Com a finalidade de analisar atitudes de professores em relação à educação inclusiva por meio da teoria crítica da sociedade, entrevistamos 14 professores do ensino fundamental. A maioria dos entrevistados se declarou favorável à educação inclusiva, propondo condições adequadas tais como: recursos humanos, diminuição de alunos em sala, restrição ao número de alunos com deficiência intelectual, necessidade de o professor ser especialista em educação inclusiva, participação de outros especialistas (médicos, psicólogos, fonoaudiólogos etc.) e apoio de outro professor em sala. No que se refere aos benefícios e prejuízos da educação inclusiva, verificou-se que a maioria dos professores julga que os alunos sem deficiência se consideram superiores àqueles que não têm deficiência, metade dos entrevistados julga que a presença dos alunos com deficiência não atrapalha a aprendizagem dos alunos sem deficiência, e, por fim, que a maioria dos professores considera que a educação inclusiva deve favorecer a socialização e a aprendizagem dos alunos com deficiência.
Este artigo estuda a atitude de alunos de Licenciatura a respeito da educação integrada/inclusiva. Parte da hipótese que o preconceito e a ideologia são fatores que impõem obstáculos à implantação e ao desenvolvimento dessa forma de educação. Foram aplicadas para 149 estudantes de Licenciatura das áreas de Humanas, Exatas e Biológicas na cidade de São Paulo, as escalas de Manifestação de Preconceito, de Atitudes a respeito da Educação Inclusiva, de Ideologia da Racionalidade Tecnológica e a Escala F, esta de Adorno et al. (1950). Com relação à educação integrada/inclusiva, os três grupos não diferiram significantemente entre si, demonstrando uma tendência levemente favorável - ainda que com restrições – a essa forma de educação. As correlações obtidas entre os escores dessas escalas indicaram que há diferenças entre os motivos que levam aos posicionamentos dos alunos de Exatas, Humanas e Biológicas frente a essa modalidade de educação; nos alunos de Exatas, o preconceito é a variável mais importante entre as avaliadas; nos alunos de Biológicas, a ideologia da racionalidade tecnológica e a adesão implícita ao fascismo, avaliada pela escala F, são as variáveis mais associadas com a rejeição à educação inclusiva. Tais dados indicam que a questão da educação integrada/inclusiva deve ser abordada de modos diferentes nas Licenciaturas, de acordo com as carreiras, uma vez que a concordância ou não com esse tipo de educação está ligada a distintos fatores em cada uma delas.
O objetivo deste ensaio é o de apontar para alguns dos elementos básicos que devem ser considerados no estudo da subjetividade pela Psicologia. Para isso, delineia os limites do objeto de estudo da Psicologia, ressaltando a sua constituição a partir da mediação social. Utiliza-se de reflexões presentes na obra dos pensadores da Escola de Frankfurt, em particular Adorno, Horkheimer e Marcuse, para mostrar a relação entre a constituição da subjetividade e a idéia de formação. Defende-se a idéia de que, para estudar a subjetividade, é necessário, para o psicólogo, além de seu saber específico, o conhecimento de noções de filosofia e sociologia, relacionadas com o seu objeto, e um bom contato com a literatura e com a arte de uma forma geral.
A separação, na escola, dos alunos com maior e menor rendimento ainda ocorre nos diversos níveis de nosso sistema educacional. O objetivo deste trabalho é refletir sobre o tipo de pensamento que subjaza essa separação e algumas de suas conseqüências. São apresentados diversos estudos que nos levam a inferir que a segregação escolar é criada e mantida por um tipo de ideologia – a da racionalidade tecnológica – que representa a atual sociedade e oculta suas contradi ções, e que uma de suas conseqüências é o preconceito.
Neste ensaio, ressalta-se a importância da disciplina Psicologia Social na obra de T. W. Adorno e a concepção que formula acerca dessa disciplina. Esse autor defende que há uma nova forma de configuração dos indivíduos, expressada por atitudes e comportamentos individuais padronizados e por um ego frágil, facilmente cooptado por movimentos sociais totalitários. Tais indivíduos surgem em uma sociedade caracterizada por uma forma de dominação calcada na racionalidade administrativa e tecnológica. Para esse autor, a Psicologia Social deveria estudar esse objeto para que, com o esclarecimento produzido e difundido, os indivíduos possam resistir à adesão cega a movimentos sociais irracionais, tal como o fascismo, insistindo que a determinação desses movimentos não é individual, mas social.
O objetivo deste ensaio é refletir acerca da relação entre o primado da forma em nossa sociedade, que se expressa também nos âmbitos políticos e educacionais, e a formação de indivíduos pouco diferençados, no que se refere à sua sensibilidade, percepção e pensamento; tem como hipótese que a ênfase na forma, em diversos domínios sociais, em detrimento do conteúdo específico ao qual deveria se vincular contribui com a formação de indivíduos que têm dificuldades de se identificarem entre si e, por isso, de se desenvolver, sendo propensos à frieza, a uma ausência de percepção das contradições e conflitos sociais e a um pensamento basicamente adaptativo. Essa reflexão é desenvolvida tendo como referência obras de pensadores que constituíram a denominada Escola de Frankfurt, tais como T. W. Adorno, M. Horkheimer e H. Marcuse, e a Psicanálise Freudiana.
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