Introdução: A sífilis congênita é uma doença prevenível, desde que a gestante infectada seja diagnosticada e prontamente tratada, assim como seu parceiro sexual. No mundo, cerca de 2 milhões de gestantes são infectadas pela sífilis a cada ano. A maioria das gestantes não realiza o teste para sífilis, e as que o fazem não são tratadas adequadamente ou sequer recebem tratamento. Objetivo: Evidenciar os casos de sífilis em gestantes nos últimos cinco anos em uma maternidade pública do município de Fortaleza (CE). Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo, realizado em uma maternidade do município de Fortaleza. Os dados foram coletados por meio de consulta aos registros dos sistemas de informação do serviço durante o mês de maio de 2021. Como critério de inclusão adotaram-se os casos confirmados no ano de 2016 até dezembro de 2020. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa, conforme o parecer n. 1.899.089. Resultados: Foram identificados 703 casos de sífilis em gestantes nos últimos cinco anos na referida maternidade, sendo esses distribuídos da seguinte forma: no ano de 2016, foram notificados 43 casos, correspondendo a 6,1% do total do período; em 2017, foram registrados 67 casos (9,5%); no ano de 2018, houve 253 casos (36%); no ano de 2019, ocorreram 165 casos (23,4%); em 2020, foram notificados 175 casos (25%). Observou-se um aumento exponencial no número de notificações no ano de 2018 quando comparado aos demais anos, podendo ser justificado pela oferta do teste rápido para essa população. Conclusão: Portanto, percebe-se um aumento de casos em 2018, o que pode ser atribuído em parte pelo aumento da cobertura de testagem, com a ampliação do uso de testes rápidos nas unidades saúde e em razão de esquema terapêutico incompleto.
Introdução: Os antirretrovirais permitem que as pessoas que vivem com vírus da imunodeficiência humana tenham uma vida prolongada, tornando o aids uma doença crônica. Assim, gestantes que vivem com vírus da imunodeficiência humana/aids e com câncer nutrem sentimentos diários aumentados de medo, desesperança, necessitando de intervenções protetivas. Objetivo: Avaliar o nível de esperança na vida de gestante que vive com vírus da imunodeficiência humana e linfoma de Burkitt. Métodos: Desenvolveu-se estudo de caso mediante aprovação de um comitê de ética em maio de 2021, intercedido por cuidados de enfermagem a uma gestante hospitalizada em uma maternidade de Fortaleza (CE). Utilizaram-se a anamnese e a Escala de Esperança de Herth para explorar os quesitos da esperança, permitindo intervenções em face da resposta diante de 12 afirmativas da escala que versam sobre: otimismo, planejamento, solidão, enfrentamento das dificuldades, fé, medo do futuro, felicidade, sentir-se forte, dar e receber amor, saber aonde quer ir, valor do dia e da vida. Resultados: A gestante discordou completamente sobre sentir-se sozinha e possuir medo do futuro, mas concordou completamente sobre: sentir-se otimista, possuir planos a longo e curto prazo, enxergar possibilidades diante das dificuldades, ter fé, lembrar-se de tempos felizes e prazerosos, sentir-se forte, sentir-se capaz amar, saber aonde quer chegar, acreditar no valor dos dias e acreditar no valor e utilidade da vida. Portanto, de acordo com os critérios da escala, a gestante nutria esperança na vida. Assim, no bojo da vivência de aids e de um câncer, o seu vivenciar era de otimismo mesmo diante de duas doenças graves. Conclusão: A utilização da Herth balizou o cuidado de enfermagem proporcionando intervenções direcionadas para manter sua motivação e o enfrentamento positivo diante das doenças que vivenciava.
