The article describes the epidemiology, macroscopic and histological lesions as well as the isolation of Aspergillus flavus and A. fumigatus from Magellanic penguins (Spheniscus magellanicus) during recovery in the Center for Recovery of Marine Animals (CRAM -32ºS/52ºW), over a period of two years. From January 2004 to December 2005 the Center received 52 Magellanic penguins, and 23% (12/52) died. Necropsies were performed and tissue samples were collected for histological and microbiological examination. From 12 dead animals, aspergillosis was confirmed in five animals, corresponding to 42% of the mortality. Granulomatous nodules were observed mainly on air sacs and lungs. Histologically, septate and branching hyphae, measuring 3-5 µm and PAS positive were found. Two of these cases were caused by A. fumigatus, two other by A. flavus, and in one the diagnostic was established by macroscopic lesions observed in the necropsy without sample collection for fungal isolation and identification. The five aspergillosis cases occurred in the first year of the study, when a disinfection program was not yet established in the CRAM. This paper points out the importance of aspergillosis in the rehabilitation process of captive penguins, and emphasize the necessity of an environmental disinfection on the aspergillosis prevention, mycosis that caused a high rate of mortality of the seabirds found on the Brazilian coast and admitted in the CRAM.
A esporotricose é uma micose zoonótica causada pela inoculação traumática de material carreando espécies do complexo Sporothrix schenkii. As lesões nodulares características ocorrem nos tecidos cutâneo, subcutâneo, linfático e, por vezes, se disseminam pelos órgãos. A esporotricose é um problema de saúde pública, uma vez que afeta também o homem, principalmente em áreas endêmicas. No Brasil, sabe-se que a doença não tratada nos animais tem relevante participação na sua disseminação. Por essa razão, é de extrema importância que haja reconhecimento desta micose por parte dos médicos veterinários, para que então se realize diagnóstico laboratorial dos animais suspeitos, e a correta conduta clínica, e condução de estudos epidemiológicos, que permitem conhecer a realidade desta doença e difundir informações. Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi realizar levantamento bibliográfico dos trabalhos produzidos sobre esporotricose nos últimos anos.
RESUMOesporotricose é considerada uma micose emergente de importância para a saúde pública, especialmente devido aos frequentes relatos zoonóticos envolvendo o felino doméstico. São crescentes as casuísticas animal e humana da micose, assim como os relatos de casos refratários à terapia convencional, principalmente nos casos de esporotricose felina. Nesse sentido, o trabalho descreve e discute as opções terapêuticas mais utilizadas, além de citar alternativas disponíveis para o tratamento da micose. Os resultados indicam ser o itraconazol o fármaco de primeira escolha, especialmente nos felinos domésticos, tendo o iodeto de potássio, terbinafina e cetoconazol como alternativas de tratamento. O estudo ressalta o uso da anfotericina B nos casos resistentes, assim como descreve as intervenções cirúrgicas e a termoterapia nos casos de falha terapêutica e quando as lesões eram localizadas. Com esses resultados o estudo conclui que dentre as terapias utilizadas para a esporotricose nos animais, o itraconazol mesmo com os crescentes relatos de falhas terapêuticas, permanece sendo o fármaco de primeira escolha, especialmente nos casos da micose em felinos. As demais opções são utilizadas nos casos mais graves da micose ou em situações em que o itraconazol não se mostra efetivo frente ao agente.
Palavras
Sporotrichosis, caused by the Sporothrix schenckii fungal complex, is a zoonotic mycosis distributed worldwide. Itraconazole is the treatment of choice for domestic animals although some fungal isolates have shown resistance to this drug. The objective of this study was to report, for the first time, the use of (1-3) β-glucan along with itraconazole in the treatment of a canine with sporotrichosis caused by Sporothrix brasiliensis. The animal had ulcerated and crusted lesions, especially on the nasal planum. Clinical samples were collected for a complete blood count, cytological analysis of the lesion, and fungal culture. Based on the results of the laboratory examination, and after the fungal culture, antibiotic therapy and treatment with itraconazole were initiated. Two additional fungal cultures were performed, which were positive. After 7 months of the animal treatment with itraconazole, the S. brasiliensis culture was still positive, so that the itraconazole was associated with (1-3) β-glucan. After four weekly applications of glucan, the complete elimination of the fungus was observed based on the fungal culture negative results. The results show, therefore, that (1-3) β-glucan with itraconazole promoted the case resolution, and it may be considered a promising alternative for the treatment of sporotrichosis in cases of resistance to conventional therapy.
A esporotricose é a micose subcutânea mais importante do Brasil, causada por fungos do Complexo Sporothrix schenckii, e frequentemente acomete humanos, cães e, principalmente, gatos. Atualmente o felino atua como o maior disseminador da doença, tanto para outros animais quanto para os seres humanos, devido a características peculiares da espécie. Assim, torna-se importante monitorar a epidemiologia da esporotricose felina, principalmente em regiões endêmicas, como é o caso da região sul do Rio Grande do Sul (RS). O objetivo deste estudo foi atualizar os dados epidemiológicos da esporotricose felina. Foi conduzido este estudo através de questionamentos aplicados aos tutores de felinos com esporotricose. Os resultados demonstraram que os casos de esporotricose felina são predominantemente representados por adultos, machos, não castrados, com livre acesso à rua, semidomiciliados, com hábito de se envolver em brigas, com contato com humanos, cães e gatos. Além disso, este trabalho evidencia de maneira inédita e alarmante os fatos de que a maioria dos felinos acometidos por esporotricose já estão sob a guarda de um tutor quando contraem a doença; que a maioria dos felinos acometidos recebe tratamento antifúngico sem orientação veterinária, e quando ocorre à orientação os pacientes já estão com seis a 12 meses do início do desenvolvimento das lesões. Conclui-se que o perfil dos animais acometidos não sofreu alterações relevantes, com isso enfatiza-se a necessidade de conscientização da população sobre essa enfermidade, principalmente no que diz respeito às medidas de controle e prevenção e sobre o manejo adequado dos animais doentes e a guarda responsável.
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