RESUMOEste texto refere-se a um projeto de pesquisa em andamento, que busca investigar o processo de construção dos sentidos do trabalho feminino e sua relação com a categorização de gênero a partir das histórias de vida de mulheres artesãs e da produção artesanal produzida por cada participante. Um grupo participante é formado por mulheres artesãs pertencentes a uma cooperativa de arte e artesanato popular e o outro por discentes de cursos de licenciaturas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), especialmente dos cursos de Pedagogia e Artes Visuais. A iniciativa buscou construir um espaço de produção artesanal, onde as memórias são resgatadas não apenas a partir da oralidade, mas também na produção concreta do artesanato, através do que denominamos de Oficinas de Criação Coletiva.Palavras-chave: gênero; arte-educação; histórias de vida; trabalho feminino. ABSTRACTThis text refers to an ongoing research project that seeks to investigate the process of constructing meanings of women's work and its relation to gender categorization from the life stories of artisan women and from craft production produced by each participant. A participant group is formed by artisan women belonging to an art and craft popular cooperative and the other is formed by students of undergraduate courses of Universidade Federal de Pelotas (UFPel), specially of Pedagogy and Visual Arts courses.
Este texto aborda alguns aspectos que integraram estudos de Pós-Doutoramento na área de Educação, conduzidos pela autora, e tem como objetivo sistematizar teoricamente uma experiência de educação popular baseada na implementação de oficinas que foram realizadas com mulheres camponesas assentadas do Sul do Brasil, participantes do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST). Essa experiência se articula na construção de um pensamento decolonial feminista latino-americano na área de Educação, iniciativa que não se coloca de forma isolada, mas compondo amplo leque de possibilidades, tanto políticas quanto investigativas. Dessa forma, o referencial teórico adotado se localiza no campo do pensamento feminista, compreendendo a decolonialidade aplicada à questão de gênero na América Latina e tendo como metodologia a coleta de dados empíricos por meio de narrativas autobiográficas, onde afloram as narrativas (auto)biográficas das mulheres do Sul, encaminhando-se na construção de um pensamento que coloca em xeque o conhecimento androcêntrico e eurocêntrico no qual a ciência moderna se baseou.
No Brasil, apesar de a docência ser exercida majoritariamente por mulheres, é possível perceber uma falta de conhecimento sobre os estudos feministas e de gênero. Isso pode ter reflexos em sala de aula, já que os livros didáticos muitas vezes trazem representações de gênero estereotipadas, podendo influenciar a construção da identidade das estudantes. Neste estudo, observamos como a mulher é representada e qual sua representatividade nas imagens dos livros de Língua Portuguesa e Língua Estrangeira selecionados pela rede municipal de ensino para a Educação de Jovens e Adultos em nossa cidade. Nosso objetivo é fornecer um exemplo de como essa observação crítica pode ser feita pelas/os docentes e servir de base para um trabalho em sala de aula visando desconstruir as representações estereotipadas, a invisibilidade e o desprestígio da mulher.
Resumo:Esse texto refere-se a uma investigação e extensão acadêmica interdisciplinar que vem sendo coordenada pelas autoras no Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE) da cidade de Pelotas, no estado do Rio Grande do Sul, e que visa problematizar os processos pedagógicos, éticos e estéticos com adolescentes em regime de privação de liberdade. Este estudo origina-se no campo das Ciências Sociais e busca dialogar com a Arte e a Educação, na tentativa de compreender a realidade da proteção especial a adolescentes no país. A proposta metodológica adotada abarca o universo das histórias de vida. Nossa intenção é captar as narrativas que visibilizam as histórias de vida dos jovens, a partir da organização e da gravação de encontros coletivos com os adolescentes abrigados. Nossa intervenção aposta nas Oficinas de Criação Coletiva como desencadeadoras de uma nova ética de dignificação da vida, onde as produções deflagram o contexto do grupo, a nível de expressão, visto que as oficinas podem constituir um “texto” impregnado de significações e de sentidos que não podem ser desprezados enquanto fonte de dados.
RESUMO Neste texto procuramos resgatar aspectos da trajetória do Observatório de Gênero e Diversidade da Universidade Federal de Pelotas - UFPel desde sua fundação, em 2014, até o final de 2016. Salientamos as principais ações para uma reflexão sobre a caminhada executada até o momento, identificando e problematizando seus avanços e seus limites. Nesta escrita, inicialmente se problematiza a difícil relação entre ciência feminista e educação escolar. Na sequência, é realizada uma crítica da racionalidade hegemônica, tendo por base a obra de Boaventura Santos, apontando para o que o autor chamou de ecologia de saberes, incorporando a experiência do Observatório nessa perspectiva. Por fim, são apresentadas algumas iniciativas realizadas pelo Observatório no período mencionado, considerando a indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão acadêmica.
Resumo: Aprendemos junto aos grupos de estudos e pesquisa nos quais estamos inseridas e pesquisamos. Uma das aprendizagens realizadas, durante nossos percursos profissionais, tem sido articular os estudos feministas, a pesquisa participante e a pesquisa autobiográfica. Neste artigo, apresentamos nossa compreensão sobre a integração desses três aspectos, os quais produzem nosso “fazer pensar” pesquisa em Educação por meio do conceito de “interpenetração”, que é uma técnica da tecelagem manual. Revela fios que se juntam, mas não se confundem, formando desenhos. Sendo assim, essa técnica é utilizada como metáfora para pensar em nossa opção metodológica. Partindo dessas análises, tal conceito representa a busca de um “fazer pensar” fecundo com as mulheres excluídas dos processos formais de Educação, mas que se educam na vida, nas resistências diárias à subjugação de gênero, classe e raça e, igualmente, no mundo do trabalho.
We learn from the study and research groups in which we are engaged and research. One of the lessons learned during our professional paths has been to integrate feminist studies, participant research and autobiographical research. In this article, we present our understanding about the integration of these three aspects, which produce our “making think” research in Education through the concept of “interpenetration”, which is a manual weaving technique. It reveals threads that come together, but do not get mixed up, forming designs. As such, this technique is used as a metaphor to reflect on our methodological option. Based on these analyses, this concept represents the search for a fruitful “making think” concerning women who are excluded from formal educational processes, but who educate themselves in life, in the daily resistance to gender, class and race subjugation and, equally, in the work environment.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.