SUMÁRIO: 1. Introdução; 2. A área de estratégia desafiada na Europa; 3. Uma revisão histórica da responsabilidade social empresarial; 4. As principais abordagens de RSE; 5. Um histórico da área de estratégia; 6. Considerações finais. Após longo período de desinteresse por questões sociais ou políticas e devido aos recentes escândalos protagonizados por grandes corporações, observamos nos últimos 10 anos a aproximação da área de estratégia, em especial nos EUA, do tema responsabilidade social empresarial (RSE). Fenômeno similar começa a ser observado no Brasil. Este artigo argumenta que essa aproximação deve ser desafiada. Baseando-se na análise crítica da área de estratégia feita recentemente por pesquisadores europeus, os autores mostram que a não-neutralidade da área de estratégia, vista como um campo organizacional, ajuda a explicar o escândalo da Enron, por exemplo. O desinteresse da literatura dominante por esse tipo de * Artigo recebido
Este artigo faz uma breve revisão histórica da trajetória, dos desafios e das tendências no ensino superior de administração e administração pública no Brasil. Este trabalho mostra-se bastante oportuno atualmente, em função de diferentes iniciativas que estão sendo empreendidas pelos acadêmicos e instituições comprometidos com o ensino superior no país. O artigo apresenta inicialmente a trajetória do ensino superior de administração, para então abordar os principais desafios que as escolas e seus acadêmicos enfrentam nessa área, consolidar as principais tendências para o ensino superior e, por fim, destacar a necessidade de rascunhar uma agenda de debate que envolva as instituições, seus representantes e acadêmicos.
Este estudo teve por objetivo identificar quais características podem contribuir para explicar o nível de responsabilidade fiscal de grandes municípios brasileiros. Foi realizado um estudo com dados em painel, no período de 2002 a 2009, e os resultados indicaram que os municípios pesquisados apresentam um nível incipiente de responsabilidade fiscal. As variáveis nível econômico e autonomia financeira apresentaram relação positiva significativa com o nível de responsabilidade fiscal, e a variável endividamento, relação negativa. O modelo de regressão estimado revelou que região, localização e ano também podem influenciar a responsabilidade fiscal dos municípios. Espera-se que este estudo contribua para a discussão sobre as variações no nível de responsabilidade fiscal dos municípios por meio da sugestão de métrica de avaliação, além dos dispositivos que constam nos instrumentos normativos.Pa l a v r a s -c h a v e : responsabilidade fiscal; grande município; métricas de avaliação.
Responsabilidad fiscal de grandes municipios brasileños: un análisis de sus característicasEste estudio tuvo como objetivo identificar cuales características pueden contribuir para explicar el nivel de responsabilidad fiscal de grandes municipios brasileños. Fue realizado un estudio con datos de panel, en el período de 2002 a 2009, y los resultados indicaron que los municipios encuestados presentan un nivel incipiente de responsabilidad fiscal. Las variables nivel económico y autonomía financiera presentaron una relación positiva significativa con el nivel de responsabilidad fiscal, y la variable endeudamiento, una relación negativa. El modelo de regresión estimado reveló que región, localización y año también pueden influenciar la responsabilidad fiscal de los municipios. Se espera con el estudio contribuir para la discusión acerca de las variaciones en el nivel de responsabilidad fiscal de los municipios por medio de la sugerencia de métrica de evaluación, además de los dispositivos que constan en los instrumentos normativos.Pa l a b r a s c l a v e : responsabilidad fiscal; grande municipio; métricas de evaluación.Artigo recebido em 17 dez. 2012 e aceito em 26 ago. 2013.
O presente artigo reconhece que a contabilidade retrata uma parte da realidade, e nesse sentido, as pesquisas contêm visões de mundo que evidenciam o conhecimento como uma razão entre sujeito e objeto. O conhecimento científico em contabilidade gerencial, portanto, ocorre a partir da descoberta de pesquisadores que conduzem suas pesquisas com base em pressupostos ontológicos, epistemológicos e metodológicos associados a determinadas abordagens. Este artigo revisita diferentes possibilidades epistemológicas em contabilidade gerencial e apresenta reflexões sobre a contribuição destas abordagens para a pesquisa, destacando pressupostos, possibilidades e limitações de abordagens dominantes e alternativas. As autoras desenvolvem um argumento acerca dos potenciais advindos de maior engajamento com abordagens interpretativas e críticas, que lancem novas luzes sobre os fenômenos contábeis. Para tal, é promovido um diálogo com diversos autores, de forma a apontar a possibilidade de pluralismo e coexistência de conhecimentos de naturezas diversas em contabilidade gerencial no Brasil.
Este estudo buscou verificar se os municípios brasileiros, caracterizados pelo IDEB, podem ser diferenciados por aspectos sociais, econômico-financeiros, de controle social, e aspectos pedagógicos e estruturais. Por meio técnica estatística de Regressão Logística Multinomial, analisou-se 5319 municípios no período de 2009 a 2013. Os resultados revelam que aspectos sociais e pedagógicos são determinantes para a probabilidade de obtenção de notas regulares ou boas no IDEB 2013. Os resultados demonstraram que municípios pertencentes a Estados com maior concentração de riqueza, com menor acesso ao conhecimento e baixa expectativa de vida têm um incremento relevante na probabilidade de obtenção de notas ruins no IDEB. A pesquisa contribui com evidências de que fatores contextuais, contingenciais e locais, inclusive àqueles relacionados às condições familiares e habitacionais, exercem maior impacto sobre o desempenho escolar do que fatores relacionados à gastos públicos com educação básica.
Os autores apresentam um argumento favorável ao desenvolvimento de pesquisas fundamentadas no diálogo entre diferentes perspectivas epistemológicas objetivando uma compreensão mais adequada das estratégias de responsabilidade social empresarial (RSE) e seus impactos sobre a esfera pública. A justificativa para tal argumentação está associada ao crescimento das ações de RSE no Brasil desde o final da década de 1990, como um reflexo do avanço da globalização e o aumento do poder das grandes empresas ante o Estado e a sociedade civil. O artigo destaca a limitação de grande parte da literatura de RSE em reconhecer estratégias voltadas para stakeholders como um fenômeno equivocadamente centrado na empresa, desconhecendo relevantes questões mais amplas associadas a dimensões políticas e sociais.
O presente ensaio tem foco na governança da política pública de saúde no Brasil no contexto pós-reforma gerencial. A argumentação desenvolvida tem o objetivo de propor uma análise que considere a governança pública como formada por influências advindas de múltiplos níveis, pautada no conceito de codeterminação, como forma de reconhecer questões de economia política no processo de interação de atores públicos e privados e seus reflexos sobre a sociedade. Assim, os autores recuperam alguns aspectos históricos de pós-reforma gerencial, a introdução da competitividade administrada na política pública de saúde brasileira e revisitam três abordagens teóricas de governança pública em busca de uma proposta para o estudo da dimensão público-privada na saúde pública. Observa-se na revisão que são raros os estudos que reconheçam a coexistência de diferentes abordagens em governança pública (seus pressupostos, possibilidades e limitações) e que procurem reconciliá-las
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