O conhecimento de alguns aspectos práticos na rotina da interpretação do EEG são importantes para evitarmos conclusões errôneas. Nas epilepsias, o uso correto das montagens facilita uma melhor interpretação do traçado e o EEG é imprescindível para o diagnóstico das síndromes. Nas demências, podemos encontrar diferentes padrões, sem nenhum achado patognomônico. Variantes benignas não devem ser interpretadas como anormalidades. Do mesmo modo, atividade epileptiforme no EEG, sem história de epilepsia, não justifica tratamento. O EEG do recém-nascido é um dos exames de maior importância diagnóstica e sobretudo prognóstica nas lesões encefálicas. Nos “status epilepticus” não-convulsivos, o EEG é fundamental para os diagnósticos diferenciais. Nas encefalopatias metabólicas, podemos avaliar o grau da encefalopatia pelo EEG. Nos comas, o EEG pode avaliar o prognóstico e confirmar o diagnóstico de morte encefálica. O mapeamento cerebral, exame realizado somente após a interpretação do EEG digital, não é um exame de rotina.
A identificação de determinados achados aletrencefalográficos, que são considerados variantes benignas, é importante para que não sejam catalogados como anormais. Entre estes grafoelementos sem significado patológico no EEG, temos a descarga ritmica temporal media (conhecida como variante psicomotora), o complexo pontaonda 6Hz (ponta-onda "fantasma"), as pontas positivas 6/14Hz, os paroxismos epiléticos benignos do sono, as 'wicket spikes', a descarga paroxistica do "carrefour e, mais recentemente, as pontas positivas 28Hz e o potencial 'N". Todas essas variantes da normalidade precisam ser identificadas corretamente e diferenciadas de padrões anormais de significado diagnóstico em pacientes sintomáticos ou não.
RESUMO -Análise de 84 pacientes em relação à aderência ao tratamento. O método empregado para a avaliação da aderência constou de duas entrevistas com cada paciente, uma realizada pelo médico e outra pela enfermeira. Em nossos resultados detectamos maior número de pacientes epilépticos não-aderentes na entrevista realizada pela enfermeira (72,6%) em relação àquela conduzida pelo médico (23,3%). O esquecimento foi a principal barreira à aderência (50%). A duração do tratamento e a mudança de serviços médicos influenciaram negativamente na aderência. Por este estudo verificamos a importância de análise dos fatores que possam interferir na aderência e a utilidade da entrevista minuciosa para o diagnostico da não-aderência. Compliance in epilepsy: II. Practical aspects.SUMMARY -Therapeutic regimen compliance was assessed in 84 epileptic patients. The compliance measurement was biased on two interviews, one has been taken by the physician and the other by the nurse. Most patients (72,6%) were detected as non-compliance by the nurse's interview. The forgetfulness of drugs intake was found in 50% subjects. The treatment length and changes from Medical Centers were negatively associated with compliance. Our findings point out the important role of detailed interview in order to detect the most influencing factors in compliance. Compliance in epilepsy: II. Practical aspects.SUMMARY -Therapeutic regimen compliance was assessed in 84 epileptic patients. The compliance measurement was biased on two interviews, one has been taken by the physician and the other by the nurse. Most patients (72,6%) were detected as non-compliance by the nurse's interview. The forgetfulness of drugs intake was found in 50% subjects. The treatment length and changes from Medical Centers were negatively associated with compliance. Our findings point out the important role of detailed interview in order to detect the most influencing factors in compliance.A aderência pode ser conceituada como o «processo consciente» de aceitar e seguir com persistência o tratamento proposto globalmente, visando ao restabelecimento ou à manutenção do estado de saúde i. Nas últimas décadas a aderência tem sido foco de muitas pesquisas, devido a sua importância para o sucesso do tratamento. Os mais diversos tópicos têm sido analisados dentro da questão da aderência, como o comportamento do paciente frente às prescrições médicas,, a utilização de mé-todos que possam medi-la e a criação de estratégias que visem a estimulá-la 4,9,11,20,21. As estatísticas existentes sobre a porcentagem de indivíduos não-aderentes variam bastante, mas acredita-se que cerca de 50% dos pacientes não sigam o tratamento conforme proposto 4,8.Apesar de admitirmos, a priori que as pessoas procuram colaborar ao máximo com o tratamento médico, visando a seu próprio benefício, é muito comum que isso não ocorra. Isto pode ser observado tanto em doenças agudas como, principalmente, em doenças crônicas s,i3. O problema do não cumprimento das recomendações fornecidas pela equipe de saúde é tão sério n...
RESUMO -Estudamos com EEG quantitativo e topográfico (mapeamento cerebral) quatro pacientes com exames pregressos de EEG convencional mostrando foco de linha média. O estudo quantitativo revelou-se mais preciso na definição do foco, localizando o seu hemisfério de origem e definindo a atividade focal como parassagital. Estes achados deverão ser validados em estudos futuros com amostragem maior.PALAVRAS-CHAVE: epilepsias, focos, linha média, EEG quantitativo, mapeamento cerebral. Epilepsies with midline foci: a study with quantitative and topographic EEGABSTRACT -We report a topographic and quantitative EEG (EEGQT) study of four patients with analogic EEG diagnostics of midline foci. The new study with EEGQT offered an increased definition of the electrical source with advantages in foci localization. These findings should be confirmed with studies including a greater number of patients.KEY WORDS: epilepsies, foci, midline, quantitative and topographic EEG, brain mapping.Desde que foi descrito por Penfield e Jasper em 1946, o foco de linha média (FLM) não tem recebido muita atenção dos pesquisadores 1 . Isto ocorre provavelmente pelas dificuldades técnicas em definir o FLM como uma descarga focal ao invés de generalizada, como já alertavam Tükel e Jasper ao caracterizá-lo 2 , e também por ser um evento pouco frequente, ocorrendo em cerca de 0,05% dos exames de eletrencefalograma (EEG) realizados em um laboratório especializado 3 . Este achado foi melhor definido por Pedley e col. 4 , em 1981, que o caracterizaram como ocorrendo predominantemente em crianças e jovens, associando-se fortemente a crises clínicas e sofrendo ação do sono como elemento ativador. É condição principal o EEG mostrar reversão de fase em FZ, CZ ou PZ 5,6 . Alguns autores associam-no clinicamente a uma prevalência de crises parciais complexas 6,7 , outros encontraram maior relação com crises generalizadas tônico-clônicas 3 .Relatamos os achados em quatro pacientes com FLM e que foram estudados também por EEG quantitativo e topográfico (EEGQT). Devemos destacar que não encontramos na literatura estudos com EEGQT e FLM.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.