Pouco tem sido estudada a relação entre câncer de mama e amamentação. É possível que a sucção da mama, realizada pelo recém-nascido, promova alterações hormonais que repercutam sobre o desenvolvimento dessa doença. Esta revisão objetivou analisar estudos publicados sobre a influência da prática da amamentação na redução do risco da neoplasia mamária. Os artigos selecionados foram pesquisados nas bases de dados PubMed, LILACS, Scielo e Google Acadêmico e publicados entre os anos 2002 e 2020. Entre os 11 artigos revisados, 10 atestaram o papel da amamentação na redução do surgimento de câncer de mama, tendo esta redução sido maior quanto mais longo o tempo da oferta de leite materno. Apesar dos benefícios, as taxas de aleitamento materno no Brasil ainda são insuficientes. Tendo em vista o impacto positivo dessa prática sobre a redução da incidência do câncer de mama, orientações às gestantes sobre esse processo se fazem necessárias. Descritores: Câncer de Mama, Aleitamento Materno, Lactação. Breastfeeding in breast cancer prevention: literature reviewAbstract: Little has been studied the relationship between breast cancer and breastfeeding. It is possible that breast sucking, performed by the newborn, promotes hormonal changes that affect the development of this disease. This review aimed to analyze published studies on the influence of breastfeeding in reducing the risk of breast cancer. The selected articles were searched in the PubMed, LILACS, Scielo and Google Scholar databases and published between the years 2002 and 2020. Among the 11 reviewed articles, 10 attested to the role of breastfeeding in reducing the appearance of breast cancer, with this reduction greater the longer the time of breast milk supply. Despite the benefits, breastfeeding rates in Brazil are still insufficient. In view of the positive impact of this practice on reducing the incidence of breast cancer, guidance to pregnant women on this process is necessary.Descriptors: Breast Cancer, Breastfeeding, Lactation. Lactancia en la prevención del cáncer de mama: revisión de la literaturaResumen: Poco se ha estudiado la relación entre el cáncer de mama y la lactancia materna. Es posible que la succión de los senos, realizada por el recién nacido, promueva cambios hormonales que afectan el desarrollo de esta enfermedad. Esta revisión tuvo como objetivo analizar los estudios publicados sobre la influencia de la lactancia materna en la reducción del riesgo de cáncer de mama. Los artículos seleccionados se buscaron en las bases de datos PubMed, LILACS, Scielo y Google Scholar y se publicaron entre los años 2002 y 2020. Entre los 11 artículos revisados, 10 atestiguaron el papel de la lactancia materna en la reducción de la aparición de cáncer de mama, con esta reducción mayor es el tiempo de suministro de leche materna. A pesar de los beneficios, las tasas de lactancia materna en Brasil siguen siendo insuficientes. En vista del impacto positivo de esta práctica en la reducción de la incidencia de cáncer de mama, es necesaria una guía para las mujeres embarazadas sobre este proceso.Descriptores: Cáncer de Mama, Amamantamiento, Lactancia.
Objetivo: Analisar a prevalência de fatores de risco para as doenças cardiovasculares em crianças procedentes de escolas públicas em uma cidade do estado de Minas Gerais. Métodos: Trata-se de estudo transversal observacional com dados colhidos por exame clínico realizado em alunos de ambos os sexos do quinto ano do Ensino Fundamental de escolas públicas. Foi aplicado um questionário com questões sobre hábitos alimentares e prática de atividades físicas e realizou-se um exame físico composto por pesagem, verificação de estatura, medida da circunferência abdominal, aferição da pressão arterial e cálculo do IMC. Resultados: Identificou-se que 27,16% das crianças do sexo feminino e 30,15% das crianças do sexo masculino encontravam-se fora do peso ideal. Em relação à circunferência abdominal, 28,57% dos meninos e 25,92% das meninas apresentavam-se fora dos padrões. Quanto à pressão arterial, valores limítrofes e acima do considerado saudável foram identificados em 6,25% dos estudantes. Segundo a análise do IMC, 27,08% dos indivíduos avaliados encontravam-se com sobrepeso, sendo 46,15% do sexo feminino e 53,85% do sexo masculino. Conclusão: Evidenciou-se alta prevalência de fatores predisponentes às doenças cardiovasculares e que o estudo de tais patologias demanda análise de fatores sociais, ambientais, econômicos e genéticos.
Objetivo: Analisar os principais aspectos epidemiológicos relacionados à cirurgia plástica no Brasil nos últimos anos. Métodos: Trata-se de estudo descritivo e de viés epidemiológico, em que se observou dados divulgados, em 2019, pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e por informações obtidas pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, em 2020. Avaliou-se prevalências das intervenções cirúrgicas e não cirúrgicas, evolução das cirurgias estéticas e reparadoras, bem como distribuição dos procedimentos conforme sexo e idade. Resultados: O Brasil ocupou o segundo lugar no ranking mundial de cirurgias plásticas, concretizando, aproximadamente, 2,5 milhões de intervenções, sendo 58,2% referentes a operações. A maior parte das interferências foi realizada por mulheres e a faixa etária mais prevalente foi aquela entre 19 e 50 anos. Sobre métodos não cirúrgicos e cirurgias reparadoras, o primeiro apresentou aumento de 32,5% nos últimos 4 anos, enquanto o segundo reduziu em 3,3%. Considerações finais: Diante de casos em que a interferência seja desnecessária ou prejudicial à saúde do paciente, cautela e sensos crítico e ético, por parte do cirurgião plástico, são essenciais para a avaliação de cada caso, permitindo o efetivo planejamento do processo e a redução de riscos e complicações que possam ocorrer.
