ResumoEsta pesquisa retrata a luta de trabalhadores que, diante do desemprego, encontraram na catação de materiais recicláveis sua sobrevivência e de seus familiares. A pesquisa buscou compreender os sentidos atribuídos pelos catadores ao trabalho de catador de material reciclável. Para isso, foi realizada uma pesquisa de campo com abordagem qualitativa, utilizando a técnica das "histórias de vida" com a participação de dois catadores. As "histórias de vida" permitem a compreensão dinâmica das relações estabelecidas no passado e no presente, trazendo uma refl exão acerca das experiências pessoais. Para a análise dos dados foi usado o método de "análise de discursos". Os resultados desta pesquisa apontaram diversas difi culdades enfrentadas por estes trabalhadores no dia-a-dia, como as exaustivas horas de trabalho, a insegurança e a instabilidade frente à atividade. Além disso, destaca-se uma relação ambígua de satisfação e sofrimento com a catação, o que revela a existência de sentidos diversos, inclusive contraditórios, atribuídos ao trabalho de catador. É possível concluir que esta atividade manifesta-se como uma forma de resistência frente ao desemprego prolongado e que foi através da informalidade do trabalho que os catadores resgataram suas fontes de renda. Esta pesquisa buscou dar visibilidade aos catadores e apontou a necessidade de se propiciar melhores condições para o exercício da atividade. Palavras-chave:Catadores de materiais recicláveis, trabalho, sentidos do trabalho. "There Was No Job, but There Was Recycling": Meanings of Work of Recyclables Materials Collectors AbstractThis research portrays the struggle of workers, in face of unemployment, that found in collecting recyclable materials their survival and their families. The research sought to understand the meanings attributed by collectors to their work as recyclable material collector. For this, a fi eld research with qualitative approach was performed, using the technique of "life stories" with the participation of two collectors. The "life stories" technique allows dynamic understanding of the relations established in the past and present, bringing a refl ection about personal experiences. For data analysis was used the method of 1 Endereço para correspondência: Rua Padre
The Self-Box as an Experiment in Gestalt-therapy with Adolescents El Self-Box como Experimento en el desempeño de lo gestalt terapeuta com los adolescentes DEYSEANE MARIA ARAÚJO LIMA Resumo: A constituição da adolescência é um período repleto de transformações, de autoconhecimento e de conflitos, que possibilitam a busca de psicoterapia para os adolescentes. O artigo tem como intuito compreender o uso do self-box (a caixa do eu) como experimento na clínica gestáltica com adolescentes. A abordagem metodológica do estudo é a pesquisa qualitativa com um enfoque na pesquisa bibliográfica, recorrendo aos materiais já elaborados sobre o tema. Na clínica com adolescentes na Gestalt-terapia, é essencial que possamos usar experimentos que promovam o estabelecimento da relação terapêutica, o interesse pelo tratamento e a disponibilidade para abordar o seu sofrimento, amenizando as resistências. O uso self-box sugere que o adolescente selecione objetos que o identificam em uma caixa, retratando as suas experiências e vivências marcantes. Neste sentido, o uso do self-box como experimento na clínica gestáltica promove aos adolescentes resgatar fatos sobre a sua infância, compreender a sua família, perceber suas atitudes, entrar em contato com seus sentimentos e suas emoções, propiciar novas percepções e reflexões sobre a sua existência, entre outros. É importante realizarmos estudos e investigações que possam trazer novas contribuições para a prática clínica na Gestalt-terapia com adolescentes, sendo uma oportunidade de compartilhar experiências profissionais e reflexões teóricas.
O artigo a visa a análise da percepção dos jovens sobre a comunidade a partir da metodologia de facilitação comunitária denominada de Mapeamento Psicossocial Participativo com alunos do ProJovem Urbano, com base no referencial teórico da psicologia comunitária. Essa metodologia promove o conhecimento da comunidade, sensibilização com o meio, interação com os moradores e a participação em atividades, bem como o reconhecimento das dificuldades vivenciadas e os potenciais a serem desenvolvidos. A pesquisa desenvolveu-se com natureza qualitativa pautada no método dialógico vivencial. Teve como amostra dez alunos do ProJovem Urbano da Escola Papa João XXIII, no Bairro Vila União, em Fortaleza. Utilizamos a observação participante e a realização do mapeamento psicossocial participativo e de círculos de cultura.Para a análise, recorremos à construção de sentidos. Observamos, portanto, que os jovens participantes tendiam geralmente a se afastar da comunidade, não participando das atividades comunitárias e nem se sentiam pertercentes àquele meio social, necessitando de metodologias participativas para realizar a reinserção social com a comunidade. Concluímos que o mapeamento psicossocial participativo propicia uma reflexão sobre a reinserção e ressocialização dos jovens na sua comunidade, pois consistiu em uma forma de diálogo e de problematização da realidade, por meio do conhecimento e da sensibilização em relação ao contexto social.
