RESumoNesse estudo, abordamos a formação e o controle da subjetividade da criança como uma maneira de, implícita ou indiretamente, entre outras consequências, privá-la de realizar experiências corporais sensíveis. A relação desses dois temas traz implicações para o mundo de movimentos da criança, em especial sobre o seu "brincar e se-movimentar". Chamamos a atenção para uma visão "adultocêntrica" da infância, a qual, muitas vezes, desconsidera os verdadeiros interesses dos pequenos, privilegiando uma preparação para a vida futura. Consideramos que a valorização do brincar livre e espontâneo pode levar a criança a um encontro com as experiências corporais sensíveis. É pela experiência que a criança é autora e criadora, atribuindo sentidos e significados pelo brincar criativo. Aos adultos (pais e professores) cabe o papel de configurar espaços de abertura para esses momentos, possibilitando à criança conhecer pela experiência.
Nesse ensaio, apresento o tema da experiência relacionado ao ensino nas aulas de Educação Física sob a perspectiva do “se-movimentar”. Para isso proponho um diálogo com as cinco teses de Hildebrandt-Stramann (2009) para uma Educação Física aberta à experiência. Acredito que as teses propostas pelo autor apontam para a importância e a necessidade de exploração de experiências corporais na escola frente a um aparente “empobrecimento” do mundo de movimentos de crianças, consequência de fatores como a exposição precoce, sem o devido cuidado, as novas tecnologias o que, por vezes, as afasta do brincar e das experiências sensíveis.
Neste estudo, propõe-se uma reflexão acerca do entendimento de “corpo substancial” e “corpo relacional”, suas implicações com o movimento humano e decorrências na Dança em Cadeira de Rodas (DCR). Compreendemos a DCR enquanto uma manifestação recente, sendo relevante pensar na pessoa com deficiência física e seus meios de comunicação e interação. Consideramos pertinente utilizar-se da Pesquisa Teórica, privilegiando uma compreensão inicial de atores teóricos para chegar aos atores empíricos, os dançantes em cadeira de rodas. Ultimamos que estes se-movimentam para além de sua deficiência e limitações físicas por compreendermos que a experiência na dança é fruto das características do próprio se-movimentar da dança: livre, espontâneo, autêntico, expressivo.
Esse estudo objetivou apresentar e discutir as percepções de professores(as) da educação básica, especialmente da área da Educação Física; e alunos(as) (jovens e adolescentes) envolvidos em um projeto que tematizou gênero e sexualidade na escola. Trata-se de uma pesquisa inicial e, portanto, exploratória. Realizamos observações não estruturadas durante as intervenções do projeto nas escolas, pelas quais registramos e analisamos as opiniões, posicionamentos, sentimentos e vivências de professores(as) e alunos(as) sobre os temas gênero e sexualidade. As intervenções do projeto aconteceram em dois momentos: inicialmente de maneira expositiva e, na sequência, por meio de uma roda de conversa, espaço reservado para o diálogo e as discussões. De modo geral, percebemos que os professores pouco haviam abordado as temáticas em sala de aula. Alguns docentes sinalizaram trabalhos quando o tema vem à tona ou em projetos interdisciplinares. Os alunos relataram diversas situações conflitantes no cotidiano da escola e, no geral, emitiram opiniões favoráveis em respeito as diversidades. Consideramos, ao final da investigação, que os temas gênero e sexualidade continuam sendo pouco explorados tanto dentro da escola como nos cursos de formação inicial e continuada de professores de Educação Física, fator que evidencia a necessidade de projetos e iniciativas que levem até a escola essa discussão.
Neste ensaio, propomo-nos a discutir as possíveis relações do movimento humano, presentes no esporte e na experiência. Concebemos a dominação do corpo e do movimento a partir do esporte, para chegarmos à discussão dos sentidos atribuídos à prática esportiva. Apresentamos algumas considerações e alternativas a serem pensadas em relação à dimensão da experiência no movimento e no ensino a partir da perspectiva do “se-movimentar”, com exemplos de algumas práticas. Consideramos que a abertura para a experiência pode possibilitar um reencontro com o prazer da prática esportiva, valorizando dimensões sensíveis do “se-movimentar”. Essa perspectiva nos dá indicativos de que a experiência pode aparecer no processo educativo não somente como um meio, mas também como finalidade educativa e formadora.
Palavras-chave: Esporte; Movimento; Experiência
Com imenso prazer apresentamos o novo número da Revista Kinesis 2014. Este editorial tem por objetivo situar o momento no qual se encontra nossa Revista, no que concerne o trabalho dos editores, bem como da equipe editorial. Ainda, apresentaremos o novo editor, professor Elenor Kunz, que a partir deste número, assume a responsabilidade de Editor-Chefe deste periódico.
Pretendemos com esse estudo realizar uma primeira aproximação com nosso tema central de pesquisa: a formação experiencial de educadores sociais de esporte e lazer a partir da atuação no Programa Esporte e Lazer da Cidade da Universidade Federal de Santa Maria (PELC/UFSM). Buscamos, a partir disso, identificar e compreender de que modo a atuação nesse Programa vem repercutindo sobre a formação experiencial desses educadores sociais. Trata-se de uma pesquisa exploratória, realizando primeiramente a análise de alguns documentos e, em um segundo momento, a aplicação de um questionário com o grupo de colaboradores. Consideramos previamente que a experiência de atuação contribuiu para a formação de identidades caracterizadas a partir de um perfil desse educador social de esporte e lazer, bem como da compreensão e apropriação de seu papel educativo, quando inserido na realidade das comunidades.
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