A comunicação bucosinusal ocorre após a exodontia de molares superiores por sua proximidade anatômica ao seio maxilar, caracterizando pelo acesso entre a cavidade oral e o seio maxilar devido ao defeito em tecido ósseo e tecido mole. Objetivou-se apresentar um relato de caso de fechamento de comunicação buco sinusal com bola de bichat. Paciente masculino, 54 anos, compareceu a Clínica Solon Galvão (Universidade Potiguar – UnP, Natal-RN, Brasil) apresentando uma comunicação buco sinusal em lado direito da maxila decorrente de uma exodontia do elemento 17. Foi solicitada uma tomografia computadorizada cone bean de maxila, onde foi comprovada que durante a exodontia do elemento 17, foi retirado também a parede anterior do seio maxilar, causando a comunicação. Foi feito a limpeza do seio maxilar, retirando cistos inflamatórios de dentro da cavidade. Após, houve exposição e mobilização da bola de bichat, seguido de sutura da mesma ao redor da lesão em mucosa e sutura da mucosa por cima da bola de bichat, utilizando fio absorvível. Conclui-se que é uma técnica segura, de fácil execução, beneficiando um resultado satisfatório para o paciente.
A osteonecrose dos maxilares relacionada ao uso de medicamentos (OMRM) é uma situação clínica, proveniente de efeitos secundários da terapêutica com alguns fármacos, como os bifosfonatos, os inibidores do RANK-L e alguns antiangiogênicos. O objetivo do presente trabalho foi realizar uma revisão sistemática sobre OMRM. As pesquisas realizadas permitiram a seleção de 9 artigos, a partir de 759 artigos encontrados. Os resultados do presente estudo mostram que a doença subjacente mais comum foi o câncer de mama, a via de administração mais prevalente foi a intravenosa, extração dentária foi o principal procedimento odontológico desencadeador e a região mais acometida pela alteração foi a mandíbula. O atendimento pelo cirurgião-dentista é fundamental antes do início da terapia com os medicamentos estudados, principalmente, com o bifosfonatos.
O edentulismo é um desafio extremamente frequente no dia-a-dia do cirurgião dentista. A busca de soluções funcionais e estéticas para estes casos têm proporcionado diversas inovações no mercado de materiais odontológicos como, por exemplo, os implantes dentais osseointegráveis, próteses, coroas e guias cirúrgicas. O aprimoramento de materiais e métodos em Implantodontia trouxeram possibilidades de intervenção, que por meio do planejamento digital e confecção de guias cirúrgicas 3D, concedem menor tempo de trabalho para assim, ofertar ao paciente maior conforto através de técnicas menos invasivas e cruentas, com a finalidade de reestabelecer a função, estética e condição biopsicossocial do paciente. Este caso clínico visa descrever o planejamento e instalação de implante dentário cone morse imediato (Drive, Neodent®, Curitiba, Brasil) utilizando a técnica com guia cirúrgica 3D (3D Studio – Planejamento Virtual da Face®, Natal- RN, Brasil), planejada através de tomografia computadorizada cone beam analisada através do software Blue Sky Bio LLC (Libertyville, Illinois), além da realização de enxertia com estrutura óssea mineral bovina (Lumina-Bone Fino, Criteria®, SP- São Paulo, Brasil) seguido da confecção de coroa unitária e instalação de carga imediata em área estética.
O tratamento com implantes dentários vem sendo usado para reabilitar os pacientes desdentados através da prótese fixa sobre implantes. Na maxila, o osso alveolar pode estar comprometido pela reabsorção óssea e a pneumatização do seio maxilar, resultando numa altura óssea insuficiente para a instalação do implante. Dessa forma, o levantamento do seio maxilar (sinus lift) é uma técnica que permite o ganho de volume ósseo na região posterior da maxila, possibilitando a reabilitação com implantes. Esse estudo tem como objetivo evidenciar um caso onde houve perfuração da membrana de Schneider durante um sinus lift e a sua resolução no transoperatório. Um paciente do sexo masculino, 63 anos, buscou atendimento odontológico queixando-se de suas próteses dentárias removíveis e ansiando substituí-las por próteses fixas sobre implantes. Ao exame clínico e de imagem, foi constatada a pneumatização do seio maxilar e altura óssea insuficiente para instalação de implantes na região posterior de maxila. O paciente foi submetido ao levantamento do seio maxilar direito e durante o procedimento houve uma perfuração da Membrana Schneidariana equivalente a 6mm. Essa complicação foi solucionada através da sutura da membrana a uma perfuração na parede óssea lateral do seio maxilar, o que permitiu a continuidade e sucesso do procedimento. Conclui-se que a perfuração da membrana de Schneider durante o procedimento sinus lift é uma intercorrência transcirúrgica comum e dependendo do tamanho da perfuração há uma conduta mais adequada a ser realizada. A técnica escolhida pelo profissional deverá ser baseada em sua experiência clínica e nas evidências científicas.
