Este trabalho constitui uma síntese e revisão dos principais resultados das pesquisas, com o objetivo de validar o grupo IB de Rudge. As gestantes deste grupo têm rastreamento positivo e diagnóstico negativo para o diabete gestacional, ou seja, apresentam resposta normal ao teste oral de tolerância à glicose (TTG100g). Apesar disso, as alterações nas glicemias ao longo do dia, confirmadas no perfil glicêmico (PG) caracterizam a hiperglicemia diária, fator responsável por risco materno e desfecho perinatal adverso. Estas gestantes são erroneamente incluídas na categoria de "pré-natal de baixo risco" e não estão sendo diagnosticadas e tratadas. Correspondem a 13,8% da população de gestantes rastreadas que, somados aos 7,0% das gestações complicadas por diabete, aumentam a ocorrência de distúrbios hiperglicêmicos na gestação para cerca de 20,0%. Tem índice de mortalidade perinatal de 41‰, semelhante ao de gestantes diabéticas e 10 vezes maior que o de não diabéticas; suas placentas apresentam alterações morfológicas e funcionais diferenciadas dos grupos de gestantes não diabéticas e diabéticas, indicativas de ajuste para manutenção da atividade funcional, facilitando a passagem de glicose para o feto e explicando a macrossomia fetal (53,8% das gestantes não tratadas). O risco materno para hipertensão, obesidade e hiperglicemia é elevado e parece reproduzir modelo da síndrome metabólica, favorecendo risco potencial para diabete no futuro; 10 anos após a gravidez-índice, o diabete clínico tipo 2 foi confirmado em 16,7% das mulheres do grupo IB. Os autores propõem o desenvolvimento de projetos multicêntricos, para identificar biomarcadores, de múltiplos enfoques, específicos das gestantes do grupo IB de Rudge e estabelecer protocolos para o diagnóstico dos distúrbios hiperglicêmicos da gestação, padronizando a associação TTG100g + PG, conduta que poderá causar impacto na morbimortalidade perinatal das gestações complicadas por hiperglicemia diária.
Em uma faixa de cerrado sensu stricto, de 63,56 ha, da Fazenda Água Limpa, de propriedade da Universidade de Brasília-DF, foram delimitadas dez parcelas de 20 x 50 m cada nas quais se identificaram e medam as alturas totais e o diâmetro, tomado a 30 cm de altura do solo, de todas as árvores com diâmetro igual ou superior a 5cm. Foram sorteadas para serem derrubadas e pesadas, no máximo três (3) indivíduos por espécie e por classe de diâmetro, em sete classes diametrais pré-estabelecidas (5-9; 9-13...., 29-33 cm). Em cada indivíduo, foram coletadas seções transversais a zero (base), 25, 50, 75 e 100% (topo) da altura do tronco, partindo da base, embaladas em sacos plásticos e levadas para laboratório, para obtenção da massa específica básica, do poder calorífico superior e dos teores de cinzas, materiais volátil e carbono fixo da madeira e da casca. Foram identificadas 47 espécies. A biomassa seca do povoamento apresentou 71% de madeira e 29% de casca, sendo a árvore formada, em média, de 53% de ramos e 47% de tronco. A produção média de biomassa seca total para a área foi de 12,38 t/ha, com variações individuais de 0,44 kg/ha (Symplocos rhaminifolia, com um indivíduo/ha) a 2.886,04 kg/ha (Sclerolobium paniculatum, com 46 indivíduos/ha). A produção média por árvore foi de 18,39 kg. A massa específica básica da madeira variou de 0,20 g/cm3 a 0,78 g/cm3 e a da casca de 0,17 g/cm3 a 0,67 g/cm,3. O poder calorífico superior variou de 4.516 kcal/kg a 4.989 kcal/kg, com média de 4.763 kcal/kg, enquanto o da casca variou de 4.187 kcal/kg a 5.738 kcal/kg. O teor de carbono fixo médio foi de 20,73% para a madeira e de 25,19% para a casca. Vochysia thysoidea destacou-se pela grande produção energética (392,49 Mcal/árvore, 20 árvores/ha e 7.849,80 Mcal/ha) em função da alta produção de biomassa tanto individual quanto por área, porém com características físicas da madeira inferiores (massa específica baixa - 0,49 g/cm3 e poder calorífico abaixo da média para a área - 4.713 kcal/kg). Acosmium dasycargpum por sua vez apresentou boas características da madeira (alto poder calorífico - 4.989 kcal/kg, alta massa específica - 0,74 g/cm3), mas com baixa produção energética (76,03 Mcal/árvore, 1 árvore/ha e 76,03 Mcal/ha) em função da baixa produção de biomassa. Houve, no entanto, espécies com boas características da madeira e com alta produção de biomassa, individual e/ou por área. São elas: Sclerolobium paniculatum (305,72 Mcal/árvore, 46 árvores/ha, 14.063,12 Mcal/ha, 0,72 g/cm3 e 4849 kcal/kg), Dalbergia miscolobium (80,26 Mcal/árvore, 84 árvores/ha, 6.741,84 Mcal/ha, 0,77 g/cm3 e 4896 kcal/kg) e Pterodon pubescens (473,69 Mcal/árvore, 14 árvores/ha, 6.631,66 Mcal/ha, 0,73 g/cm3 e 4953 kcal/kg). Essas espécies foram responsáveis por 45,85% de toda energia disponibilizada na forma de calor, ou seja, 27.437 Mcal/ha.
