RESUMOAprender profundamente, aprender a aprender (metalearning) e aprender por toda a vida (lifelong learning) são alguns dos novos desafios que a sociedade do conhecimento apresenta ao ensino superior. O aumento do interesse por métodos e estratégias inovadoras, que alterem a dinâmica da sala de aula, tem produzido boas respostas. Esse artigo apresenta a técnica de mapeamento conceitual para favorecer a aprendizagem profunda, que aproxima o aluno do conhecimento especializado do professor. A possibilidade de oferecer feedbacks precisos e constantes ao longo do processo de ensino-aprendizagem justifica o uso dos mapas conceituais no ensino superior. O domínio da técnica de mapeamento conceitual e o planejamento cuidadoso da demanda a ser apresentada em sala de aula são aspectos fundamentais para assegurar os resultados esperados. Palavras ABSTRACTDeep learning, metalearning and lifelong learning are some of the new challenges presented by the knowledge society to higher education. The interest in innovative methods and strategies that change the dynamics of the classroom has increased and produced good responses. This paper presents concept mapping as a way to encourage deep learning, which approximates students and the teacher's expert knowledge. The ability to provide accurate and constant feedback throughout the teaching-learning process justifies the use of concept maps in higher education. The mastery of the concept mapping technique and the careful planning of the demand to be presented in the classroom are critical to ensure the expected results.Keywords: Concept Maps; Higher Education; Deep Learning; Learning Evaluation; Lifelong Learning; Metalearning. IntroduçãoO sistema de ensino superior está se reinventando. Atualmente, ele opera numa sociedade forjada a partir da explosão do conhecimento e do desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação. A sociedade do conhecimento emerge como resultado das transformações iniciadas na metade final do século XX, que tornaram obsoletos os paradigmas da sociedade industrial (FRIEDMAN, 2007). Espaço e tempo ganharam novos significados no mundo contemporâneo como decorrência da globalização. A crescente importância da ciên-cia, da tecnologia e da inovação demanda novas formas de criar e disseminar o conhecimento.Aprender a aprender (metalearning) e aprender por toda a vida (lifelong learning) são essenciais para que os egressos exerçam de forma competente e responsável suas funções na sociedade. A universidade que funcionou adequadamente na sociedade industrial não antende a essas demandas, e é preciso buscar novos caminhos (UNESCO, 2005). As instituições de ensino superior estão desafiadas a propor soluções para formar cidadãos e profissionais que sejam capazes de não só de aplicar tecnicamente o conhecimento específico, mas também de criar soluções inovadoras que respondam a problemas presentes e futuros numa sociedade cada vez mais complexa.
Resumo: Os mapas conceituais (MCs) são organizadores gráficos que permitem representar o conhecimento e promover a aprendizagem significativa. A utilização adequada da técnica em sala de aula depende do treinamento dos alunos. Este trabalho teve como objetivo avaliar e acompanhar a proficiência dos alunos a partir da análise da estrutura da rede proposicional dos MCs. Para isso foi proposto o uso da Análise Estrutural de 434 MCs produzidos pelos alunos durante a disciplina Ciências da Natureza na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH/USP) nas 1 a , 5 a e 15 a aulas. A partir de análises estatísticas univariada e multivariada dos dados foi possível inferir que a densidade proposicional e a quantidade de conceitos múltiplos iniciais e finais são parâmetros suficientes para determinar a proficiência dos alunos na técnica de mapeamento, a qual foi estabelecida à medida que as tarefas de treinamento e elaboração dos MCs foram acontecendo durante as 15 aulas da disciplina.Palavras-chave: Mapa conceitual. Análise estrutural. Ensino superior. Ensino de ciências. Aprendizagem significativa.Abstract: Concept maps (Cmaps) are graphic organizers that represent knowledge and foster meaningful learning. The proper use of the technique in the classroom depends on training students. This study aimed to assess and track students' proficiency from the structural analysis of the Cmap propositional network. We proposed the use of Structural Analysis of 434 Cmaps collected during the Natural Science Course (NSC) at the School of Arts, Sciences and Humanities during 1 st , 5 th and 15 th classes. Statistical univariate and multivariate data analysis let us infer that the propositional density and the quantity of initial and final multiple concepts are both useful parameters to assess the students' proficiency in the mapping technique, which was established throughout training, and Cmap elaboration tasks during the fifteen classes.
In this paper, we explore the use of concept maps (Cmaps) as instructional materials prepared by teachers, to foster the understanding of chemistry. We choose fireworks as a macroscopic event to teach basic chemical principles related to the Bohr atomic model and matter–energy interaction. During teachers' Cmap navigation, students can experience a sense of disorientation, which is detrimental to the learning process. Two graphical cues were tested as Cmap navigation guidance: (1) colour-coded concepts, to group similar content and (2) numbered propositions to offer a reading sequence. A quasi-experimental pre-test–post-test design combined with mental effort was utilized to measure the efficiency of Cmaps in learning. First-year undergraduate students (n= 85) were randomly assigned to study one of four possible Cmaps. The results showed that all students were able to increase their level of factual knowledge, despite the Cmap being used as an instructional material. The lack of cues impaired conceptual understanding. Signalling similar content using colours was critical to reduce the invested mental effort and foster understanding about chemical concepts.
