidos a partir de uma entrevista com uma professora da Educação Infantil e organizados com base na proposição de eixos temáticos de análise: 1) Atuação e formação inicial; 2) Referencial teórico adotado; 3) Avaliação da incorporação dos princípios das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil; 4) Estrutura da escola e organização dos espaços utilizados; 5) Material didático; 6) Planejamento municipal e das professoras; 7) Proposições/intervenções com situações educativas que envolvam Ciências e 8) Avaliação sobre o envolvimento das crianças com as ações propostas. Os resultados conquistados sinalizam a articulação entre as áreas das Ciências, Educação Infantil e Teoria Histórico-Cultural como potencial para a formação humana da criança pequena, tendo a iniciação às Ciências como possibilidade para a efetividade desse complexo processo.
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