2018
DOI: 10.9771/cgd.v4i2.26646
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Raça, Interseccionalidade e Violência: corpos e processos de subjetivação em mulheres negras e lésbicas

Abstract: <p><span>Partindo da raça enquanto categoria política em diálogo com a perspectiva interseccional, este texto tem como objetivo provocar uma reflexão crítica sobre os modos de vidas, os desafios e os enfrentamentos vivenciados por mulheres negras e lésbicas em contextos brasileiros. As lésbicas negras têm seu corpo-subjetivação atravessado por três eixos de opressão que atuam com muita força: raça, gênero e sexualidade, marcando uma tripla opressão que, ao ser coadunada com outros marcadores catego… Show more

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“…Ademais, deve-se ainda adicionar que muitas travestis são acometidas por um acirramento da violência em função de "concentrarem", em suas trajetórias de vida, outros marcadores sociais da subalternidade, tais como os marcadores raça e classe social (Lima, 2018;Efrem Filho, 2016). Muitas travestis são negras, pobres e periféricas; ao passo que são relegadas aos territórios subalternizados e perigosos (tais como os territórios da prostituição de rua), numa dinâmica que as fazem reféns de ainda mais violência, para além daquela que já as acomete em função da manifestação de suas identidades de gênero (Ferreira, 2014;Costa et al, 2015).…”
Section: Luz Câmera E Ação: Lá Vem a Transgressora!unclassified
“…Ademais, deve-se ainda adicionar que muitas travestis são acometidas por um acirramento da violência em função de "concentrarem", em suas trajetórias de vida, outros marcadores sociais da subalternidade, tais como os marcadores raça e classe social (Lima, 2018;Efrem Filho, 2016). Muitas travestis são negras, pobres e periféricas; ao passo que são relegadas aos territórios subalternizados e perigosos (tais como os territórios da prostituição de rua), numa dinâmica que as fazem reféns de ainda mais violência, para além daquela que já as acomete em função da manifestação de suas identidades de gênero (Ferreira, 2014;Costa et al, 2015).…”
Section: Luz Câmera E Ação: Lá Vem a Transgressora!unclassified
“…Essas construções formam um conjunto semiótico que se materializa e evidencia como as práticas discursivas racistas são, muitas vezes, silenciosas e/ou mascaradas por outros discursos que -quando expostosvisibilizam as suas faces mais perversas. (LIMA, 2018, p. 76-77) O caso da política migratória do estado de São Paulo no final do século XIX e início do século XX é bastante elucidativo da problematização feita por Lima (2018). Os fazendeiros paulistas, recém-ex-escravocratas, com o apoio do Estado -que realizou empréstimos da Inglaterra e investiu seus próprios fundos -, criaram sociedades privadas que deveriam promover a imigração, sobretudo italiana, para a região.…”
Section: Considerando a Multiplicidade E Inseparabilidade Das Estrutuunclassified
“…A morte aqui, pode ser de fato ou simbólica; de fato, quando há a eliminação física do sujeito; simbólica quando há a mortificação do sujeito em vida, isto é, a anulação da existência transformando-o em objeto e em vidas sub-humanas. É o que o Mbembe (2018) chama de "mortos-vivos" (p. 71) dadas as condições as quais populações inteiras sofrem com o necropoder e a sua criação de "mundos de morte" (MBEMBE, 2018, p. 71) ou uma "política da matabilidade" (LIMA, 2018). O silenciamento é uma forma de morte simbólica.…”
Section: Introductionunclassified