Resumo O texto tem como proposta refletir sobre os usos do hormônio testosterona entre os homens transexuais, tendo como ponto central a relação com o cuidado em saúde. O objetivo é entender, a partir do uso de fármacos a base de testosterona, como eles transversalizam, interagem e reiteram os processos de construção do que se designa transexual masculino, suas diferentes experiências e narrativas e a relação com o cuidado em saúde, seja no âmbito do serviço de referência no atendimento aos transexuais, seja nas experiências em outros serviços privados, e/ou nas vivências cotidianas experimentadas pelos homens transexuais em diferentes espaços sociais. As discussões são baseadas em seis relatos de homens transexuais na cidade do Rio de Janeiro.
<p><span>Partindo da raça enquanto categoria política em diálogo com a perspectiva interseccional, este texto tem como objetivo provocar uma reflexão crítica sobre os modos de vidas, os desafios e os enfrentamentos vivenciados por mulheres negras e lésbicas em contextos brasileiros. As lésbicas negras têm seu corpo-subjetivação atravessado por três eixos de opressão que atuam com muita força: raça, gênero e sexualidade, marcando uma tripla opressão que, ao ser coadunada com outros marcadores categoriais como classe, geração, território, entre outros, intensifica os processos de exclusão. As reflexões desenvolvidas configuram-se em oposição às tentativas de apagamento e silenciamento das questões raciais, principalmente de lésbicas negras e/ou racializadas, seja no movimento negro, no movimento LGBTT e na produção de reflexões acadêmicas tanto no campo das Ciências Humanas e Sociais como nos campos das teorias feministas, dos direitos humanos e das políticas públicas.</span></p>
<div>Pensar a possibilidade de construção e efetivação do que se pode designar como políticas queer no</div><div>âmbito do Estado é o ponto central do texto. O paradoxo - como pensar a possibilidade queer (máquina de guerra</div><div>e resistência) no âmbito do aparelho de captura Estado - conduzem as inquietações. Como cenário toma-se a</div><div>biopolítica contemporânea, contexto no qual a relação saber/poder incita/produz ao tempo que controla os modos</div><div>de subjetivação. Como intercessores dialoga com Michel Foucault, Gilles Deleuze, Félix Guattari, Judith Butler,</div><div>Marie Hélène Bourcier, Beatriz Preciado, entre outros/as, num exercício de bricolagem intelectual e prática,</div><div>configurando-se muito mais em notas provisórias do que em um texto acabado sobre os caminhos da política</div><div>queer na contemporaneidade.</div>
Esta reflexão toma três dispositivos analíticos: (a) o assassinato daativista indígena Berta Cáceres, no dia 2 de março de 2016 (Honduras); (b) aprisão da líder indígena Milagro Sala, em 16 de Janeiro de 2016 (Argentina);e (c) o assassinato da vereadora e militante Marielle Franco, no dia 14 demarço de 2018 (Brasil), para pensar a constituição de uma bionecropolíticagenderizada que tem nas relações étnico-raciais um elemento central queproduz e legitima o extermínio de mulheres. O objetivo é entender comodiagramas de poder são forjados e operam uma bionecropolítica genderizadana América Latina.
This article questions the time of white modernity based on historical periodization and sequential progression, arguing for a more multifaceted approach to time and space in linguistic landscapes (LL). It rethinks the concept of chronotope by examining effects of the African diaspora in Brazil. The experience of radical uprooting it promoted fuses spatiotemporal dimensions that operate in complementary directions. On the one hand, a necrotope sets forth submission and destruction. On the other, visceral resistance to obliteration emerges when the timespace of encruzilhadas ‘crossroads’ is produced in the cracks of colonial power. The LL at Pedra do Sal in Rio de Janeiro suggests that approaching timespace from this perspective captures the juxtaposition of stasis and mobility, oppression and resistance, loss and life, past and present. We argue that thinking of time outside and against the Euro-chronometer requires decolonial epistemologies that have the potential to disrupt racist chronologies. (Chronotope, linguistic landscapes, African diaspora, temporality, race, Rio de Janeiro)*
Ao comemorarmos os 100 anos de nascimento de Paulo Freire, discussões sobre o seu legado estão na cena do dia, muitas dizem respeito às disputas teórico-metodológicas em torno dos seus referenciais — para uns o fundamento da sua obra está nas análises da estrutura social e para outros nas perspectivas do humanismo radical. Neste artigo, a proposta é, para além dessa disputa epistemológica, entender o sentido de subjetividade e de racialização nos textos de Paulo Freire a partir da influência de Frantz Fanon e de Amilcar Cabral. Para tanto, iremos ao encontro dos sentidos de práxis, violência, cultura e educação na obra desses três autores.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.