RESUMO:Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre as representações sociais de 14 professores do Ensino Fundamental I, de 6 escolas públicas de uma cidade do interior do estado do Paraná sobre Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e medicalização. O estudo justifica-se pela necessidade de compreender como o TDAH é concebido pelos professores, no intuito de contribuir com os profissionais da Educação, de modo a ampliar seus conhecimentos sobre o transtorno em discussão e os estimular à pesquisa. Os resultados revelam que as participantes da pesquisa conceituam o TDAH como um transtorno que afeta a aprendizagem e provoca problemas comportamentais, necessitando de tratamento medicamentoso. Conclui-se que as representações sociais das professoras estão ancoradas em conceitos propagados pela mídia, pelos cursos de formação de professores e pela orientação dada às escolas pelos profissionais da Saúde. Embora manifestem dúvida em relação ao diagnóstico recebido pelos alunos, ainda possuem o consenso de que a medicalização é a melhor forma de tratamento para os alunos com TDAH. PALAVRAS-CHAVE:
Este artigo, de natureza teórica, tem o propósito de investigar as relações entre os hábitos orais deletérios na infância e possíveis dificuldades na aquisição da leitura e da escrita. Analisamos pesquisas empíricas que tratam da temática e constatamos que a literatura da área indica que hábitos orais como o uso de mamadeira, de chupeta, a onicofagia e a sucção digital podem impactar negativamente a aquisição fonológica, uma vez que provocam danos anatômicos, fisiológicos e funcionais às estruturas articulatórias. O surgimento de padrões patológicos devido a tais hábitos acarreta disfunções sensoriais e alterações no desenvolvimento da fisiologia e da morfologia dos grupos musculares orofaciais que, por sua vez, reduzem a inteligibilidade da fala, podendo resultar em distúrbios ou em distorções. Essas inadequações no desenvolvimento da linguagem oral ocasionam dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita, na mediada em que o processo de alfabetização requer consciência fonológica. Conclui-se que é fundamental que os profissionais da educação tenham conhecimento sobre esse assunto para que possam identificar a ocorrência dos hábitos orais deletérios infantis, bem como elaborar estratégias que promovam o seu abandono.
O presente estudo objetivou conhecer os hábitos digitais de 15 alunos com NEE (Necessidades Educacionais Especiais) e analisou as percepções de uma professora da Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) sobre a realização de atividades remotas no período da pandemia de covid-19. A pesquisa caracterizou-se como qualitativa, um estudo de caso. Para a coleta dos dados analisados qualitativamente elegeu-se um questionário sobre o uso de tecnologias e o relato de experiência docente. A análise dividiu-se em eixos: a) Início e desenvolvimento das atividades com o uso da ferramenta Google Classroom; b) participação da família nas atividades remotas; c) dificuldades e experiências exitosas nas atividades. Identificou-se, nos alunos, o hábito de utilizarem Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) para lazer, mas não para aquisição de conhecimento. A ferramenta Google Classroom utilizada para as atividades remotas foi uma novidade para alunos e para a docente. Na realização das atividades, foi necessário incluir outras ferramentas digitais como WhatsApp, e-mail, sala virtual. As atividades realizadas com o apoio da família foram relevantes e, nos casos em que o apoio não foi possível, os alunos apresentaram dificuldades na realização das propostas on-line. Conclui-se que, com o apoio da família, o acesso ao docente com feedback imediato, por meio do WhatsApp, possibilita a organização e realização exitosa da rotina de estudos para esses alunos e até promove novos hábitos de estudos por meio das TICs.
O presente artigo, de cunho teórico, apresenta os principais pressupostos da Teoria das Representações Sociais (TRS) que possibilitam a compreensão do ensino e aprendizagem da leitura e escrita na educação básica. Para isso, o objetivo foi analisar os principais pressupostos teóricos da TRS e suas contribuições para o entendimento do ensino e da aprendizagem da leitura e escrita de nossa língua materna na educação básica. A TRS foi elaborada por Serge Moscovici a partir de reflexões sobre as representações coletivas (RC) propostas pelo sociólogo Émile Durkheim. A TRS, com base no aparato da Psicologia Social atualiza o entendimento de RC para representações sociais (RS), com isso, busca explicar que as RS são formadas e propagadas por fatores psicossociais. Num primeiro momento, além do conceito de RS, apresentamos outros aspectos dessa teoria, como: universo consensual e reificado; ancoragem e objetivação; funções das RS; e, desdobramentos e alcance que a TRS sofreu desde o seu início à atualidade. Num segundo momento, discorremos sobre o ensino e a aprendizagem da leitura e escrita à luz da TRS, bem como apresentamos doze pesquisas que se utilizam desse referencial teórico-metodológico em suas investigações, com o intuito de refletirmos sobre as possíveis ancoragens que suscitam na relação professor e aluno quando da aprendizagem no processo de simbolização e interpretação da língua escrita. Atestamos que TRS se mostra um profícuo referencial teórico-metodológico na sustentação de pesquisas de várias áreas do conhecimento, uma vez que as RS se voltam para a construção de uma determinada realidade.
