IntroduçãoA água é de vital importância para todos os seres vivos, porém a porcentagem de água potável ainda existente no Planeta, está se tornando insignificante comparada ao volume de água não potável disponível. Mesmo assim, o uso irracional da mesma continua ocorrendo em todo o mundo.No Brasil não é diferente, principalmente porque possui uma vasta bacia hidrográfica, o que dá a falsa impressão de que se pode usá-la indiscriminadamente, sem risco de não haver oferta [1].A qualidade da água se tornou uma questão de interesse para a saúde pública no final do século XIX e início do século XX, sendo anteriormente associada apenas a aspectos estéticos e sensoriais, tais como a cor, o gosto e o odor [1]. Entretanto na Grécia Antiga utilizavam-se técni-cas como, a filtração, a exposição ao sol e fervura, para melhorar a qualidade da água [2].A contaminação das águas naturais representa um dos principais riscos à saúde pública, sendo amplamente conhecida à estreita relação entre a qualidade de água e inúmeras enfermidades que cometem os seres humanos, especialmente aquelas não atendidas por serviços de saneamento [3].No Brasil, as péssimas condições sanitárias verificadas em muitas das bacias hidrográficas densamente e desordenadamente ocupadas, resultam na degradação generalizada das águas e, dos Resumo: Algumas cepas de algas, em especial as cianobactérias, podem produzir toxinas como as microcistinas, as quais podem ocasionar intoxicação e morte de seres humanos e de animais. A literatura reporta a ocorrência de um acidente em uma clínica de hemodiálise de Caruaru, Pernambuco, aonde vieram a falecer 60 pacientes que faziam hemodiálise, devido à presença da toxina microcistina-LR na água. Nesse estudo foi desenvolvido e validado um método analítico, para a determinação e quantificação da microcistina-LR. A cromatografia líquida de alta performance com detector de UV foi empregada como técnica analítica para a determinação de microcistina-LR. Os parâmetros selecionados para a validação do método foram: linearidade, curva analítica, precisão, sensibilidade e ensaios de recuperação. A curva analítica foi construída com sete pontos a partir do padrão. O método apresentou uma linearidade no intervalo de 0,05 a 5 µg L -1 , e o coeficiente de correlação foi superior a 0,99. Com base nestes resultados conclui-se que o método é eficiente e pode ser empregado, em futuras análises, para o monitoramento da microcistina-LR em água utilizada em clínicas de hemodiálise.Palavras-chave: água; validação; microcistina-LR.