Introdução: A sífilis caracteriza-se por ser estigmatizada culturalmente por estar associada a grupos como usuários de drogas. Objetivo: Identificar os diagnósticos de enfermagem em puérpera usuária de cocaína diagnosticada com sífilis. Métodos: Trata-se um estudo descritivo, do tipo estudo de caso, realizado em abril de 2021 em Fortaleza (CE). Utilizou-se o North American Nursing Diagnosis Association para constatar os diagnósticos de enfermagem, aprovado pelo comitê de ética, sob número 1.899.089. Resultados: N.J.B., 26 anos, sexo feminino, usuária de cocaína, não realizou pré-natal, G2P2NA0, no 5º dia pós parto vaginal, laceração grau II, hipertensão arterial sistêmica e/ou síndrome hipertensiva específica da gravidez interrogadas, inserção de dispositivo intrauterino de cobre, teste rápido reagente para sífilis, Estudo Laboratorial de Doenças Venéreas 1:64. O parceiro não realizou tratamento para sífilis. Ao exame físico, paciente apresentou-se em bom estado geral, hidratada, normocorada e com puerpério fisiológico. Aceitou dieta via oral. Conciliou ciclo de sono-vigília. Mama ingurgitada à esquerda e flácida à direita. Ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares presentes. Abdome flácido, útero contraído a 3 cm acima da cicatriz umbilical, com loquiação fisiológica e boa cicatrização da laceração. Membros inferiores sem edema ou cianose, panturrilhas livres. Paciente evoluiu clinicamente estável, com melhora da pressao arterial após início de anlodipino. Negava sinais de iminência de eclâmpsia e referiu ter realizado tratamento para sífilis há seis anos. Paciente segue sob os cuidados de enfermagem. A partir das informações, constataram-se os diagnósticos de enfermagem: comportamento de saúde propenso a risco, autonegligência relacionada a abuso de substância, risco de vínculo prejudicado, risco de infecção relacionado a alteração na integridade da pele e doença crônica, risco de pressão arterial instável. Conclusão: A maioria dos diagnósticos de enfermagem constatados classificam-se como de risco e estão relacionados com o abuso de substâncias. Ademais, percebe-se que o levantamento dos diagnósticos propicia o desenvolvimento de intervenções humanizadas e fidedignas.
Infecção pelo Zika vírus: rastreio de alterações gestacionais e agravos congênitos em um município do CearáZika virus infection: screening for gestational changes and congenital disorders in a city in Ceará
Introdução: O vírus da imunodeficiência humana causa uma infecção sexualmente transmissível que vem aumentando gradativamente o número de novos contágios em mulheres jovens em idade reprodutiva. A infecção pelo vírus dificulta a qualidade de vida da gestante e do feto e, quando não tratada adequadamente, aumenta o risco de transmissão entre o binômio, desencadeando diversas complicações em um parto. Objetivo: Identificar a prevalência de casos de vírus da imunodeficiência humana em gestantes nos últimos cinco anos em uma maternidade pública localizada no município de Fortaleza (CE). Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo, realizado em uma maternidade do município de Fortaleza. Os dados foram coletados por meio de consulta aos registros dos sistemas de informação do serviço durante o mês de maio de 2021. Como critério de inclusão adotaram-se os casos registrados entre o ano de 2016 até dezembro de 2020. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa, conforme o parecer n. 1.899.089. Resultados: Foram identificados 522 casos de vírus da imunodeficiência humana em gestantes nos últimos cinco anos, sendo esses distribuídos da seguinte forma: no ano de 2016, foram notificados 90 casos, correspondendo a 17,2% do total do período; em 2017, foram registrados 81 casos (15,5%); no ano de 2018, houve 111 casos (21,6%); no ano de 2019, ocorreram 120 casos (23%); em 2020, foram notificados 120 casos (23%). Observou-se que ocorreu um aumento no número de casos a partir do ano de 2018, podendo esse achado ser justificado pelo diagnóstico do vírus ainda no pré-natal ou antes do parto por meio da oferta do teste rápido. Conclusão: Nota-se ocrescimento de novos casos durante os anos, reforçando a necessidade de uma estratégia para a busca ativa dessas gestantes para que tão logo iniciem o tratamento, sem maiores complicações, além de dispor um pré-natal qualificado eficaz contra o controle de transmissão.
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