OBJECTIVE:To assess risk factors for early neonatal mortality. METHODS:A population-based case-control study was carried out with 146 early neonatal deaths and a sample of 313 controls obtained among survivals of the neonate period in the south region of the city of São Paulo, in the period of 8/1/2000 to 1/31/2001. Information was obtained through home interviews and hospital charts. Hierarchical assessment was performed in fi ve groups with the following characteristics 1) socioeconomic conditions of mothers and families, 2) maternal psychosocial conditions, 3) obstetrical history and biological characteristics of mothers, 4) delivery conditions, 5) conditions of newborns. RESULTS:Risk factors for early neonate mortality were: Group 1: poor education of household head (OR=1.6; 95% CI: 1.1;2.6), household located in a slum area (OR=2.0; 95% CI: 1.2;3.5) with up to one room (OR=2.2; 95% CI: 1.1;4.2); Group 2: mothers in recent union (OR=2.0; 95% CI: 1.0;4.2), unmarried mothers (OR=1.8; 95% CI: 1.1;3.0), and presence of domestic violence (OR=2.7; 95% CI: 1;6.5); Group 3: presence of complications in pregnancy (OR=8.2; 95% CI: 5.0;13.5), previous low birth weight (OR=2.4; 95% CI: 1.2;4.5), absence of pre-natal care (OR=16.1; 95% CI: 4.7;55.4), and inadequate pre-natal care (block 3) (OR=2.1; 95% CI: 2.0;3.5); Group 4: presence of clinical problems during delivery (OR=2.9; 95% CI: 1.4;5.1), mothers who went to hospital in ambulances (OR=3.8; 95% CI: 1.4;10.7); Group 5: low birth weight (OR=17.3; 95% CI: 8.4;35.6) and preterm live births (OR=8.8; 95% CI: 4.3;17.8). CONCLUSIONS:Additionally to proximal factors (low birth weight, preterm gestations, labor complications and unfavorable clinical conditions in gestation), the variables expressing social exclusion and presence of psychosocial factors were also identifi ed. This context may affect the development of gestation and hinder the access of women to health services. Adequate prenatal care could minimize the effect of these variables.
OBJECTIVE:To assess risk factors for antepartum fetal deaths. METHODS:A population-based case-control study was carried out in the city of São Paulo from August 2000 to January 2001. Subjects were selected from a birth cohort from a linked birth and death certificate database. Cases were 164 antepartum fetal deaths and controls were drawn from a random sample of 313 births surviving at least 28 days. Information was collected from birth and death certificates, hospital records and home interviews. A hierarchical conceptual framework guided the logistic regression analysis. RESULTS:Statistically significant factors associated with antepartum fetal death were: mother without or recent marital union; mother's education under four years; mothers with previous low birth weight infant; mothers with hypertension, diabetes, bleeding during pregnancy; no or inadequate prenatal care; congenital malformation and intrauterine growth restriction. The highest population attributable fractions were for inadequacy of prenatal care (40%), hypertension (27%), intrauterine growth restriction (30%) and absence of a long-standing union (26%). CONCLUSIONS:Proximal biological risk factors are most important in antepartum fetal deaths. However, distal factors -mother's low education and marital status -are also significant. Improving access to and quality of prenatal care could have a large impact on fetal mortality. KEYWORDS
OBJECTIVE:To evaluate the quality of information registered on fetal death certifi cates. METHODS:Records were reviewed from 710 fetal deaths registered in the consolidated database of deaths from the State System for Data Analysis and the São Paulo State Secretary of Health, for deaths in São Paulo municipality (Southeastern Brazil) during the fi rst semester of 2008. Completeness was analyzed for variables on fetal death certifi cates issued by hospitals and autopsy service. The death certifi cates from a sub-sample of 212 fetal deaths in hospitals of the National Unifi ed Health System (public) were compared to medical records and to the records from Coroner's Offi ce. RESULTS:Among death certifi cates, 75% were issues by Coroner's Offi ce, with Coroner's greater frequency in public hospitals (78%). Completeness of variables on death certifi cates issued by hospitals was higher among nonpublic hospitals. There was greater completeness, agreement and sensitivity in death certifi cates issued by hospitals. There was low agreement and high specifi city for variables related to maternal characteristics. Increased reporting of gender, birth weight and gestational age was observed in certifi cates issued by Coroner's Offi ce. Autopsies did not result in improved ascertainment of cause of death, with 65.7% identifi ed as unspecifi ed fetal death as 24.3% as intrauterine hypoxia, while death certifi cates by hospitals reported 18.1% as unspecifi ed and 41.7% as intrauterine hypoxia. CONCLUSIONS:Completeness and the ascertainment of cause of fetal death need to be improved. The high proportion of autopsies did not improve information and ascertainment of cause of death. The quality of information generated by autopsies depends on access to hospital records.
