O objetivo do presente artigo é analisar a distribuição espacial da pobreza rural nos municípios brasileiros e a relação entre população rural e taxa de pobreza nos anos de 2000 e 2010. O trabalho utiliza a Análise Exploratória dos Dados Espaciais para identificar o coeficiente bivariado I de Moran, o gráfico de dispersão, o mapa de significância e finalmente o mapa de cluster das variáveis dos municípios. Os dados são coletados no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através dos censos de 2000 e 2010. Verificou-se que entre 2000 e 2010 ocorreu um aumento pouco expressivo da autocorrelação espacial positiva entre o percentual da população rural e taxa de pobreza para os municípios brasileiros. A conclusão do estudo é que, as cidades nas quais se concentram uma grande população rural continuam apresentando uma alta taxa de pobreza, confirmando a hipótese de que a população rural tem dificuldade em usufruir de políticas de combate à pobreza devido à dificuldade do acesso a essas informações e pelo distanciamento físico. Por outro lado, há indícios que o PRONAF surge como uma política que pode contribuir para minimizar os seus efeitos, mesmo que lentamente reduzir a pobreza rural.
Resumo O estudo tem como objetivo explorar as ocorrências fiscais dos municípios brasileiros no período 2002 a 2016, analisando a relação entre as receitas, as despesas com pessoal, os estratos de tamanho, os delineamentos da atividade econômica e as riquezas municipais, considerando momentos de contração e de expansão do produto nacional. O procedimento metodológico consistiu na utilização de uma representação de dados em painel, com a aplicação do teste de especificação de Hausman, em que o modelo de efeito fixo, em confronto com o de efeitos aleatórios, se mostrou mais adequado para apuração da relação da variável dependente e das independentes. O cálculo do Quociente do Resultado de Execução Financeira (QREF) mensurou a situação fiscal das unidades federadas e aferiu as relações do QREF com outras variáveis, tais como o perfil de arrecadação, o balanço econômico municipal, a riqueza econômica da localidade, a despesa com pessoal e o tamanho populacional. As repercussões revelaram que as elevadas despesas com pessoal impactam negativamente as apurações dos resultados fiscais, enquanto que, os melhores cômputos do QREF ocorreram em unidades nas quais foram detectados os maiores indicadores de produto interno bruto per capita. Quanto ao nível de atividade econômica, a preponderância financeira dos setores agrícola e de serviços, revelou melhores condições pecuniárias, ressalvando que nos municípios com perfil industrial e classificados como pequenos foram detectados os piores resultados. No desfecho, a crise econômica de 2009 derivou em resultados fiscais ruins, enquanto que a crise política/econômica de 2015 e 2016 transcorreu com respostas orçamentárias mais apropriadas.
<p>Este estudo tem por objetivo identificar a produtividade do milho, para os anos de 2001 e 2011, nos estados que possuem maior produção. A metodologia utilizada é a análise exploratória dos dados espaciais (AEDE), para verificar a existência de <em>clusters</em> locais e globais com alta eficiência produtiva na produção deste cereal. Os dados utilizados foram à produtividade de todos os municípios do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia. Os dados para o cálculo da produtividade – quantidade e área plantada – foram coletados a partir da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) do IBGE. A análise dos resultados permite observar ao longo dos anos a presença de<em> clusters</em> eficientes que contribuem para ganhos de parcelas adicionais de mercado deste grão, o que concorre para o desenvolvimento do agronegócio na economia brasileira. Neste contexto, o estudo conclui que há <em>clusters</em> de eficiência na produção, com elevada produtividade na cultura de milho nos estados que se destacam como maiores produtores deste cereal no Brasil.
