A notificação de acidente de trabalho (AT) é hoje um importante instrumento para a saúde pública, pois a partir dela se tem real conhecimento sobre a situação dos trabalhadores atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: Analisar dificuldades e sugestões dos profissionais de saúde sobre a notificação compulsória de AT em unidades sentinela em saúde do trabalhador, no município de Fortaleza, Ceará. Métodos: Estudo quantitativo de cunho descritivo, realizado em unidades sentinela em saúde do trabalhador, no município de Fortaleza, Ceará, no período de fevereiro de 2013 a junho de 2014. Foram aplicados 78 questionários não estruturados aos profissionais responsáveis pela notificação de AT. A exploração dos dados obtidos foi pautada na Análise de Conteúdo. Resultados: As dificuldades encontradas pelos profissionais como impedimento para a não notificação foram: falta de conhecimento quanto ao manejo de medidas a serem tomadas, omissão e sobrecarga de trabalho. Foram citadas como sugestões: educação permanente em saúde (EPS) e divulgação de protocolos. Conclusão: Com os resultados obtidos pelo presente artigo, fica evidente a importância da capacitação dos profissionais de saúde, incentivando a realização das notificações e orientando tais profissionais para o correto preenchimento da ficha de notificação, a fim de diminuir a subnotificação do agravo. Palavras-chave | acidentes de trabalho; notificação compulsória; saúde do trabalhador; educação continuada.ABSTRACT | Background: Work accident (WA) reports are a relevant public health tool as they afford effective knowledge on the actual situation of workers cared within the Unified Health System (Sistema Único de Saúde -SUS). Objective: To analyze the difficulties posed by mandatory WA reporting and suggestions for improvement made by healthcare professionals at sentinel workers' health units in Fortaleza, Ceará, Brazil. Methods: Quantitative and descriptive study conducted at sentinel workers' health units in Fortaleza, Ceará, from February 2013 through June 2014. An unstructured questionnaire was applied to 78 professionals charged of reporting WA. The collected data were subjected to content analysis. Results: As difficulties for reporting WA the participants mentioned: lack of knowledge on how to manage required measures, omission and work overload. Suggestions to improve reporting included health continuing education and divulgation of protocols. Conclusion: The results of the present study point to the relevance of training as a means to enhance reporting and to orient professionals on how to fill report forms in order to reduce underreporting.
Objective: To map the educational technologies implemented for HIV prevention in black people. Method: Scope review, performed according to the recommendations of The Joanna Briggs Institute, in Medline/PubMed, Embase, LILACS, CINAHL, Scopus, Cochrane and PsycINFO databases, using the Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta- Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR). Results: There were 14 studies published between 1999 and 2020. The main health impacts for black people involved a reduction in rates of unprotected sex, greater use of condoms, a decrease in risky behaviors, a minimization of the number of partners, a greater request for HIV testing and an increase in the use of Pre-exposure prophylaxis (PrEP). Conclusion: The educational technologies mapped were: workshops, courses, messages, dramatization, videos, application, pamphlet, media and radio campaigns, Facebook groups, website, computer programs and multimedia software.
Objetivo: Analisar as recomendações sobre amamentação durante a pandemia de COVID-19. Métodos: Trata-se de revisão integrativa realizada nas seguintes bases de dados: MEDLINE/PubMed; Web of Science; LILACS, CINAHL, Cochrane Collaboration. Houve combinação dos seguintes descritores controlados: P (Postpartum Period, Período Pós-parto); I (Breast Feeding, Amamentação); Co (Coronavirus Infections, Infecção por Coronavírus). Incluíram-se apenas artigos disponíveis na íntegra, independentemente do idioma e ano de publicação, que respondiam à questão norteadora. Resultados: Os 12 estudos selecionados foram publicados em 2020 e realizados principalmente nos Estados Unidos da América e Espanha. Quanto ao tipo de estudo, destacaram-se os estudos de revisão, seguido pelos estudos transversais e a abordagem quantitativa. Os estudos apresentam informações controversas sobre a suspensão ou manutenção da amamentação em casos de mãe positiva para COVID-19, orientando a decisão individualizada por parte de pais e profissionais, levando em consideração o consentimento dos pais, o estado de saúde da mãe e do recém-nascido, além da capacidade de cuidar do recém-nascido, resultados dos exames e a situação epidemiológica local. Considerações finais: As evidências indicaram que deve ser estimulada a amamentação de neonatos e bebês, porém as medidas de precauções devem ser mantidas e reforçadas criteriosamente.
Este trabalho visa identificar os fatores associados a óbitos de adultos hospitalizadas com aids. Para isso, foi realizado estudo do tipo transversal, desenvolvido mediante dados secundários obtidos de prontuários hospitalar de 263 adultos com diagnóstico de aids em Fortaleza, Ceará. As variáveis sociodemográficas e clínicas foram consideradas preditoras e o óbito foi a variável desfecho. Foram expressas as frequências absoluta e relativa de cada variável e aplicados os testes exato de Fisher ou qui-quadrado de Pearson. Os fatores relacionados significativamente ao risco de óbito entre adultos foram: ensino fundamental incompleto (p = 0,001, OR = 1,85; IC = 1,02-3,37), estar afastado do trabalho (p = 0,039, OR = 1,59; IC = 0,81-3,23), possuir doença renal (92%; OR = 3,05; IC = 1,49-6,59), sífilis (85%; OR = 3,05; IC = 1,49-6,58), herpes simples (95%; OR = 3,98; IC = 1,16-19,01), histoplasmose (82%; OR = 0,22; I.C = 0,09-0,46), última contagem de LTCD4 < 200 (p = 0,002; OR = 3,35; IC = 1,37-9,20), queixas de dispneia e febre na admissão hospitalar (p < 0,001; OR = 0,74; IC = 0,20-2,67), tempo de internamento até sete dias (p < 0,001; OR = 0,12; IC = 0,03-0,33), primeira admissão no hospital (p = 0,002; OR = 2,15; IC = 1,31-3,55), acima de três internações no hospital (p = 0,003; OR = 3,09; IC = 1,43-6,88), ter sido internado em UTI (p < 0,001; OR = 0,12; IC = 0,04-0,28), ter realizado hemodiálise (p < 0,001; OR = 0,09; IC = 0,02-0,24), ventilação mecânica (p < 0,001; OR = 0,06; IC = 0,02-0,14) e recebido hemocomponentes e/ou hemoderivados (p < 0,001; OR = 0,18; IC = 0,10-0,32). Com esses dados, concluímos que os óbitos de adultos com aids aconteceram majoritariamente entre pessoas com condições sociodemográficas vulneráveis e com incidência considerável de doenças oportunistas, com demandas de cuidados intensivos.
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