As emoções são uma temática bastante suscitada atualmente em pesquisas e estudos científicos na área de psicologia e outros saberes. Para tanto, a presente investigação teve por objetivo problematizar deforma diferenciada e aprofundada o estudo das emoções a partir dos pressupostos e conceitos teóricos na psicologia histórico-cultural, na psicologia social crítica e na filosofia. Ao longo do texto, apresentaremos a concepção de Espinosa e Descartes sobre o monismo e o dualismo na relação entre mente e corpo. Destacam-se também alguns críticos posteriores que estudaram esta temática como Vygotsky, na psicologia histórico cultural; Teixeira, na filosofia da mente e o Damásio, na neurociência. Desta forma, elaboramos uma discussão no cenário interdisciplinar contemporâneo entre a Filosofia e a Psicologia Social Crítica, na tentativa de superar as dicotomias entre o intelectivo e o afetivo, mente e corpo, subjetivo e objetivo, entre outros. Por meio de estudos teóricos, foi interessante analisar e aprofundar o estudo sobre as emoções nestas concepções investigadas e também foi possível relacionálas. Desta forma, percebemos na literatura referências que indicam as emoções como mobilizadoras do compromisso social e do engajamento em práxis de transformação positiva da realidade, ou seja, foi observado que as ações transformadoras são embasadas por fortes manifestações emocionais.
A clínica gestáltica prioriza o vivido e o entrelaçamento da teoria e prática como componentes indissociáveis na constituição do setting psicoterapêutico. O objetivo desse artigo é discutir a clínica gestáltica do ponto de vista do psicoterapeuta iniciante, a partir de um caso clínico. Toma-se como ponto de partida as considerações do psicoterapeuta no uso da gestalt-terapia, atravessado pelo ciclo do contato e pela versão de sentido como referenciais teórico e vivencial que iluminaram sua propedêutica prática clínica. Os bloqueios do contato impossibilitavam a cliente de seguir o fluxo de sua vida e experienciar o aquiagora, impedindo o surgimento de awareness e o fechamento de situações inacabadas. Os fatores de cura foram percebidos quando a cliente passou a dar sentido às suas dores anímicas. A versão de sentido possibilitou o relato dos acontecimentos do encontro, na ênfase do vivido do psicoterapeuta, a fim de dar rumo ao divagar existencial da cliente.
As emoções são uma temática bastante suscitada atualmente em pesquisas e estudos científicos na área de psicologia e outros saberes. Para tanto, a presente investigação teve por objetivo problematizar deforma diferenciada e aprofundada o estudo das emoções a partir dos pressupostos e conceitos teóricos na psicologia histórico-cultural, na psicologia social crítica e na filosofia. Ao longo do texto, apresentaremos a concepção de Espinosa e Descartes sobre o monismo e o dualismo na relação entre mente e corpo. Destacam-se também alguns críticos posteriores que estudaram esta temática como Vygotsky, na psicologia histórico cultural; Teixeira, na filosofia da mente e o Damásio, na neurociência. Desta forma, elaboramos uma discussão no cenário interdisciplinar contemporâneo entre a Filosofia e a Psicologia Social Crítica, na tentativa de superar as dicotomias entre o intelectivo e o afetivo, mente e corpo, subjetivo e objetivo, entre outros. Por meio de estudos teóricos, foi interessante analisar e aprofundar o estudo sobre as emoções nestas concepções investigadas e também foi possível relacionálas. Desta forma, percebemos na literatura referências que indicam as emoções como mobilizadoras do compromisso social e do engajamento em práxis de transformação positiva da realidade, ou seja, foi observado que as ações transformadoras são embasadas por fortes manifestações emocionais.
O artigo a visa a análise da percepção dos jovens sobre a comunidade a partir da metodologia de facilitação comunitária denominada de Mapeamento Psicossocial Participativo com alunos do ProJovem Urbano, com base no referencial teórico da psicologia comunitária. Essa metodologia promove o conhecimento da comunidade, sensibilização com o meio, interação com os moradores e a participação em atividades, bem como o reconhecimento das dificuldades vivenciadas e os potenciais a serem desenvolvidos. A pesquisa desenvolveu-se com natureza qualitativa pautada no método dialógico vivencial. Teve como amostra dez alunos do ProJovem Urbano da Escola Papa João XXIII, no Bairro Vila União, em Fortaleza. Utilizamos a observação participante e a realização do mapeamento psicossocial participativo e de círculos de cultura.Para a análise, recorremos à construção de sentidos. Observamos, portanto, que os jovens participantes tendiam geralmente a se afastar da comunidade, não participando das atividades comunitárias e nem se sentiam pertercentes àquele meio social, necessitando de metodologias participativas para realizar a reinserção social com a comunidade. Concluímos que o mapeamento psicossocial participativo propicia uma reflexão sobre a reinserção e ressocialização dos jovens na sua comunidade, pois consistiu em uma forma de diálogo e de problematização da realidade, por meio do conhecimento e da sensibilização em relação ao contexto social.
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