As origens históricas dos mapas conceituais se localizam na área de Ensino de Ciências. Em 1972, Joseph Novak criou esta técnica de representação do conhecimento para identificar mudanças conceituais sobre temas da Biologia. Passados 50 anos, os mapas conceituais se aproximam da maturidade num momento de enormes transformações sociais provocadas pela pandemia de Covid-19 que impactam a Educação. Os autores aproveitam a celebração dos 50 anos de criação dos mapas conceituais para refletir sobre a estagnação ou crescimento das pesquisas sobre os mapas conceituais, considerando a produção específica da área de Ensino de Ciências. O objetivo do artigo é refletir sobre o atual momento das pesquisas sobre mapas conceituais a partir da análise da literatura acadêmica e de uma perspectiva histórica do desenvolvimento e da aplicação dos mapas conceituais. As perspectivas que se encontram no horizonte sugerem que o crescimento é mais provável do que a estagnação, desde que duas condições sejam observadas por pesquisadores e professores: (1) a ampliação das perspectivas teóricas que informam o uso dos mapas conceituais e (2) a adoção de um novo conjunto de valores que enfatizem a práxis educativa como um processo, evitando o foco no produto que caracteriza um ponto de chegada no processo de aprendizagem.
Desenvolvimento e validação de um questionário para avaliar o nível de conhecimento dos alunos sobre Mapas Conceituais.-São Paulo, 2012.
ResumoAs universidades têm investido tempo e dinheiro para melhoria da qualidade do ensino de graduação. Mesmo assim, os resultados obtidos ficam aquém das expectativas. Além disso, os docentes universitários estão inseridos em um ambiente profissional complexo em que o potencial de estresse é alto. Essas preocupações, de caráter global, levaram um docente britânico a propor o modelo da fragilidade pedagógica (MFP) como forma de integrar elementos-chave que descrevem as atividades docentes e os principais motivos que levam muitos docentes (incluindo os mais experientes) a adotar uma abordagem de ensino conservadora, tradicional, segura e, possivelmente, desatualizada. O objetivo deste artigo é apresentar uma breve revisão teórica sobre o MFP e explorar sua aplicação prática no cenário educacional brasileiro. Ao utilizar a metodologia de entrevistas baseadas na coconstrução de mapas conceituais, um estudo de caso foi conduzido com sete docentes universitários. As concepções e visões de ensino dos docentes foram analisadas e comparadas entre si considerando as dimensões do MFP. Os resultados mostraram que essas são individualizadas e sensíveis aos cursos e disciplinas que lecionam, às suas formações acadêmicas, ao tempo na carreira e aos valores do instituto, departamento ou escola a que pertencem. O MFP aliado ao mapeamento conceitual permitiu um diálogo aberto, franco e focado no indivíduo. As evidências sugerem uma potencialidade de aplicação do MFP para o desenvolvimento pedagógico docente no Brasil. Algumas contribuições, limitações e desafios à disseminação do modelo também são apresentados. Palavras-chaveConcepção dos docentes -Desenvolvimento docente -Ensino superior -Fragilidade pedagógica -Mapas conceituais.1-Os autores agradecem aos docentes que participaram desta pesquisa e ao professor Ian Kinchin, pelas discussões e contribuições. JGA agradece à CAPES pela bolsa de doutorado e doutorado sanduíche (#88881.135605/2016-01). AbstractUniversities have invested time and money to improve the quality of undergraduate education. However, the results obtained fall short of expectations. Furthermore, higher education professors are in a complex work environment which is potentially stressful. These concerns, which are global, led a British professor to propose the pedagogic frailty model (PFM) as a way to integrate key elements that describe teaching activities and main reasons that lead many professors (including the most expert ones) to adopt a conservative, traditional, safe and possibly out-of-date teaching approach. The purpose of this paper is to present a brief theoretical review of PFM and explore its application in the Brazilian educational scenario. An interview-driven methodology for the co-construction of Concept maps was used to conduct a case study with seven university professors. Their conceptions and views of teaching were analyzed and compared to each other considering the PFM. The results show that professors' conceptions are individualized and sensitive to their course and discipline, backgro...
Purpose Concept maps have been described as a valuable tool for exploring curriculum knowledge. However, less attention has been given to the use of them to visualise contested and tacit knowledge, i.e. the values and perceptions of teachers that underpin their practice. This paper aims to explore the use of concept mapping to uncover academics’ views and help them articulate their perspectives within the framework provided by the concepts of pedagogic frailty and resilience in a collaborative environment. Design/methodology/approach Participants were a group of five colleagues within a Biochemical Science Department, working on the development of a new undergraduate curriculum. A qualitative single-case study was conducted to get some insights on how concept mapping might scaffold each step of the collaborative process. They answered the online questionnaire; their answers were “translated” into an initial expert-constructed concept map, which was offered as a starting point to articulate their views during a group session, resulting in a consensus map. Findings Engaging with the questionnaire was useful for providing the participants with an example of an “excellent” map, sensitising them to the core concepts and the possible links between them, without imposing a high level of cognitive load. This fostered dialogue of complex ideas, introducing the potential benefits of consensus maps in team-based projects. Originality/value An online questionnaire may facilitate the application of the pedagogic frailty model for academic development by scaling up the mapping process. The map-mediated facilitation of dialogue within teams of academics may facilitate faculty development by making explicit the underpinning values held by team members.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.