The present research is based on Serge Moscovici's Theory of Social Representations (TSR) and presents a quantiqualitative approach in the collection and analysis of the social representations (SR) of the subjects researched on the systematic teaching of our mother tongue worked in Basic Education. For this, we aimed to investigate the social representations of ninth grade students about the teaching and learning of reading and writing. Thirty-seven (37) students from two state public schools, located in a municipality in the northern region of the state of Paraná, participated inthe research, being 23 (twenty-three) students from Central School 1 (EC1) and 14 (fourteen) from Peripheral School 1 (EP1). The respondents answered a questionnaire with 18 (eighteen) questions, 9 (nine) referring to reading and 9 (nine) about writing. For the presentation of the collected SR, we elaborated two charts in which we synthesized the research statistical data; the first presents the aspects related to the students reading practices, the second, in turn, shows the reading practices. Moreover, according to the Moscovici assumptions we qualitatively discuss the SR obtained by the research. Overall, the SR of the respondent’s report that most read and write poorly, which confirms the results of external evaluations, as well as complaints from teachers, parents, and other school professionals about poor brazilian students achievement.
A educação especial é uma modalidade de ensino para estudantes com deficiência, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e com altas habilidades e superdotação, matriculados nas diferentes etapas e níveis de ensino. Traçamos o objetivo de analisar ações institucionais de educação especial no Instituto Federal de Educação (IFPR) nos cursos profissionais técnicos e tecnológicos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de natureza documental e bibliográfica. Inicialmente, apresentamos de forma geral a educação especial como modalidade de ensino que busca se efetivar por meio de dispositivos legais e de pressupostos teórico-metodológicos, a partir de temáticas específicas que tratam de recursos e serviços de acessibilidade no atendimento às especificidades do seu público. Na sequência, elencamos alguns dos principais documentos do IFPR que dispõem sobre a inclusão escolar, com ênfase nos direitos das pessoas que são público da educação especial. Para se compreender o que dizem as pesquisas stricto sensu acerca de investigações realizadas em diferentes campi do IFPR, realizamos busca no catálogo de teses e dissertações da Capes, e analisamos cinco trabalhos, sendo uma tese e quatro dissertações. De forma geral, os resultados apontam que a educação especial é bem amparada legalmente em nosso país, no entanto, no IFPR as práticas inclusivas se encontram em processo lento. Atualmente, dos vinte e cinco campi, apenas sete deles contam com professor de educação especial, mas nem todos têm sala de recursos multifuncional constituída, que é uma exigência preconizada pela Resolução 4/2009, ao instituir diretrizes operacionais para o atendimento educacional especializado (AEE) na educação básica.
Neste estudo temos como objetivo caracterizar as representações sociais (RS) das mães-professoras (M-P) sobre os modos de educar. Como suporte teórico-metodológico, escolhemos a Teoria das Representações Sociais (TRS), que nos auxiliou na compreensão dos pensamentos e valores que permeiam o imaginário das mães quando se trata de educar. Essa teoria investiga como se formam e funcionam os sistemas de referências que utilizamos para classificar e interpretar os acontecimentos cotidianos. Participaram do estudo 10 (dez) mães que atuam como docentes da Educação Infantil de uma escola privada de um município do norte do Paraná. Para a realização da pesquisa com as M-P foram utilizados questionário sociodemográfico e roteiro de entrevista semiestruturada. A pesquisa é de natureza qualitativa. Para a análise dos dados foram elaboradas categorias de análise. Os resultados revelam que as RS da maioria das M-P acerca dos modos de educar advêm das lembranças e influências da maneira como foram educadas, embora considerem as mudanças socioculturais ocorridas na família, como a inserção da mulher no mercado de trabalho, quando esta passou a assumir cada vez mais o posto de responsável pela estrutura familiar. Chegamos à conclusão que, mesmo sem se darem conta, algumas M-P reproduzem, na relação com seus filhos, os modos de educar recebidos de suas genitoras e ancoram suas representações sobre os modos de educar em crenças advindas das suas famílias de origem.
RESUMO:O objetivo desse estudo é discutir a meta 5 do PNE, que institui que a alfabetização das crianças deve acontecer, no máximo, até o terceiro ano do ensino fundamental. Para isso, além da referida meta e de suas respectivas estratégias, em nossa discussão sobre a alfabetização da criança, elencamos as duas formas de avaliação externa para este ciclo de ensino: a Provinha Brasil e a Avaliação Nacional Infantil (ANA). Os resultados das avaliações oficiais, bem como dos pareceres internos de avaliações das escolas e do Censo Escolar, revelam que as dificuldades do estudante ao aprender a ler e escrever, atinge mais da metade dos alfabetizandos de até oito anos de idade. Chegou-se à conclusão que, embora o PNE estabeleça metas para a educação, é necessário estudos consistentes e investimentos adequados que norteiem e garantam as ações educativas no interior das escolas.
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