O presente artigo tem como propósito descrever as narrativas de adolescentes acerca da percepção do fenômeno bullying na escola, aproximando a perspectiva filosófica da fenomenologia de Merleau-Ponty com o campo educacional. A importância dessa investigação está em valorizar a percepção de cada investigado sobre o fenômeno bullying e suas implicações sobre o mundo vivido, considerando à sua existência, suas relações consigo mesmo, com o outro e com o meio. Concluiu-se com a pesquisa que os adolescentes percebem o bullying como um problema muito ruim que gera dor e sofrimento. Os adolescentes se veem sós quando passam pela situação de bullying. Explicitaram a necessidade de formar grupos de amigos para que possam se ajudar e, dessa maneira, criar uma rede de proteção e reação contra o fenômeno do bullying.
O propósito que norteia este artigo centra-se no estudo acerca das inter-relações entre educação, cultura e corpo, procurando estabelecer uma aproximação com os pressupostos da perspectiva fenomenológica de Merleau-Ponty. Assim, é essencial que se atente aos sentidos atribuídos ao corpo em nossa sociedade, bem como das consequências do seu significado no campo educacional. Hoje em dia, podemos perceber a influência dos aspectos culturais em suas práticas como forma de entender as diversas manifestações corporais. O corpo, entendido em sua totalidade, ou seja, para além da estrutura orgânica, compreende toda uma complexidade que envolve o sentir, o perceber, o pensar e o agir dos indivíduos, revelando a intencionalidade de suas ações, o que caracteriza o homem como um ser repleto de subjetividade. Neste trabalho, assumimos o posicionamento que leva em consideração a ideia de que as experiências constituem a base do conhecimento, e são adquiridas no próprio mundo, aquele que está ao nosso redor, e que só existe efetivamente quando lhe atribuímos um sentido. Ao considerar a concepção de Corpo Próprio de Merleau-Ponty, assumimos a defesa de que o corpo não pode ser tratado como se fosse uma justaposição de partes que interagem entre si. Considerando o conceito de Corpo Próprio, o movimento é visto como uma experiência espontânea e intencional.
TEACHER OF STRESS: study about corporality in professionals of basic educationEL ESTRÉS DEL PROFESOR: estudio acerca de la corporeidad en profesionales de la educación básicaO presente estudo tem como objetivo investigar como professores que atuam no ensino fundamental da educação básica da rede pública de Aracaju lidam com os fatores estressantes no exercício da docência como: a falta de reconhecimento profissional, poucas horas de descanso, má alimentação, insatisfação, tensão, ansiedade, dentre outros problemas que ocasionam a elevação do nível de estresse, chegando ao esgotamento físico. Para tanto, realizamos uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, com a utilização de questionários e registro das condições de trabalho, com o intuito de saber qual a visão de corpo dos docentes e como eles percebem sua corporeidade. A partir do que constatamos na análise dos dados, pode-se concluir que os resultados são relevantes, já que a maioria dos pesquisados reclamam das condições de trabalho, da má remuneração, sentem desgaste físico constante, sentem o corpo cansado, dolorido, pesado ou tenso. Poucos fazem alguma atividade física, sentem-se pessoas estressadas, não conhecem nenhum método de relaxamento. Portanto, pode-se concluir que a maioria dos professores investigados apresentam os fatores estressantes descritos na literatura, bem como demonstram possuir diferentes visões de corpo, prevalecendo ainda uma concepção psicofísica, dualista e mecânica do corpo.Palavras-chave: Corporeidade; Docência; Estresse Ocupacional; Educação Básica.ABSTRACTThis study aims to investigate how teachers working in elementary school of basic education Aracaju from public deal with the stressors in the teaching profession as the lack of professional recognition, a few hours of rest, poor diet, dissatisfaction, stress , anxiety, among other problems that cause the high level of stress, even to exhaustion. Thus, we performed a descriptive, qualitative approach, using questionnaires and record of working conditions, in order to know which body view of teachers and how they perceive their corporeality. From what we see in the data analysis, it can be concluded that the results are relevant, since the majority of respondents complain about working conditions, poor pay, feel constant physical stress, feel the body tired, aching, heavy or tense. Few do some physical activity, they feel stressed people do not know any method of relaxation. Therefore it can be concluded that most teachers investigated presents stressful factors described in the literature and shown to possess different body views, still prevailing psychophysical design, dualistic and streamlined body.Keywords: Corporality; Teaching; Occupational Stress; Burnout.RESUMENEl presente estudio tiene como objetivo investigar cómo los profesores que actúan en la enseñanza fundamental de la educación básica de la red pública de Aracaju lidian con los factores estresantes en el ejercicio de la docencia como: la falta de reconocimiento profesional, pocas horas de descanso, mala alimentación, insatisfacción, tensión, ansiedad, entre otros problemas que ocasionan la elevación del nivel de estrés, llegando al agotamiento físico. Para ello, realizamos una investigación descriptiva, de abordaje cualitativo, con la utilización de cuestionarios y registro de las condiciones de trabajo, con el fin de saber cuál es la visión de cuerpo de los docentes y cómo perciben su corporeidad. A partir de lo que constatamos en el análisis de los datos, se puede concluir que los resultados son relevantes, ya que la mayoría de los encuestados reclaman de las condiciones de trabajo, de la mala remuneración, sienten desgaste físico constante, sienten el cuerpo cansado, dolorido, pesado o pesado (En inglés). Pocos hacen alguna actividad física, se sienten personas estresadas, no conocen ningún método de relajación. Por lo tanto, se puede concluir que la mayoría de los profesores investigados presentan los factores estresantes descritos en la literatura, así como demuestran poseer diferentes visiones de cuerpo, prevaleciendo aún una concepción psicofísica, dualista y mecánica del cuerpo.Palabras clave: Corporeidad; Docencia; Estrés Ocupacionales; Educación Básica.