Analisar os principais desfechos maternos em gestantes infectadas pela COVID-19 e retratar a atual situação da vacinação contra o SARS-CoV-2 para essas mulheres. Metodologia: Trata-se de estudo de viés epidemiológico que visou a avaliação de dados do Observatório Obstétrico Brasileiro COVID-19, bem como a revisão da última atualização do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19 e da Nota Técnica nº1/2021, ambas com direcionamentos a este grupo de risco. Resultados: Cerca de 1% dos casos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave incidiu sobre gestantes e puérperas. Houve elevação de óbitos, aumento de internações em Unidades de Terapia Intensiva e maior necessidade de suporte ventilatório. Quanto à vacinação, 2.488.052 doses de vacinas serão disponibilizadas para este grupo. Discussão: Além de desfechos em gestantes, a COVID-19 repercutiu sobre o binômio materno-fetal, acarretando em mais partos prematuros e execuções de
O presente artigo objetivou analisar o contexto epidemiológico brasileiro da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) temporalmente associada à Covid-19. Para tanto, realizou-se um estudo estatístico e descritivo, pautado pela interpretação de dados coletados nas plataformas das Secretarias de Saúde das 27 unidades federativas do país e que abrangeram o período entre o primeiro caso confirmado da síndrome, em 2020, até junho de 2021. Os parâmetros investigados versaram sobre o número total de casos e de óbitos, bem como à distribuição entre estados, sexos e faixas etárias. Foram registrados 1010 diagnósticos e 65 óbitos desencadeados pela síndrome, indicando uma taxa de letalidade de 6,4%. 55,4% dos casos foram descritos no sexo masculino, enquanto os óbitos, por sua vez, foram mais comuns em meninas, representando, aproximadamente, 76% das mortes verificadas. A faixa etária de maior acometimento da SIM-P foi entre 0 e 4 anos de idade. A maior parte dos casos e das mortes pela síndrome ocorreram na região sudeste, sobretudo no estado de São Paulo, que comportou 19,1% do total de diagnósticos e 18,4% da totalidade de falecimentos do Brasil. A SIM-P representa condição grave associada à infecção pelo SARS-CoV-2 e, por isso, exige cautela por parte de crianças, adolescentes e de seus familiares quanto à adequada adoção de medidas preventivas recomendadas para a Covid-19. Ainda que se trate de tema recente, os números já notificados no país são suficientes para que pediatras e generalistas obtenham o devido conhecimento médico para o diagnóstico precoce desta síndrome, permitindo a redução dos desfechos negativos e seu melhor prognóstico.
Objetivo: Relatar a manifestação de infarto agudo do miocárdio em paciente jovem e analisar sua relação causal, em especial com o uso de cocaína. Detalhamentos de Caso: Paciente masculino, 24 anos, foi admitido em serviço de emergência com queixa de dor torácica súbita, em repouso, há cerca de 8 horas. O eletrocardiograma evidenciou supradesnivelamento do segmento ST em paredes anterior e lateral, associado à elevação dos marcadores bioquímicos de lesão miocárdica. Não foi evidenciada a presença de coronariopatia obstrutiva à cineangiocoronariografia. Considerações finais: O infarto agudo do miocárdio, embora mais comum em pessoas com idades mais avançadas, assume causa importante de morbimortalidade entre pacientes jovens, uma vez que fatores de risco como tabagismo e uso de drogas ilícitas, como a cocaína, se tornam mais prevalentes nessa população. Em paciente jovem que apresenta síndrome coronária aguda, sem lesões angiograficamente visíveis, deve-se considerar o uso de drogas ilícitas como fator desencadeante do quadro isquêmico.
Objetivo: Analisar a prevalência do transtorno depressivo em acadêmicos de medicina conforme idade, sexo e período do curso em que se encontravam. Métodos: Revisão sistemática de artigos publicados nos últimos 15 anos nas bases de dados PubMed, LILACS e Google Acadêmico, dentre os quais sete estudos corresponderam aos critérios de inclusão pré-estabelecidos nesta pesquisa. Resultados: A prevalência de sintomas depressivos variou entre 8,9% e 79%, sendo as mulheres mais acometidas pelo transtorno. Foram considerados como fatores desencadeantes a carga horária excessiva, amplo conteúdo programático e insegurança quanto à aprendizagem e ao desempenho nas avaliações curriculares e provas de residência. Considerações finais: A jornada acadêmica, desde a preparação para o vestibular até o internato, impacta significativamente na saúde psicológica dos estudantes de medicina. Embora a prevalência da depressão nesses alunos seja superior à média da população geral, a busca por assistência psicológica pelos acadêmicos é, ainda, insatisfatória. Palavras-chave: Saúde Mental, Transtorno Depressivo, Estudantes de Medicina.
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