Down Syndrome or Trisomy of chromosome 21, as it is also known worldwide, is characterized by an error in chromosome distribution with the presence of an extra chromosome in the distal portion of it, generating specific physical and clinical characteristics throughout these people's lives. This paper aims to identify and discuss the main issues related to the role of oral health in the quality of life of people with Down syndrome. A search for papers was carried out in the following electronic databases: BIREME and PubMed, between the years 2010 to 2020. The search for electronic databases retrieved 22 articles. After reading the title and abstract, reading in full and applying the inclusion and exclusion criteria, a total of 09 articles were selected. It is concluded that there are frequent oral alterations in people with Down syndrome and some of these can be observed and treated from the first months of the child's life. In this way, the present study contributes in a scientific way to the general knowledge of oral problems and frequent alterations in people with down syndrome and elucidates their means of prevention and dental treatments from early childhood as a way to improve the quality of life and well-being of these patients.
O uso de prótese obturadora objetiva a correção das sequelas deixada pelo procedimento cirúrgico, tem como função separar a comunicação entre a cavidade oral e as áreas superiores, protegendo o trauma ou defeito cirúrgico, contribuindo para a restauração de funções importantes para a qualidade de vida do paciente como a mastigação, deglutição e audição, além dos benefícios estéticos. Foram tratados 12 pacientes, provenientes do Hospital Dr. Luiz Antônio, que passaram por uma anamnese, exame físico extra e intra oral, responderam a questionários específicos Portuguese Brazilian, versão 3.0 (EORTC QLQC30) e Portuguese Brazilian (EORTC QLQ-H&N35) pré e pós 15 dias da instalação protética, comparando o antes e depois através dos testes de Wilcoxon (α=0,05). Houve uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes (p= 0.009), nos problemas relacionados à fala (p=0.0131), a deglutição (p=0.0029) e o convívio social (p=0.0038). Ocorreu aumento significativo na qualidade de vida dos pacientes, redução nos problemas relacionados à deglutição, em comer socialmente e aos problemas relacionados com a fala e a maioria dos pacientes evoluíram de forma satisfatória, tendo na fala sua remissão da hipernasalidade proporcionando uma forma inteligível.
As fraturas de mandíbulas atróficas geralmente ocorrem em indivíduos idosos, nos quais a osteogênese está diminuída, osso cortical é denso e suprimento sanguíneo diminuído. É consenso na literatura que o tratamento das fraturas de mandíbula atrófica permanece como um grande desafio para a traumatologia maxilofacial, tendo em vista a baixa disponibilidade de osso e as características morfológicas e biomecânicas de uma mandíbula desdentada. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de tratamento cirúrgico de fratura bilateral de mandíbula atrófica. O paciente do gênero masculino, 61 anos de idade, compareceu ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, após ter sido vítima de acidente motociclístico, sem o uso dos materiais de proteção individual, evoluindo com fratura bilateral de mandíbula. Ao exame físico, o paciente apresentava diástase em área de corpo mandibular bilateral e no exame intraoral foi observado equimose na região de assoalho bucal. O tratamento consistiu em uma abordagem cirúrgica extraoral, sob anestesia geral, acesso transcervical, redução e osteossíntese dos cotos fraturados com uma placa do sistema 2.4mm locking em cada uma das fraturas. A terapia proporcionou ao paciente retomada de suas funções de mastigação com ganho em qualidade de vida. Conclui-se que as fraturas de mandíbulas atróficas são pouco comuns, mas com o aumento da população idosa nos próximos anos, espera-se que sua incidência aumente e é imprescindível ao cirurgião bucomaxilofacial conhecer e saber as possibilidades de tratamento disponíveis.
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