É comum na televisão brasileira a presença de profissionais da saúde, na sua maioria ginecologistas, que respondem consultas do público. É o caso dos quadros semanais de dois programas diários que aqui analisamos: o Note e Anote (Rede Record), de alcance nacional, e o Conversa Franca (Band-Bahia), regional, os quais denominamos "tele-consultas médicas". Pretendemos discutir, através da análise desses produtos, como a menstruação - e as vicissitudes vinculadas a ela - é representada na mídia, vinculada à idéia de impureza, sujeira ou como patologia, e como essas estratégias representacionais operam sobre a criação de identidades de gênero e participam na conflitiva relação das mulheres com seu próprio corpo.
Resumen Este texto es una reflexión que considera la tensión entre las posibilidades libertadoras de la internet en términos de autonomía, libertad de creación y desafío a los sistemas mediáticos, por un lado, y los condicionantes sociotécnicos y políticos que restringen y reorientan las posibilidades y los tipos de apropiaciones tecnológicas. Analizamos diferentes conceptos de apropiación, su potencia heurística y sus límites frente a las tendencias del poder global en la internet, escenario a partir del cual comienzan a surgir proyectos feministas alternativos y autónomos, los que caracterizamos como parte de una nueva etapa del ciberfeminismo.
Apresentamos resultados de uma pesquisa de recepção de programas de televisão onde médicos respondem a consultas do público, mediante a análise do contrato de leitura (Verón, 1985) dos programas. Analisamos as representações articuladas pelos dois programas – que versam sobre a saúde reprodutiva das mulheres - focalizando no ciclo menstrual e seus transtornos para, depois, analisar e comparar as estratégias discursivas propostas pelas emissões com as estratégias de consumo, recepção e usos dos programas, realizados por um setor da audiência. Pretendemos refletir e analisar teórica e metodologicamente, sobre como se estabelecem vínculos entre as múltiplas ofertas de consumo elaboradas pela televisão e as leituras, interpretações, apropriações e consumos efetivamente realizados pelos receptores.
A partir do relato de uma mulher trans* se articulam diálogos acerca da privacidade on-line e as questões trans*, a passabilidade e a autodeterminação nos espaços mediatizados, evidenciando as implicações das tecnologias digitais na produção subjetiva. Chega-se assim a ações de desindexação no entendimento da co-propriedade da informação e da co-gestão dos limites da privacidade.
Resumo A partir do mapeamento de ações desenvolvidas por grupos feministas para a segurança digital, chamados de "cuidados digitais", analisamos as suas estratégias, que surgem em resposta às opacidades e injustiças algorítmicas, à pouca diversidade nos espaços tecnológicos e ao crescimento das violências de gênero nos ambientes digitais. Neste texto vamos discutir um aspecto deste hacktivismo (autodenominado de hackfeminista), o dos cuidados digitais, a partir da perspectiva feminista da ética do cuidado (Gilligan, 2013; Hirata e Debert, 2016), confrontando-a com os princípios da ética hacker (Levy, 1994; Himanen, 2001).
O objetivo deste artigo é fazer uma análise da cobertura jornalística de casos de feminicídio no jornal impresso Folha de S. Paulo. O recorte desse trabalho foram as notícias publicados nas páginas desse jornal em dois blocos temporais, um primeiro que vai de 2004 a 2007 e um segundo na década posterior à promulgação da Lei Maria da Penha e que abrange de 2014 a 2017. Através dessa amostra, pretendia-se verificar os enquadramentos presentes nos dois períodos, possíveis mudanças e continuidades, através da perspectiva teórica do enquadramento. Após a análise de 100 textos noticiosos, publicados na editoria Cotidiano desse jornal, foram identificados 13 tipos de enquadramentos e uma mudança nos dois primeiros meses do segundo semestre de 2017.
La etapa capitalista basada en el paradigma digital, denominada capitalismo de plataformas,ha propiciado como contrapartida el surgimiento de proyectos orientados a la soberanía yautonomía tecnológica, el comunitarismo y la internet como bien común, críticos al capitalismode datos y ambientalmente responsables. Muchos de ellos son proyectos de desarrollo desoftware ligados al movimiento feminista, liderados por mujeres cis, trans o no binarias yracializadas, en diferentes países de A.L. y el Caribe.En este artículo nos proponemos reflexionar en torno a estas iniciativas y señalar algunos ejesde interés investigativo comunicacional.
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