O objetivo deste artigo foi estabelecer uma análise espacial do Índice de Gestão Fiscal (IGF) e verificar a sua relação com o Índice de Desenvolvimento Municipal (IFDM), nos municípios paranaenses. O aumento do gasto público, diante de um contexto de lim
Estudar o desenvolvimento socioeconômico de um país, estado ou município é conhecer as condições de vida da sua população. Assim, o objetivo deste estudo é construir um indicador que mostre as condições socioeconômicas da população rural nos estados brasileiros nos anos de 2005 e 2015. Para tantofoi utilizada como metodologia a análise fatorial e o Índice Bruto de Desenvolvimento (IDB). As variáveis selecionadas representam os aspectos de renda, educação, saúde, acesso a bens duráveis e infraestrutura domiciliar. Os resultados mostraram que, no ano de 2005, havia nove estados que eram considerados de elevado desenvolvimento. Em 2015, esse número subiu para 16, representando mais de 50% das unidades federativas do Brasil. Na outra ponta, a quantidade de estados que eram considerados de baixo desenvolvimento passou de oito em 2005 para três em 2015, o que indica uma melhora na vida da população rural. O estudo concluiu que houve avanços nas condições de vida da população rural nos estados, sobretudo no acesso a bens duráveis e infraestrutura domiciliar. Entretanto, é visível que as políticas públicas voltadas à melhoria das condições de vida dos cidadãos na área rural devem continuar, e novas devem surgir, a fim de minimizar as disparidades sociais e econômicas entre as regiões do Brasil, uma vez que a maioria dos estados considerados de elevado desenvolvimento está localizada nas regiões Sul e Sudeste.
http://dx.doi.org/10.5007/2175-8085.2015v18n2p16O objetivo do trabalho foi verificar a existência espacial entre a taxa de pobreza e o percentual da população rural nos municípios da região Sul do Brasil. Foi utilizada a Análise Exploratória dos Dados Espaciais (AEDE) para identificar os coeficientes bivariados I de Moran, os gráficos de dispersão, os mapas de significâncias e os mapas de clusters das variáveis dos municípios. Os dados foram retirados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através dos censos de 2000 e 2010. Pode-se verificar que entre o período, houve aumento pouco expressivo da autocorrelação positiva entre o percentual da população rural e taxa de pobreza para os municípios, mas considerando o percentual dos municípios que foram estatisticamente significativos, houve um acréscimo no percentual de municípios do regime Baixo-Baixo (BB) e um decréscimo no percentual de municípios no regime Alto-Alto (AA).
O objetivo do presente estudo foi analisar as condições de saúde básica nos municípios brasileiros no ano de 2010 e verificar sua relação com as variáveis renda per capita, gasto per capita com saúde, educação e infraestrutura domiciliar. A metodologia utilizada foi a Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE) e os modelos econométricos espaciais. Os resultados apontaram auto correlação espacial positiva do indicador de saúde nos municípios brasileiros, a análise local revelou que os clusters com elevado indicador estão situados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, as aglomerações com baixo índice estão no Norte e Nordeste.
O objetivo do presente estudo foi verificar as alterações na distribuição espacial do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre os municípios brasileiros, no período de 1991 e 2010. O indicador, associado a observação de três dimensões, longevidade, educação e renda, permite a visualização de quanto é equânime o progresso de um município. O método de investigação consistiu no emprego da análise exploratória de dados espaciais (AEDE), com a utilização de matrizes de transição aplicadas e apresentadas por Rey (2001). Os resultados mostraram a existência de autocorrelação espacial positiva nos dois anos analisados. A análise da distribuição espacial revelou que 90,7% dos municípios que estavam no agrupamento de baixo desenvolvimento no ano de 1991, permaneceram na mesma situação em 2010. O indicador de educação foi o que mais evoluiu em termos percentuais, embora na condição absoluta tenha se situado abaixo dos indicadores de longevidade e renda. Levando em consideração o porte dos municípios, as unidades com baixa população, localizadas principalmente no Norte e Nordeste apresentaram IDHM abaixo da média nacional. Em relação as capitais brasileiras, os bons níveis de desenvolvimento socioeconômicos, foram observados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
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