O objetivo do presente artigo é analisar a distribuição espacial da pobreza rural nos municípios brasileiros e a relação entre população rural e taxa de pobreza nos anos de 2000 e 2010. O trabalho utiliza a Análise Exploratória dos Dados Espaciais para identificar o coeficiente bivariado I de Moran, o gráfico de dispersão, o mapa de significância e finalmente o mapa de cluster das variáveis dos municípios. Os dados são coletados no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através dos censos de 2000 e 2010. Verificou-se que entre 2000 e 2010 ocorreu um aumento pouco expressivo da autocorrelação espacial positiva entre o percentual da população rural e taxa de pobreza para os municípios brasileiros. A conclusão do estudo é que, as cidades nas quais se concentram uma grande população rural continuam apresentando uma alta taxa de pobreza, confirmando a hipótese de que a população rural tem dificuldade em usufruir de políticas de combate à pobreza devido à dificuldade do acesso a essas informações e pelo distanciamento físico. Por outro lado, há indícios que o PRONAF surge como uma política que pode contribuir para minimizar os seus efeitos, mesmo que lentamente reduzir a pobreza rural.
http://dx.doi.org/10.5007/2175-8085.2015v18n2p16O objetivo do trabalho foi verificar a existência espacial entre a taxa de pobreza e o percentual da população rural nos municípios da região Sul do Brasil. Foi utilizada a Análise Exploratória dos Dados Espaciais (AEDE) para identificar os coeficientes bivariados I de Moran, os gráficos de dispersão, os mapas de significâncias e os mapas de clusters das variáveis dos municípios. Os dados foram retirados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através dos censos de 2000 e 2010. Pode-se verificar que entre o período, houve aumento pouco expressivo da autocorrelação positiva entre o percentual da população rural e taxa de pobreza para os municípios, mas considerando o percentual dos municípios que foram estatisticamente significativos, houve um acréscimo no percentual de municípios do regime Baixo-Baixo (BB) e um decréscimo no percentual de municípios no regime Alto-Alto (AA).
O objetivo do presente estudo é apresentar os indicadores de desenvolvimento para os municípios do estado do Paraná nos anos de 2000 e de 2010, e verificar a relação entre desenvolvimento e educação. Foram utilizados três indicadores, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o índice FIRJAN de desenvolvimento municipal (IFDM) e o Índice IPARDES de desenvolvimento dos municípios (IPDM). Utilizou-se a metodologia de Análise Exploratória de Dados Espaciais. Os resultados indicam relação espacial positiva entre os indicadores analisados, assim, os municípios com elevado índice de desenvolvimento eram cercados por municípios na mesma situação. O regime espacial Alto-Alto aparece predominantemente nas mesorregiões Norte e Oeste, já o agrupamento espacial Baixo-Baixo foi observado nas mesorregiões Centro Sul, Oriental e Metropolitana de Curitiba. Com a análise multivariada foi possível constatar relação positiva entre desenvolvimento e educação, as associações espaciais Alto-Alto foram observadas na mesorregião Norte e Oeste, o regime espacial Baixo-Baixo aparece concentrado na mesorregião Centro Sul, Oriental e Metropolitana de Curitiba. O estudo conclui que durante o período analisado os agrupamentos espaciais com alto e baixo desenvolvimento estão concentrados nas mesmas localidades, os municípios com elevado índice de desenvolvimento estão cercados por vizinhos na mesma situação e essas localidades apresentam melhores índices de educação.
O presente estudo tem como objetivo analisar o desenvolvimento e o crescimento econômico, sob o enfoque regional para a microrregião de Cornélio Procópio do Norte Pioneiro do Estado do Paraná, no período de 2010 a 2013. A pesquisa forneceu inicialmente uma discussão conceitual sobre o crescimento e o desenvolvimento econômico, ressaltando a importância deste debate em tempos de estagnação econômica. Com esse intento, foi proposto uma metodologia baseada em uma estatística multivariada, pautando-se em 32 variáveis, para avaliar o desenvolvimento relativo desses municípios, elaborando um indicador que indique as condições de desenvolvimento econômico e possibilite uma ação eficaz das autoridades políticas. O resultado foi relevante, pois evidenciou que, embora o estado do Paraná seja um estado relativamente rico, a microrregião de estudo possui municípios desiguais no tocante do desenvolvimento econômico. Por fim, para verificar a relação do desenvolvimento com a renda, realizou-se uma comparação entre a renda per capita e o escore de desenvolvimento aferido, o qual constatou um alto grau de correlação.
