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Corynebacterium pseudotuberculosis is the cause of caseous lymphadenitis (CLA) in small ruminants, a chronic granulomatous disease that provokes significant zootechnics losses to ovine and goat breeders in northern Brazil. The present work was conducted to analyse aspects of humoral and cellular immune responses after experimental infection. Eight goats were infected intradermally with a single dose of virulent C. pseudotuberculosis strain and specific IgG, interferon-gamma (IFN-gamma) production as well as IgG avidity and antigens pattern recognition dynamics against an excreted-secreted antigen were recorded during 20 weeks. At the end of the follow-up, animals were slaughtered and necropsied. Although no animals showed apparent clinical signs of infection at the end of the trial, IFN-gamma response, even more so than the humoral response, differentiated animals into two groups of high or medium/low response. The time-course of IFN-gamma production presented a short-lived primary response on day 5 after infection of animals of both groups, and a strong and long lasting secondary response starting on day 16 after infection in the high response group. The indirect ELISA used was able to detect a positive antibody titre between 6 and 11 days after infection in the two groups. IgG avidity index oscillated initially between 15 and 45%, and showed approximately 5% units increment during the 20 follow-up weeks. With only one individual exception, the qualitative antigens pattern recognition showed on day 11 after infection remained constant through the experiment. IgG avidity is highly correlated with IgG production, but could not be related with specific immunodominant bands. Both humoral and cellular responses kinetics presented a similar pattern of activation/deactivation but necropsy results suggested that the IFN-gamma test would be a very specific marker of CLA status.

<span class="texto">Um teste de ELISA indireto foi desenvolvido e padronizado para o diagnóstico de linfadenite caseosa em caprinos. Foi usado como antígeno o secretado de cultura de 48h de Corynebacterium pseudotuberculosis em caldo BHI. Para o estabelecimento do ponto de corte e cálculo da sensibilidade e da especificidade, foram usadas 31 amostras de soros de caprinos que apresentavam lesões características de linfadenite caseosa, das quais foi isolado C. pseudotuberculosis, e 56 amostras de soros de caprinos não infectados. A sensibilidade e a especificidade foram calculadas pela curva ROC. O teste de ELISA padronizado apresentou sensibilidade e especificidade de, respectivamente, 93,5% e 100%.</span>

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<span class="texto">Diferentes técnicas para isolar e descrever antígenos das frações secretadas de superfície e somáticas de Corynebacterium pseudotuberculosis foram estudadas por SDS-PAGE e imunoblot, utilizando-se pool de soros de cabras naturalmente infectadas. Os antígenos secretados foram obtidos do sobrenadante de cultura da bactéria cultivada em meio quimicamente definido ou em meio BHI (Brain Heart Infusion). A fração de superfície foi obtida por tratamento com NaCl 1M, e as frações somáticas foram obtidas por vários procedimentos (detergentes e ultra-som). Pela coloração por Coomassie blue, foram detectadas 20 bandas na fração secretada, 35 bandas no extrato de superfície e entre 40 e 50 bandas, a depender do processo de extração, na fração somática. Entre todas as frações estudadas, foram detectadas 16 proteínas imunorreativas. As bandas com pesos moleculares de 125, 108, 75, 68, 41, 40, 31 e 24 kDa foram reconhecidas com maior intensidade e todas elas foram encontradas na fração secretada. A utilização do meio quimicamente definido permitiu revelar, na fração secretada de C. pseudotuberculosis, a presença de proteínas de alto peso molecular que não tinham sido previamente descritas.</span>

<em>Corynebacterium pseudotuberculosis</em> é um cocobacilo gram-positivo, patógeno intracelular facultativo de macrófagos, filogeneticamente relacionado com o Mycobacterium tuberculosis. É amplamente distribuído em algumas espécies de animais, causando a linfadenite caseosa em ovinos e caprinos. A linfadenite caseosa, de ocorrência mundial, é uma doença infecciosa crônica cuja transmissão se dá principalmente através da pele. No presente experimento, foram estudados aspectos do reconhecimento antigênico, pela resposta humoral, em caprinos criados em regime extensivo, naturalmente infectados ou imunizados com uma vacina viva (cepa 1002), atenuada, desenvolvida pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA). As amostras de soros dos animais imunizados e de controle, coletadas mensalmente por um período de doze meses, foram analisadas pelo ensaio imunoenzimático ELISA e pelo Western blotting, utilizando-se como antígenos o extrato bacteriano contendo exotoxina e sonicado bacteriano de uma cepa selvagem e da cepa 1002. A análise através do Western blotting revelou que o padrão de antígenos reconhecidos pelos anticorpos séricos de animais imunizados, sem raça definida (srd) ou de duas raças puras, bem como animais srd naturalmente infectados, é semelhante, verificando-se bandas protéicas com pesos moleculares entre 20 e 94 kDa. Esta análise possibilitou observar-se que diferentes proteínas são reconhecidas ao longo da imunização.

<span class="texto">A linfadenite caseosa (LC), comumente chamada de mal-do-caroço, é uma doença que acomete ovinos e caprinos e tem como agente etiológico Corynebacterium pseudotuberculosis. É um patógeno intracelular facultativo de macrófagos e é filogeneticamente relacionado com Mycobacterium tuberculosis. É uma doença de ocorrência mundial, caracterizada por formação de lesões necróticas encapsuladas caseosas, localizada principalmente nos linfonodos externos e pulmões. A transmissão se dá provavelmente através da pele, pelo contato de animais sadios com animais portadores de abscessos que evoluem a supuração. Eventualmente, tem sido encontrada em bovinos, porém é em ovinos e em caprinos que assume importância econômica e sanitária. Machos e fêmeas podem apresentar a doença em qualquer estação, porém encontram-se mais doentes com o desenvolver da idade, principalmente após um a dois anos de vida. A enfermidade causa sérios prejuízos a essas espécies, constituindo uma limitação zoopatológica às suas explorações. Com cerca de 80% do rebanho nacional, a região Nordeste é a maior detentora de caprinos do Brasil, onde esses animais são essenciais ao sustento do pequeno agricultor. Corynebacterium pseudotuberculosis causa consideráveis prejuízos econômicos à região, que vão desde a condenação de pele e carcaças em razão de abscessos, até perdas em eficiência na reprodução ou na produção de carne e leite. O presente trabalho teve como objetivo avaliar em caprinos a resposta imune humoral induzida pela vacina viva liofilizada, elaborada com a cepa 1002, da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA). Os resultados evidenciaram que o referido preparado liofilizado promove a produção de anticorpos específicos em doses iguais ou maiores do que 109 CFU e que o tratamento ministrado não provocou lesões nos animais vacinados.</span>

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