Introdução: Os antirretrovirais permitem que as pessoas que vivem com vírus da imunodeficiência humana tenham uma vida prolongada, tornando o aids uma doença crônica. Assim, gestantes que vivem com vírus da imunodeficiência humana/aids e com câncer nutrem sentimentos diários aumentados de medo, desesperança, necessitando de intervenções protetivas. Objetivo: Avaliar o nível de esperança na vida de gestante que vive com vírus da imunodeficiência humana e linfoma de Burkitt. Métodos: Desenvolveu-se estudo de caso mediante aprovação de um comitê de ética em maio de 2021, intercedido por cuidados de enfermagem a uma gestante hospitalizada em uma maternidade de Fortaleza (CE). Utilizaram-se a anamnese e a Escala de Esperança de Herth para explorar os quesitos da esperança, permitindo intervenções em face da resposta diante de 12 afirmativas da escala que versam sobre: otimismo, planejamento, solidão, enfrentamento das dificuldades, fé, medo do futuro, felicidade, sentir-se forte, dar e receber amor, saber aonde quer ir, valor do dia e da vida. Resultados: A gestante discordou completamente sobre sentir-se sozinha e possuir medo do futuro, mas concordou completamente sobre: sentir-se otimista, possuir planos a longo e curto prazo, enxergar possibilidades diante das dificuldades, ter fé, lembrar-se de tempos felizes e prazerosos, sentir-se forte, sentir-se capaz amar, saber aonde quer chegar, acreditar no valor dos dias e acreditar no valor e utilidade da vida. Portanto, de acordo com os critérios da escala, a gestante nutria esperança na vida. Assim, no bojo da vivência de aids e de um câncer, o seu vivenciar era de otimismo mesmo diante de duas doenças graves. Conclusão: A utilização da Herth balizou o cuidado de enfermagem proporcionando intervenções direcionadas para manter sua motivação e o enfrentamento positivo diante das doenças que vivenciava.