O presente estudo analisa a distribuição espacial da pobreza multidimensional nos municípios brasileiros considerando as Áreas Minimamente Comparáveis (AMC) e sua convergência nos anos de 1991, 2000 e 2010. Para isso, foi construído um Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), realizada a análise exploratória de dados espaciais (AEDE) e, para verificar a convergência da pobreza multidimensional, utilizou-se a abordagem de econometria espacial. Os resultados indicaram que condições de habitação e demografia foram as dimensões que mais contribuíram para a pobreza multidimensional, e as dimensões de saúde e saneamento e renda são as que mais contribuíram para a redução da pobreza multidimensional. O estudo também apontou que o Brasil apresentou convergência absoluta e clubes de convergência da pobreza multidimensional, especialmente de 2000 para 2010. Além disso, as dimensões trabalho e condições de habitação foram as que mais contribuíram para a convergência da pobreza multidimensional.
O presente estudo procurou avaliar a distribuição espacial do desenvolvimento econômico, bem como analisar a influência do conhecimento sobre o desenvolvimento municipal. Para isso, foram extraídos dados do Censo Demográfico e utilizada a abordagem de estatística espacial. Os resultados indicaram que existe autocorrelação espacial do desenvolvimento econômico entre os municípios brasileiros. O estudo também apontou que a proporção da população acima de 25 anos com nível superior, no município e na região e a taxa de analfabetismo em municípios vizinhos afetam positivamente o desenvolvimento do município, e ainda, outros fatores regionais não incluídos no modelo também contribuem para o desenvolvimento municipal, por outro lado, a taxa de analfabetismo no município afeta negativamente o desenvolvimento municipal. Em suma, o estudo evidencia que o desenvolvimento municipal é lesado pelo baixo nível de conhecimento no município, enquanto o alto nível de conhecimento, tanto no município, quanto na região e o baixo nível de conhecimento em municípios vizinhos, contribui positivamente para o desenvolvimento municipal.
O objetivo do presente estudo foi avaliar a distribuição espacial dos fluxos migratórios nos municípios e o impacto da pobreza e da desigualdade na distribuição de renda na taxa líquida de migração, com base nas informações dos Censos Demográficos dos anos de 1991, 2000 e 2010. Para tanto, foi utilizada a abordagem de econometria espacial. Os resultados indicaram que em todo o período houve maior concentração de fluxos migratórios no estado de São Paulo e na região Centro-Oeste e menor incidência no estado de Minas Gerais e na região Nordeste. Além disso, o estudo indicou que a pobreza multidimensional, a desigualdade na distribuição de renda, a pobreza multidimensional dos municípios vizinhos e a desigualdade na distribuição de renda dos municípios vizinhos apresentaram impacto negativo sobre a taxa de migração, sendo que, entre os determinantes estudados, a pobreza multidimensional apresentou o maior impacto na decisão de migração do indivíduo.
Neste trabalho é analisada evolução da desigualdade na distribuição da renda e da pobreza no estado do Paraná, entre 1995 e 2015. São utilizadas as informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD/IBGE) e indicadores de desigualdade e pobreza. Os resultados expostos sugerem redução da desigualdade e da pobreza, notadamente na primeira década do século XXI, mas também que a crise econômica do final do período analisado parece ter provocado reversão nessa tendência. Embora com importância decrescente, a desigualdade educacional permanece como determinante mais significativo para explicar os diferenciais de renda. A pobreza relativa se ampliou entre os domicílios chefiados por mulheres e não brancos e naqueles localizados na Região Metropolitana de Curitiba e em áreas urbanas. Apesar da melhoria dos indicadores de distribuição de renda, o Paraná ainda se constitui em uma sociedade extremamente desigual, demandando a ampliação de políticas públicas destinadas a mitigar essa adversidade.
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