A integração ensino-serviço-comunidade está entre as diretrizes para educação superior e propicia educação permanente para os trabalhadores da saúde no Brasil, no sentido de formar profissionais preparados para atuação no Sistema Único de Saúde (SUS). Este é um relato de experiência que tem como objetivo apresentar a perspectiva integradora de uma prática de ensino numa universidade pública federal. A prática foi intitulada Módulo Prática de Ensino na Comunidade (PEC), tendo como local o Campus Prof. Antônio Garcia Filho da Universidade Federal de Sergipe, em Lagarto. Essa inserção nos serviços de saúde e na comunidade se dá desde o primeiro ano letivo. Trata-se de uma prática educativa que integra o ensino e o serviço tentando fazer com que a educação pelo trabalho possa ser também um caminho promissor para indução da educação permanente no cotidiano dos serviços. Nesse processo destaca-se ainda a criação de vínculos com a comunidade, que fomenta em todos os sujeitos envolvidos a participação popular para transformação social e fortalecimento da cidadania.
Objetivou-se investigar o tema da Integração Ensino-Serviço-Comunidade na percepção de discentes da Universidade Federal de Sergipe, campus Lagarto, e o perfil sociodemográfico dos estudantes. Trata-se de uma pesquisa aplicada, observacional, transversal, de abordagem por métodos mistos e caráter descritivo, realizada por meio de questionários semiestruturados autoaplicáveis. Os participantes deste estudo foram discentes de graduação matriculados nos oito cursos da área de ciências da saúde oferecidos pelo campus Lagarto. Os dados quantitativos foram analisados de forma descritiva por meio do software Excel (Microsoft®). O software WebQDA® foi utilizado nas análises qualitativas para a descrição das categorias de análise. Participaram deste estudo 412 estudantes, correspondente a 25% da média de alunos matriculados dentro do período da pesquisa [2018-2019; (n=1639)] sendo prevalentes: estudantes do sexo feminino (72,7%; n=298), heterossexuais (91%; n=372), negros (76%; n=312), com idade entre 16 a 24 anos (91%; n=344), solteiros (92,7%; n=295), que possuíam ao menos um filho (62,5%; n=256). A frequência de atividades de Integração Ensino-Serviço-Comunidade, referidas por discentes, foi variável de acordo com o módulo curricular: maior dentro da Universidade nas disciplinas de Tutorial/Equivalente (62,4%; n=234) e Habilidades/Equivalente (63,5%; n=237) e, nos espaços coletivos do território (57,5%; n=215), no módulo de Prática de Ensino na Comunidade/Equivalente. Dentre os discentes, 20% (n=71) não possuíam nenhuma compreensão sobre o tema da Integração Ensino-Serviço-Comunidade. As concepções identificadas estavam alinhadas principalmente a Associação da teoria com a prática (35%; n=127), Prestação de Serviços (15,5%; n=56) e Estratégia para aperfeiçoamento da formação para o Sistema Único de Saúde (12%; n=44). Os dados indicam que, com o avançar dos ciclos, as atividades de Integração Ensino-Serviço-Comunidade do módulo de Prática de Ensino e Comunidade acontecem cada vez menos nos espaços coletivos do território, e se tornam mais habituais nas dependências ou nos consultórios das unidades de saúde municipais, nos diferentes níveis de atenção.Palavras-chave: Relações Comunidade-Instituição. Sistema de Aprendizagem em Saúde. Educação em Saúde.
Esse estudo buscou investigar a Integração Ensino-Serviço-Comunidade (IESC) a partir da percepção de trabalhadores da Atenção Primária à Saúde (APS). A pesquisa tem caráter exploratório, abordagem observacional, descritiva, quali-quantitativa, realizada por entrevistas. Participaram 86 profissionais, a maioria de Agentes Comunitários de Saúde (60%). Dos participantes, 95% (n=80), entendem que a presença de alunos nas Unidades colaborara para a realização do trabalho, 48% (n=39) descreveram que são as Instituições de Ensino Superior (IES) em conjunto com o gestor/trabalhadores/representantes da Unidade que definem as ações. Dificuldades para IESC: falta de infraestrutura das unidades de saúde, inadequação de horários e de transporte e falha na comunicação entre a Instituição de Ensino e Serviço. A compreensão sobre a IESC ficou mais restrita a uma “troca de saberes”, entretanto, 99% afirmaram que essa articulação favorece a construção de uma prática importante para a formação daqueles que estão nos serviços, assim como para os discentes da instituição de ensino.
