Resumo O presente trabalho analisa as transições e o perfil dos indivíduos no mercado de trabalho das principais regiões metropolitanas brasileiras, considerando os estados de ocupado, desocupado e inativo. As informações básicas são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), para o período compreendido de 2002 até 2015, permitindo verificar o comportamento das transições no mercado de trabalho brasileiro em diferentes fases do ciclo econômico. Os resultados apresentados evidenciam que as chances de transições ao longo desse período são afetadas pelas características individuais, fazendo com que determinados grupos sejam muito mais (menos) desfavorecidos (favorecidos) nas fases recessivas (expansivas) do que outros. As estimativas sugerem que os indivíduos da cor preta, em especial os do sexo feminino, são os mais atingidos em um contexto de crise de emprego, deixando espaço para a discussão da necessidade de se estruturar alguma política pública capaz de atenuar este efeito. Mostra-se ainda que após um longo período, de 2002 a 2014, no qual se observou elevação das chances de os indivíduos permanecerem empregados, o ano de 2015 marcou o agravamento da crise econômica sobre o mercado de trabalho, com queda na transição para ocupação e dilatação do tempo na desocupação.
Resumo: Este trabalho analisa os determinantes da fecundidade e da participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro. São utilizadas as informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE, de 1995 até 2009, e o modelo probit bivariado. Conforme o esperado, observou-se queda da fecundidade e aumento da participação no período estudado, bem como efeito negativo dos salários na probabilidade de fecundidade e positivo na probabilidade de participação no mercado de trabalho. Além disso, outras variáveis de controle incluídas relacionadas às características pessoais, condição na família e local de residência também afetam a fecundidade e a inserção das mulheres. Ademais, verificou-se que, na cauda inferior da distribuição da renda domiciliar, o efeito dos salários na fecundidade é maior, mas, no caso do engajamento no mercado de trabalho, é menor.
Esta nota presenta reflexiones sobre los posibles impactos que la pandemia de coronavirus tendrá en la economía. La interrupción de las cadenas de producción, la caída de la producción y los ingresos son impactos inmediatos. Sin embargo, también se espera que los efectos a largo plazo sean signifi cativos y negativos parael crecimiento económico futuro.
Este trabalho tem como objetivo contribuir com a literatura sobre o fenômeno do adiamento da maternidade no Brasil, bem como analisar seus principais fatores associados. A pesquisa aborda o período de 1992 a 2015, considerando as informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, e a análise de sobrevivência que possibilita caracterizar aquelas mulheres com nascimentos de primeira ordem. Os resultados constatam uma tendência crescente da postergação da maternidade no Brasil e que aquelas com mais chances de adiar a maternidade são brancas, solteiras, residentes em áreas urbanas, metropolitanas e na região Sudeste. Ademais, foi possível identificar que, entre os principais fatores que contribuem para essa tendência, estão o investimento em capital humano e a participação no mercado de trabalho, preponderantes para o adiamento da maternidade.
Este artigo analisa a relação entre o crédito rural e o nível de atividade da agropecuária brasileira, no período de 2002 até 2014. A hipótese do trabalho é que a modernização e crescimento do setor agropecuário tornou-o um setor cuja disponibilidade de crédito é mais determinada por fatores do lado da demanda do que da oferta. Para testar tal hipótese foram utilizadas informações por unidade da federação e a metodologia de causalidade de Granger para dados em painel. Os resultados das estimações sugerem, com algumas exceções, causalidade unidirecional no sentido de Granger, do crescimento econômico para o setor financeiro, mas não o contrário. Esses resultados sugerem que a oferta de crédito rural no país acomoda-se à demanda do setor, dado que esse se tornou um demandante de baixo risco na visão dos bancos.
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