Objetos de aparecer e de desaparecer de Anastacia: diálogos sobre passabilidade trans* e o direito ao manejo dos próprios dados on-line a partir de um estudo de caso

Abstract

A partir do relato de uma mulher trans* se articulam diálogos acerca da privacidade on-line e as questões trans*, a passabilidade e a autodeterminação nos espaços mediatizados, evidenciando as implicações das tecnologias digitais na produção subjetiva. Chega-se assim a ações de desindexação no entendimento da co-propriedade da informação e da co-gestão dos limites da privacidade.

Babado, gritaria e confusão: Cartografias de experiências “trans” em contextos de educação

“…Passabilidade pode ser entendido como o ato de apagar marcas do gênero determinado ao nascimento e, a partir da "montagem" do corpo, realizada a partir de hormonização e outras intervenções cirúrgicas, ou não, tomar para si características do gênero com o qual se identifica (Ferreira & Natansohn, 2019). Ou seja, trata-se de uma capacidade de sujeitos que se reconhecem enquanto transexuais, transitarem pelo mundo cisgênero e serem reconhecidos como pertencentes a ele.…”

Tornando-se homem: processos de agenciamento de corporalidades de homens trans - contribuições para o campo emergente das transmasculinidades

“…Isso não significa a inexistência de homens trans anteriormente a essa data, como adverte Nery (2011), mas sim que essas identidades emergiram para a mídia, para a academia, para as políticas públicas e para a sociedade em geral em tal momento histórico, apoiada em eventos que propiciaram essa eclosão. Ávila (2014) Para alguns ativistas, acadêmicos e pessoas trans, trata-se de um termo que se apresenta a partir de uma conotação normatizadora, na medida em que pretende reiterar as exigências sociais em torno do binarismo de gênero e o retorno à cisgeneridade, representando o alinhamento da expressão de gênero, orientação sexual e identidade de gênero (Duque, 2020;Ferreira, & Natansohn, 2019;Pontes & Silva, 2017;Porto, Silva, & Gugelmin, 2021).…”