Objetivou-se pesquisar a prevalência de sinais e sintomas depressivos dentre os discentes de graduação de cursos na área da saúde, de uma Universidade Federal, com projeto curricular pedagógico baseado em Metodologias Ativas de Ensino Aprendizagem, de um município no interior do nordeste brasileiro. Trata-se de um estudo transversal e observacional, de abordagem analítica, descritiva e quantitativa realizado por meio de questionários semiestruturados autoaplicáveis. Os sujeitos deste estudo foram discentes de graduação matriculados nos oito cursos da área de ciências da saúde. A pesquisa foi realizada entre fevereiro de 2018 a junho de 2019. Os dados quantitativos foram processados por meio do software Excel (Microsoft®) de forma descritiva. As influências centrais do módulo de tutorial foram ansiedade (77%; n=314), alterações de sono (79%; n=323), competitividade (66%; n=271), individualismo (60%: n=244) e estresse (83,7%; n=343); outros módulos obtiveram proporções menores. Cerca de 36% mudariam de instituição de ensino, 44% mudariam de curso; Aproximadamente 31% (n=129) dos discentes apresentava ao menos uma morbidade referida. Problemas Mentais Comuns foram o grupo de morbidade referida mais prevalente (49%; n=63). O Inventário Beck identificou que 35% (n=143) dos participantes apresentou algum grau de depressão; 2% (n=8) autoavaliou sua saúde como ‘ruim/muito ruim’; 8% (n=33) referiu utilizar medicamentos. O grupo de substâncias químicas mais frequentemente utilizadas foram os psicofármacos, tendo destaque os medicamentos ansiolíticos (43%; n=18) e antidepressivos (29%; n=12); 45% (n=20) relacionou o uso de medicamentos à entrada na Universidade. Entendemos que uma reflexão institucional, discente e docente sobre a aplicabilidade das metodologias ativas de ensino aprendizagem deve ser considerada.
As Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem (MAEA) são estratégias de inovaçãocurricular que privilegiam o protagonismo do aluno. Neste estudo, objetivou-se investigar as MAEA sob a percepção de discentes da área da saúde. Trata-se de estudo transversal, com abordagem descritiva, realizado por meio de questionários semiestruturadosdistribuídos a estudantes de oito cursos da Universidade Federal de Sergipe (UFS), campus Lagarto, de fevereiro de 2018 a junho de 2019. Os dados foram analisados de formadescritiva por meio do software Excel (Microsoft®) e STATA. Participaram desta pesquisa 412 (25%) discentes, 42,5% (n=175) estava no ciclo comum/básico (I ciclo). Quanto asatisfação com o ensino, 77% (n=317) dos estudantes relataram que ao menos um dosmódulos com MAEA deveria ter outra metodologia de ensino, e 30,3% (n=122) referiramque provavelmente ou com certeza mudariam de curso; 25,1% (n=102) referiram queprovavelmente ou com certeza mudariam de instituição de ensino. Na análise por módulo curricular, o módulo Tutorial que utiliza o PBL foi apontado como aquele que maisinfluencia na geração de tensão, ansiedade e estresse. O módulo de PEC baseado naproblematização influenciou de forma mais prevalente aspectos de Humanização e Criticidade. Habilidades, módulo mais diverso em MAEA, foi o que apresentou maior prevalência de elevada contribuição para formação profissional. Os resultados demonstrarampercepções diversas sobre as MAEA na educação superior indicando a importância demais estudos sobre as práticas pedagógicas na formação em saúde, e a necessidade dereflexão institucional e docente sobre a aplicabilidade das MAEA.
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