RESUMOTomando-se por base um povoamento de Acacia mangium com 7 anos de idade, retirou-se discos ao longo do tronco de 126 árvores para o estudo da densidade básica da espécie. A densidade básica média (DBM) encontrada foi de 0,524 ± 0,076 g/cm 3 . A variação axial da densidade básica (Db), explicada por um modelo quadrático (R 2 = 0,83), apresentou tendência de diminuição até a metade da altura do tronco, crescendo a partir daí até o topo, sem contudo atingir os valores da Db da base. O modelo linear foi o que melhor explicou a relação da DBM com a Db obtida a várias posições do tronco, mostrando-se mais acentuada (R 2 = 0,81) a 25% da altura do tronco. Portanto, na determinação da DBM da espécie por métodos destrutivos, pode-se utilizar amostras retiradas à 25% da altura do tronco. No entanto, para amostragens não-destrutivas, a posição de 25% pode ser uma altura elevada e a retirada da amostra, por exemplo, utilizando um trado, pode-se tornar inviável. Nesse caso, sugere-se a retirada no DAP, pois relação, nesta posição também é alta (0,78). Palavras-chave:Acacia mangium, densidade básica média, variação axial da densidade. ABSTRACTFrom a seven year old population of acacia mangium, discs were taken from the trunks of 126 trees in order to study the species' basic density. The basic average density (DBM) found was between 0.524 + 0.076 g/cm 3 . The axial variation for the basic density (Db), explained according to a quadratic model (R 2 = 0.83), revealed a reduction tendency of up to half of the trunk's height, increasing from this point up to the top without reaching the Db's value for the base. The linear model was what best explained the relation between the DBM and the Db, obtained at various positions along the trunk. In fact, this relation was even more accentuated (R 2 = 0.81) at 25% of the trunk's height. Thus, in the determining of the species' DBM through destructive methods, samples taken at 25% of the trunk's height can be used. Nevertheless, for non-destructive samples, the height of 25%, may be too much, and so, withdrawing a sample, using an Pressler's cork bore, for example, may not be feasible. In this case, withdrawing from the DAP is suggested because the relation at this height is also high (0.78).
Estudou-se neste trabalho a variação da densidade básica da madeira entre procedências e progênies de eucalipto plantados em duas localidades. As progênies de Eucalyptus urophylla originárias da ilha de Timor na Indonésia foram plantadas em Belo Oriente (MG) e Linhares (ES) no delineamento de blocos compactos em famílias (compact family blocks) com 3 repetições no espaçamento de 3,0 x 2,0m. Após 4 anos as árvores foram amostradas ao nível do DAP com a sonda Pressler e sua densidade básica determinada pelo método do máximo teor de umidade. Os resultados mostraram que as progênies tiveram comportamento similar nos dois locais. A maior variação entre progênies ocorreu naquelas provenientes da região Oebaha II. Os valores médios de densidade básica* das progênies não foram diferentes das procedências brasileiras utilizadas como testemunhas no experimento.
IntroduçãoA placenta é órgão fetal, sendo esperada correlação entre os pesos placentário e do feto. Essa correlação varia entre 0,5 e 0,6, sugerindo capacidade independente de crescimento da placenta 1 . A extensão da superfície de troca do epitélio viloso do trofoblasto é uma das variáveis determinantes da eficiência da placenta como órgão de transferên-cia 2 . Alguns autores estudaram a área total de superfície de troca, por métodos morfométricos e estereológicos. Entretanto, é metodologia trabalhosa e de difícil execução rotineira 3 .A avaliação da extensão da superfície de troca pode ser feita, de maneira indireta, pela análi-se das características físicas da placenta humana. O peso, o volume e a densidade do órgão 4 são as mais indicadas.Vários trabalhos usando técnica de morfometria mostraram que os cotilédones centrais e periféricos possuem diferentes caracterís-ticas físicas 4,5 . O cálculo da densidade placentária deve mostrar relação com o peso do recém-nascido. Alguns trabalhos em outras áreas da ciência (ex., agronomia) relacionam a densidade de corpos com a sua função, principalmente porque a densidade avalia a quantidade de material existente no corpo 6 . Este aspecto pode ser interessante do ponto de vista clínico.A relação entre a densidade placentária e o peso fetal tem sido pouco estudada na literatura. Os resultados mostraram que a densidade placentária é menor no pré-termo quando comparada com o termo 7 .
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