Integração ensino-serviço-comunidade na perspectiva de profissionais da Atenção Primária à Saúde

Abstract

Esse estudo buscou investigar a Integração Ensino-Serviço-Comunidade (IESC) a partir da percepção de trabalhadores da Atenção Primária à Saúde (APS). A pesquisa tem caráter exploratório, abordagem observacional, descritiva, quali-quantitativa, realizada por entrevistas. Participaram 86 profissionais, a maioria de Agentes Comunitários de Saúde (60%). Dos participantes, 95% (n=80), entendem que a presença de alunos nas Unidades colaborara para a realização do trabalho, 48% (n=39) descreveram que são as Instituições de Ensino Superior (IES) em conjunto com o gestor/trabalhadores/representantes da Unidade que definem as ações. Dificuldades para IESC: falta de infraestrutura das unidades de saúde, inadequação de horários e de transporte e falha na comunicação entre a Instituição de Ensino e Serviço. A compreensão sobre a IESC ficou mais restrita a uma “troca de saberes”, entretanto, 99% afirmaram que essa articulação favorece a construção de uma prática importante para a formação daqueles que estão nos serviços, assim como para os discentes da instituição de ensino.

Ações de extensão no contexto universitário: promoção da saúde para pessoas diabéticas no norte de Minas Gerais

“…Nessa direção, os princípios da integração ensino-pesquisa, teoria e prática que embasam a concepção de extensão como função acadêmica da universidade revela um novo pensar e fazer, que se consubstancia em uma postura de organização e intervenção na realidade, em que a comunidade deixa de ser passiva no recebimento das informações/conhecimentos transmitidos pela universidade e passa a ser participativa, crítica e construtora dos possíveis modos de organização e cidadania (Schott et al, 2023).…”

Promoção da saúde física e mental por estudantes de medicina em escolas de ensino fundamental: um relato de experiência

“…A partir disso, foi possível notar que cada interação acadêmico-criança se dava de maneira muito Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 7, n. 3, p. 01-10, may/jun., 2024 particular, fato esse que foi importante pelo estímulo aos acadêmicos em encontrarem formas distintas de lidar com cada situação, com cada criança. SegundoSchott et al (2023), a tríade ensino-serviço-comunidade (ESC) é fundamental para a formação de profissionais na área da saúde, visto que essa interação aproxima a teoria da prática, estimula a independência nos estudos, estimula a autonomia profissional e também intelectual de cada graduando.Ainda do ponto de vista dos acadêmicos, foi possível também entrar em contato com condições socioculturais bastante diversas, o que possibilitou delinear cada vez mais a empatia e o respeito, proporcionando uma prática médica mais humanizada. Nesse sentido, é esperado que o médico não apenas seja capaz de diagnosticar e tratar enfermidades, mas também ver o paciente em seu contexto biopsicossocial, de modo a promover, da melhor forma possível, qualidade de vida dentro do contexto ao qual cada paciente/indivíduo pertence (Winter e Cavalli, 2023).…”