Resumo: O presente artigo tem como objetivo fazer a crítica das propostas que pretendem superar a fragmentação do saber através da interdisciplinaridade, da trans ou da multidisciplinaridade e de outras denominações semelhantes. Procuraremos demonstrar que essas propostas são um caminho equivocado para um problema mal equacionado. E que, como a fragmentação do saber não tem sua origem na esfera epistemológica, mas na esfera ontológica, então sua superação integral pressupõe, necessariamente, a transformação do mundo real que está na sua origem.Palavras-chave: Fragmentação do saber. Interdisciplinaridade. Crítica. Abstract:This article aims to be a critical counterargument to the propositions that intend to overcome the fragmentation of knowledge through interdisciplinarity, transdisciplinarity, multidisciplinarity and other similar denominations. We seek to demonstrate that these propositions constitute an erroneous path to a badly-equated problem. Moreover, as the fragmentation of knowledge does not originate from the epistemological sphere, but from the ontological one, then its integral overcoming necessarily depends on the transformation of the real word from which it stems.
Pode a educação, na atual situação da sociedade capitalista, contribuir para a emancipação humana? O objetivo deste artigo é defender a ideia de que não é possível organizar a educação em sua forma e seus conteúdos, de modo geral, para que ela contribua para a construção de uma sociedade plenamente emancipada. Contudo, na medida em que a sociedade capitalista tem, em sua essência, uma contradição entre capital e trabalho, entendemos que é possível organizar, no interior da própria dimensão educativa, atividades que contribuam para a transformação radical do mundo e para a construção de uma forma de sociabilidade para além e superior ao capitalismo. Palavras-chave: Emancipação humana. Educação. Atividades educativas.
1 RESUMO:Esse texto pressupõe que o pensamento de Marx tem uma impostação ontológica. Por isso mesmo, defende a ideia de que uma teoria geral do ser social (ontologia) deve preceder e embasar a reflexão sobre a problemática da educação. Isto porque a educação é apenas uma das dimensões do ser social, de modo que o seu sentido mais pleno só pode ser evidenciado na medida em que for apreendida sua função na reprodução deste ser. Palavras-chave: Educação. Ontologia marxiana. EDUCATION AND MARXIST ONTOLOGYABSTRACT: This paper implies that Marx's thought has an ontological connotation. Because of this, it defends the idea that a general theory of the social being (ontology) should precede and base the consideration on education issues. This occurs due to the fact that education is only one of the many dimensions of a social being, so his most complete meaning can just become evident when its function in the reproduction of this being is understood. Keywords: Education, Marxist ontology. IntroduçãoNosso objetivo, nos limites desse texto, é sinalizar uma determinada abordagem do fenômeno da educação a partir do ponto de vista de Marx. Trata-se, pois, em primeiro lugar, de esclarecer qual seja esse ponto de vista.A busca pela compreensão marxiana da questão da educação pode seguir dois caminhos. O primeiro: considerando que Marx não escreveu nenhuma obra específica sobre a questão da educação, tratar-se-ia de rastrear, nas suas obras, as passagens em que ele se refere a esta problemática. O segundo: buscar, em primeiro lugar, a arquitetura mais geral do pensamento de Marx, para, em seguida, apreender o sentido da atividade educativa no interior desse quadro arquitetônico. Como essa arquitetura mais geral significa uma teoria geral do ser social, esse caminho implicaria, em primeiro lugar, a resposta à pergunta pela natureza geral e essencial do ser social. Só num segundo momento é que se buscaria a resposta acerca da natureza da educação.A maioria dos autores segue o primeiro caminho, que parece o mais óbvio. Nada parece mais razoável do que partir do que o próprio autor disse, mesmo que isso não represente uma reflexão específica e acabada sobre o tema.No entanto, esse caminho apresenta um sério inconveniente. Trata-se dos problemas causados pelas várias interpretações do pensamento de Marx. Como encontrar o sentido, o mais fidedigno possível, das afirmações de Marx? Sabe-se que a obra desse autor deu origem a várias interpretações desde a sua elaboração até os dias atuais. E que essas interpretações fazem "escola", ou seja, sinalizam um caminho ao qual se filiarão outros leitores de Marx. O problema é que, a nosso ver, a maioria dessas interpretações e
As políticas sociais, ainda que sejam, em grande parte, conquistas das classes populares, são medidas do Estado e têm por função enfrentar a questão social. Como tais, elas fazem parte da emancipação política. Segundo Marx, a emancipação política difere radicalmente da emancipação humana, sendo que esta é essencialmente superior àquela por ser a expressão da perspectiva do proletariado, cuja natureza é realmente de caráter universal. Diante disso, pode-se perguntar: pode a emancipação política ser o caminho ou, pelo menos, uma mediação para a emancipação humana? É isso que pretendemos discutir nesse texto.