The information recorded on birth certificates was validated with data from a perinatal mortality case-control study, obtained from home interviews of mothers and hospital records for cases (early neonatal deaths) IntroduçãoO SINASC (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos) foi implantado em 1990 e apresenta cobertura crescente de eventos no país. A razão entre o número de nascidos vivos captados pelo sistema e aquele obtido por meio de estimativas com base em dados censitários e de pesquisas amostrais pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) situava-se em torno de 90%, entre 1999 e 2001 1 . As informações do SINASC têm sido utilizadas de forma intensiva e com diferentes finalidades: obtenção de indicadores de saúde, estudos epidemiológicos e atividades de vigilância à saúde.Estudos nacionais de avaliação da qualidade das informações mostram que o SINASC apresenta boa completude de dados 2,3,4,5 . No entanto, ainda que condição necessária, ela não é suficiente para atender as crescentes exigências relativas à qualidade dos sistemas de informação em saúde, como pode-se observar pela evolução nos estudos de avaliação dos sistemas de informações perinatais nos Estados Unidos 6 . Inicialmente, estes estudos destinavam-se apenas à avaliação da completude dos dados, evoluindo para avaliação de sua confiabilidade por meio da concordância dos registros com outras fontes de dados 7,8 .Alguns estudos avaliam a confiabilidade das medidas por meio do índice kappa 9,10,11 , que mede o quanto se está distante da aleatorieda-
Estudos populacionais sobre mortalidade neonatal de nascimentos de muito baixo peso ao nascer contribuem para identificar sua complexa rede de fatores de risco. Foi estudada uma coorte de 213 recém-nascidos com peso inferior a 1.500g (112 óbitos neonatais e 101 sobreviventes) na Região Sul do Município de São Paulo, Brasil, em 2000/2001. Foram realizadas entrevistas domiciliares e obtidos dados de prontuários hospitalares. Foi realizada análise de sobrevida e empregada regressão múltipla de Cox. A elevada mortalidade na sala de parto, no primeiro dia de vida e ausência de sobreviventes < 700g dos nascimentos < 1.000g e com menos de 28 semanas sugere que condutas mais ativas destinam-se a nascituros de maior viabilidade. Mães residentes em favela, com história anterior de cesárea e aborto provocado, adolescentes, com sangramento vaginal e ausência de pré-natal aumentaram o risco de óbito neonatal. Partos cesarianos e internação em berçários mostraram efeito protetor. O peso ao nascer abaixo de 1.000g e Apgar menor que 7 foram risco. A elevada mortalidade está associada às condições de vida, características maternas e dos nascimentos e condições assistenciais. A melhoria da atenção pré-natal e ao recém-nascido pode atuar na redução da mortalidade.
OBJETIVO: Identificar a freqüência, o risco de mortalidade fetal e neonatal precoce e os determinantes do parto domiciliar acidental. MÉTODOS: Estudo caso-controle de base populacional sobre mortes fetais e neonatais precoces realizado na região sul do Município de São Paulo. Foram coletados dados em entrevistas domiciliares e de prontuários hospitalares. Os motivos referidos pelas mães para a ocorrência de partos domiciliares foram obtidos nas entrevistas. Os fatores de risco para o parto domiciliar foram obtidos comparando-se com os partos hospitalares. Os dados foram analisados separadamente para perdas fetais, óbitos neonatais e sobreviventes. Foram utilizadas odds ratio, intervalo de confiança de 95% e o teste exato de Fisher para avaliar os fatores de risco e estimar o risco de morte. RESULTADOS: A freqüência de partos domiciliares de 0,2% no Sistema de Informações de Nascidos Vivos está sub-notificada. Quando ajustada, passa a ser de 0,4%, compatível com a encontrada em algumas cidades da Europa. Todos os partos domiciliares identificados foram acidentais. O parto domiciliar acidental está associado ao aumento da mortalidade fetal e neonatal precoce. Características sociais das mães e da gestação estão associadas à ocorrência de partos domiciliares acidentais, e não são sempre as mesmas para os três tipos de desfecho (óbito fetal, óbito neo-natal precoce e sobreviventes). A falta de transporte para o hospital foi indicada como motivo para os partos domiciliares por 30% das mães. Falhas do sistema de saúde em reconhecer a iminência do parto e a não disponibilidade de atendimento de urgência contribuíram para a ocorrência de alguns partos domiciliares. CONCLUSÕES: Apesar de serem eventos raros, pelo menos em área urbana, os partos domiciliares acidentais devem merecer atenção específica, já que acarretam aumento do risco de morte e parecem ser evitáveis.
O objetivo foi analisar o perfil dos recém-nascidos, mães e mortalidade neonatal precoce, segundo complexidade do hospital e vínculo com o Sistema Único de Saúde (SUS), na Região Metropolitana de São Paulo, Brasil. Estudo baseado em dados de nascidos vivos, óbitos e cadastro de hospitais. Para obter a tipologia de complexidade e o perfil da clientela, empregaram-se análise fatorial e de clusters. O SUS atende mais recém-nascidos de risco e mães com baixa escolaridade, pré-natal insuficiente e adolescentes. A probabilidade de morte neonatal precoce foi 5,6‰ nascidos vivos (65% maior no SUS), sem diferenças por nível de complexidade do hospital, exceto nos de altíssima (SUS) e média (não-SUS) complexidade. O diferencial de mortalidade neonatal precoce entre as duas redes é menor no grupo de recém-nascidos < 1.500g (22%), entretanto, a taxa é 131% mais elevada no SUS para os recém-nascidos > 2.500g. Há uma concentração de nascimentos de alto risco na rede SUS, contudo a diferença de mortalidade neonatal precoce entre a rede SUS e não-SUS é menor nesse grupo de recém-nascidos. Novos estudos são necessários para compreender melhor a elevada mortalidade de recém-nascidos > 2.500g no SUS.
Analysis of the two explanatory dimensions show that the actions triggered by the health services should take into account the cultural patterns present in the social imaginary of the population; the health staff should receive training on specific knowledge of tuberculosis; there is a necessity of hiring human resources for the UBS and more inputs for programming.
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