A formação docente contínua é condição de qualificação para os professores da educação infantil. Autores como Gatti (2011; 2018), Kramer (2005), Zabalza (2007), entre outros, defendem a formação continuada como construção de competências para o exercício do magistério. Em consonância com as ideias defendidas por esses estudiosos, os trabalhos de Abuchaim (2018), Campos (2018) e Barbosa (2016) demonstram a relevância do aperfeiçoamento permanente para a reflexão e a consolidação de práticas pedagógicas concernentes à primeira infância. Diante dessas pesquisas, a seguinte pergunta se impõe: quais são as necessidades de formação dos docentes que atuam na educação infantil? Motivado por este questionamento, o presente artigo primou pela escuta dos docentes em relação a seus percursos formativos. O objetivo, portanto, foi reconhecer quais são as necessidades e as dificuldades formativas vivenciadas pelos docentes da educação infantil na rede municipal de ensino de Aracaju/SE. Quanto ao percurso metodológico, ele apresenta natureza qualitativa. Para a produção do material de análise, foram realizadas entrevistas individuais com 44 docentes atuantes na pré-escola, em instituições localizadas na referida cidade. Entre os resultados, foi evidenciado que a fragilidade ou a ausência de formação docente impacta negativamente na relação do professor com a sua identidade profissional. Por essa razão, escutar os docentes, promovendo a reflexão de suas necessidades e dificuldades de formação contínua, no contexto da primeira etapa da educação básica, constitui relevante contribuição para o movimento de qualificação da docência orientada à primeira infância.
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Este artigo tem por objetivo discutir como são abordadas as relações interpessoais no ambiente escolar no documento Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica, Resolução CNE/CP n.º 02/2015. A relevância dessa pesquisa se justifica porque as relações interpessoais constituem a base da convivência humana e são balizadoras das experiências e vivências estabelecidas na escola em seu cotidiano. É importante refletir sobre quais aspectos essas relações são vivenciadas na escola e como têm recebido atenção nos estudos acadêmicos, principalmente nas últimas décadas. Nesses termos, é possível observar que pesquisas sobre as políticas públicas também têm se aprofundado e orientam para o desenvolvimento de ações que tornem as relações interpessoais proficientes. Como metodologia para a obtenção dos dados, foi utilizada a pesquisa bibliográfica, realizada no portal de periódicos da Capes, a partir do descritor “relações interpessoais na formação docente”. As pesquisas apontam que na escola, não raro, formam-se grupos de disputa em que há desarmonia das inter-relações, desconfigurando-se as ações educacionais e minando os processos qualitativos entre ações, currículos e o ensino-aprendizagem. Os resultados desta pesquisa revelam que o aprofundamento e a reflexão da temática, buscando construir estratégias qualitativas de convivência positiva, refletem melhoramento das relações interpessoais na convivência harmônica e proativa no ambiente escolar.
O presente trabalho teve como objetivo geral compreender a abordagem da temática “profissionalização docente”, realizada a partir da pesquisa acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Torna-se claro que os termos “formação e profissionalização” estão relacionados e se complementam na profissão do docente. O professor é um profissional das relações. Nóvoa (1992a) concretiza que para a formação de docente é indispensável o desenvolvimento individual e coletivo do professor, promovendo assim um componente de mudança para os desafios e a busca permanente do conhecimento. Entende-se assim, que ser docente é educar-se diariamente por meio de aprendizado, em que o conhecimento produzido resulta em novas relações com outros conhecimentos que, por sua vez, geram novos significados. Nessa perspectiva, foi realizada uma pesquisa sobre o referencial teórico “profissionalização docente”, no âmbito do envolvimento reflexivo frente à formação docente, apresentadas nos títulos das dissertações e/ou das teses do PPGED. As pesquisas analisadas focaram, em sua maioria, na docência universitária, levando a crer que o exame científico das questões relacionadas à profissionalização dos professores do ensino básico restringe-se à pesquisa realizada na graduação.
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