Esse texto tem por objetivo defender a ideia de que, ao responder aos interesses mais essenciais da classe trabalhadora, Marx elaborou os fundamentos do método científico mais elevado que a humanidade já construiu. Esse método, por sua vez, está intimamente articulado com a transformação radical da sociedade. Por isso mesmo, a apropriação desse método por todos aqueles que querem contribuir para essa transformação é de fundamental importância.
Resumo: Inúmeros autores buscaram, e ainda buscam, elaborar uma pedagogia socialista, vale dizer, uma teoria da educação voltada para a orientação das práticas educativas concretas em direção à emancipação humana. Será esta uma possibilidade real? Fundamentado nos pressupostos metodológicos marxianos, de caráter ontológico, e começando pela categoria do trabalho, o presente texto procura sustentar uma resposta negativa a essa pergunta sem, com isso, cair no imobilismo. Palavras Chave: marxismo, educação, pedagogia socialista Resumen: Muchos autores han intentado, y todavía intentan, elaborar una pedagogía socialista, quiere decir, una teoria de la educación que pueda orientar las prácticas educativas concretas en dirección a la emancipación humana. Pero, es esta una posibilidad real? Fundamentado en los presupuestos metodológicos marxianos, de carácter ontológico, y partiendo de la categoría del trabajo, el presente texto busca sustentar una respuesta negativa a esa pregunta, sin, con eso, caer en el imobilismo. Palabras llaves: marxismo, educación, pedagogia socialista Abstract: Many authors sought, and still seek, to develop a socialist pedagogy, that is, a theory of education aimed to conduct specific educational practices toward human emancipation. Is this a real possibility? Based on marxian ontological methodological assumptions and starting from labor as an ontological category, this text seeks to maintain a negative answer to this question thereby without falling into immobility. Key Words: marxism, education, socialist pedagogy IntroduçãoSe por pedagogia se entende não apenas uma teoria geral da educação ou uma teoria da educação em determinada sociedade ou, ainda, um conjunto de princípios gerais que poderão nortear uma prática educativa, mas uma teoria da educação voltada a orientar praticamente a relação entre educadores e educandos, então, a meu ver, do ponto de vista marxista, não pode existir pedagogia socialista.Sei que essa afirmação é extremamente polêmica e diverge de muitos autores marxistas que se dedicaram a tratar dessa problemática. Procurarei, ao longo do texto, sustentar essa afirmação, buscando deixar claro que ela não implica nenhum reprodutivismo e nenhum imobilismo e que, pelo contrário, é uma posição atenta à recomendação de Lenin que afirma a necessidade de sempre fazer uma análise concreta da situação concreta.A afirmação inicial significaria que Marx e outros autores marxistas não tem nada a dizer a respeito da problemática da educação ou que eles estariam inteiramente equivocados? Obviamente, diante
Juntamente com a cidadania e a democracia, a problemática dos chamados direitos humanos tem assumido, nos últimos tempom, uma importância toda especial.
<span style="font-size: 10pt; line-height: 115%; font-family: Garamond; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: AR-SA; mso-bidi-language: AR-SA;">“Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade, em circunstâncias escolhidas por eles próprios, mas nas circunstâncias imediatamente encontradas, dadas e transmitidas pelo passado” (K Marx, 2008. P. 207). É em circunstâncias muito precisas que os homens fazem a sua história hoje. E, do ponto de vista dos interesses mais profundos da classe trabalhadora, esse momento se apresenta com um caráter fortemente contra-revolucionário. O resgate sólido da teoria revolucionária, o que implica uma crítica das deformações teóricas e práticas passadas, é condição imprescindível para continuar a sustentar o projeto histórico comunista e, ao mesmo tempo, iluminar os caminhos do futuro. Como a educação pode contribuir para isso? É sobre isso que pretendemos refletir nesse texto.</span>
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