RESUMO:Este trabalho trata das redes migratórias do Povo Manchineri. Nós entendemos redes migratórias como complexos laços interpessoais que ligam migrantes, migrantes anteriores e não migrantes nas áreas de origem e de destino, por meio de vínculos de parentesco e amizade. Essas redes são agrupamentos de indivíduos que mantêm contatos recorrentes entre si, por meio de laços ocupacionais, familiares, culturais ou afetivos. Para isso, propomos analisar o sentido da fronteira no cotidiano desse povo, tanto internamente, em relação aos limites da Terra Indígena, quanto na relação com o limite internacional. Palavras chaves: Manchineri, regiões fronteiriças, relações afetivas. Povo Manchineri: redes migratórias, fronteiras e relações afetivasEste texto tem como objetivo discutir as redes migratórias estabelecidas entre o Povo Manchineri, da Terra Indígena localizada no Estado do Acre, com o Peru e a Bolívia. Entendendo redes migratórias como complexos laços interpessoais que ligam migrantes, migrantes anteriores e não migrantes nas áreas de origem e de destino, por meio de vínculos de parentesco e amizade. Essas redes são agrupamentos de indivíduos que mantêm contatos recorrentes entre si, por meio de laços ocupacionais, familiares, culturais ou afetivos. Para isso, propomos analisar o sentido da fronteira no cotidiano desse povo, tanto internamente, em relação aos limites da Terra Indígena, quanto na relação com o limite internacional.Os estudos sobre migrações em região fronteiriça adquirem crescente importância na atualidade, principalmente em regiões que passam por processos de integração transfronteiriça, como é o caso da região de Madre de Dios (Peru), Acre (Brasil) e Pando (Bolívia) -MAP.A fronteira, como sabemos, é o traço definidor de poderes territorialmente instituídos, ou seja, das divisões político-administrativas entre Estados, mas também é uma zona de interação, pois relações com os povos vizinhos são parte constitutiva da vida regional.Daí a importância da compreensão da constituição do território e de suas fronteiras que é produzida em um e outro lado dos limites. Neste trabalho concebemos território para além da dimensão jurídico-administrativa, de corpo do estado-nação, de áreas geográficas delimitadas, reconhecidas e controladas pelo Estado nacional. Introdução 224A região fronteiriça é formada pelas práticas ligadas à aonde ele chega (Sayad, 1998: 243). existência da fronteira e, nesse caso, a fronteira aparece como A migração indígena é de dois tipos: as locais, quando o precursora de integração. Em lugar de zonas de separação, as indivíduo se desloca a espaços geograficamente contíguos, que regiões fronteiriças são pontos de convergência e, nesse sentido, podem lhe ser familiares ou não; e as circulares, quando o o contínuo geográfico é tomado como uma oportunidade para indivíduo se desloca para lugares por um determinado intervalo incrementar fluxos comerciais e de serviços. No caso em tela, da de tempo e depois retorna à sua origem (Truzzi, 2008 fronteira para povos indígenas? O que ela marc...
Resumo O presente texto traz uma discussão acerca da valorização imobiliária em Rio Branco, capital do Estado do Acre. O poder público, como forma de direcionar o crescimento urbano para outra porção da cidade, decidiu criar um novo centro administrativo e descentralizar alguns serviços. A área destinada a receber esses serviços foi a Via Verde, um lugar com grandes extensões de “espaços vazios” que, aos poucos, foi sendo ocupado. Essa Via é parte da BR-364, que foi pavimentada em 2006 e, a partir da materialização de investimentos públicos e privados, ano após ano, tornou-se a área mais valorizada da cidade. Esse processo promove um mercado imobiliário formal restrito, que limita o acesso de grande parte da população aos espaços urbanos mais valorizados. No entanto, a descentralização desses serviços para essa alça viária é a materialização do desenvolvimento econômico na capital, pois tem incentivado novas rotas para a expansão territorial, além da inserção de atividades outrora alheias a essa cidade. Nesse sentido, o objetivo deste texto é discutir a materialização de investimentos na Via Verde e a valorização imobiliária que esses empreendimentos têm gerado no entorno dessa nova alça viária, tornando a uma nova expressão de centralidade em Rio Branco.
A embolização de vasos é considera um procedimento alternativo na terapêutica oncológica. Apesar do alto custo, é uma técnica minimamente invasiva, apresenta poucas complicações e possui significativa taxa de sucesso na terapia. Relatamos o caso de uma paciente diagnosticada com tumor hepático contraria a procedimentos invasivos que optou pela embolização de vasos como tratamento. O procedimento foi realizado com sucesso e sem complicações. PALAVRAS-CHAVES:Embolização. Endovascular. Nódulo. INTRODUÇÃOAs técnicas percutâneas e endovasculares são muito relevantes no tratamento de pacientes com carcinoma hepatocelular (BILBAO et al., 2017). A embolização de vasos que alimentam esse tumor é um dos procedimentos de escolha por ser minimamente invasivo e é realizado através da colocação endovascular intencional de material para induzir trombose do vaso (JESINGER; THORESON; LAMBA, 2013). Ademais, é introduzido catéter por acesso percutâneo a um vaso para atingir a neoplasia, onde são liberadas partículas sólidas, líquidos espessos ou com medicamentos que provocam a diminuição do tumor ou do fluxo sanguíneo que o alimenta (SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANGIOLOGIA E DE CIRURGIA VASCULAR, 2016).
Esta é uma reflexão sobre os conteúdos referentes aos povos nativos presentes nos livros didáticos de Geografia, no intuito de identificar se apontam caminhos para uma abordagem intercultural que leve reflexões sobre geografias indígenas, suas lutas sociais, suas cosmologias e permanentes estratégias de resistência. Ao analisar experiências no Brasil e América Latina reconhecemos que desde as últimas décadas do século XX houveram diversos avanços em termos de promoção de uma educação intercultural em contextos indígenas e não-indígenas, a partir de produção de materiais didáticos, incremento de uma educação bilíngue, esforços para registro das línguas maternas e marcos legais como a lei nº 11645/2008 no contexto da Educação Básica. Porém, como destaca Crisóstomo (2012) e Chirif (1997), muitas vezes as políticas interculturais supõe apenas que os indígenas se interculturalizem-se, isto é, aprendem a língua e as formas de organizar o conhecimento hegemônicas para os outros setores do país, sem que estes tenham que realizar o processo recíproco. Neste sentido interessa-nos investigar como as temáticas indígenas aparecem em livros didáticos de geografia utilizados em escolas de Rio Branco/Acre, destacando a importância de olhar e ouvir as vozes dos pensadores indígenas.
Esse artigo tem por objetivo refletir sobre as relações entre currículo e as culturas subalternizadas, perpassando pelas discussões que contribuem com essa relação, como aquelas relacionadas com o debate em torno dos conceitos de interculturalidade, territorialidade e multiculturalidade a partir de autores que pensam a
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