O se-movimentar na dança em cadeira de rodas

Abstract

Neste estudo, propõe-se uma reflexão acerca do entendimento de “corpo substancial” e “corpo relacional”, suas implicações com o movimento humano e decorrências na Dança em Cadeira de Rodas (DCR). Compreendemos a DCR enquanto uma manifestação recente, sendo relevante pensar na pessoa com deficiência física e seus meios de comunicação e interação. Consideramos pertinente utilizar-se da Pesquisa Teórica, privilegiando uma compreensão inicial de atores teóricos para chegar aos atores empíricos, os dançantes em cadeira de rodas. Ultimamos que estes se-movimentam para além de sua deficiência e limitações físicas por compreendermos que a experiência na dança é fruto das características do próprio se-movimentar da dança: livre, espontâneo, autêntico, expressivo.

A teoria do se-movimentar em teses e dissertações no período de 2009 – 2019

“…Desse modo, a dança, quando apresentada levando em consideração a expressão comunicativa estabelecida entre corpo e mundo, a partir das diferentes experiências de movimentos vividas pela criança, abre possibilidades para que o processo de ressignificação do movimento torne-se permanente e comunicativo (MAR-QUES, 2012). Isso pode ser constatado também na dança de cadeira de rodas trazida por Rigo (2016), na qual a cadeira passa a ser uma extensão do dançarino dialogando constantemente com o espaço, como também com outros dançarinos. Caso os movimentos sejam provenientes apenas de determinações externas a serem reproduzidas, colabora para a perda da expressividade e a robotização de quem deles participa.…”