OBJETIVO: Avaliar o estado nutricional e a prevalência de anemia durante a gestação e correlacioná-los com o peso do recém-nascido. MÉTODOS: Foi realizado estudo transversal com gestantes que realizaram o pré-natal no único serviço público de saúde do município de Viçosa, MG, no período de dezembro de 2002 a maio de 2003. Foi aplicado questionário com informações maternas e realizada dosagem de hemoglobina através do Hemocue, além da obtenção de dados de peso e estatura da gestante. As informações referentes aos recém-nascidos foram obtidas no programa Sistema de Informação de Nascidos Vivos/MS. RESULTADOS: Foram avaliadas 168 gestantes de baixo nível socioeconômico e baixa escolaridade. Encontraram-se 41,3% de gestantes com estado nutricional pré-gestacional inadequado, sendo 25,7% com baixo peso e 17,4% com sobrepeso ou obesidade. A maioria das gestantes apresentou ganho de peso inadequado durante a gestação. A prevalência total de anemia ferropriva foi de 21,4%, sendo que essa aumentou com a idade gestacional. A freqüência de baixo peso e peso insuficiente ao nascer foi de 8,9% e 28,6%, respectivamente. As variáveis antropométricas (peso pré-gestacional, estatura, índice de massa corporal pré-gestacional e ganho de peso total) apresentaram associação estatisticamente significante com o peso ao nascer. CONCLUSÃO: As variáveis antropométricas maternas apresentaram correlação com o peso ao nascer. Neste estudo não houve relação entre o estado nutricional de ferro das gestantes e o peso de nascimento.
ABSTRACT:Objective: To determine the prevalence of excessive gestational weekly weight gain and to identify its association with demographic, socioeconomic, obstetric, anthropometric, and behavioral characteristics. Methods: This cross-sectional study included 328 pregnant women attending all health units in the urban area of Vitória da Conquista, Bahia. The data were collected from May 2010 to June 2011. The weekly weight gain was evaluated according to the current recommendations of the Institute of Medicine. The association among the studied factors and the excessive weekly weight gain was observed in pregnant women in the second and third trimesters, using the Poisson regression with robust variance. Results: The prevalence rate of excessive weekly weight gain in pregnant women in the second and third trimesters was found to be 42.5%. The determinants of excessive weekly weight gain were family income < 1 minimum wage (PR: 2.65; 95%CI 1.18 -4.83) and pregestational weight status overweight/obesity (PR: 1.33; 95%CI 1.01 -1.75). Conclusion:The results emphasize the importance of monitoring the weight gain during pregnancy. The evaluation of the weekly weight gain enables early interventions with the goal of preventing the excessive total weight gain and its consequences for both the mother and the child.
OBJETIVO: Avaliar o estado nutricional e a prevalência de anemia em crianças de sete a 74 meses, que freqüentam creches. MÉTODOS: Estudo transversal em 25 creches da regional leste de Belo Horizonte, Minas Gerais. Realizaram-se avaliação antropométrica e dosagem de hemoglobina por hemoglobinômetro portátil. Considerou-se anemia se hemoglobina <11,0g/dL para crianças menores que 60 meses e <11,5g/dL, para maiores de 5 anos. Na avaliação do estado nutricional, utilizaram-se os índices peso/idade, estatura/idade e peso/estatura, sendo categorizados em três intervalos: abaixo de -2 escores Z (desnutrição/baixa estatura), de -2 a -1 escore Z (risco para desnutrição/baixa estatura) e maior ou igual a -1 escore Z. A análise estatística incluiu: qui-quadrado, qui-quadrado de tendência linear e análise de variância (ANOVA) seguida pelo teste de Tukey, sendo significante p<0,05. RESULTADOS: Foram avaliadas 402 crianças, com mediana de idade de 46,3 meses. A prevalência de anemia foi 28,8%, observando-se o dobro da prevalência nas crianças com idade inferior a 24 meses (70,4%), comparada às de faixa etária maior. A prevalência de desnutrição correspondeu a 5,0 e 5,5% da população para os índices peso/estatura e peso/idade, respectivamente. A prevalência de baixa estatura foi 4,2%. Em crianças menores de 5 anos, a anemia associou-se à idade e ao deficit estatural. CONCLUSÕES: A anemia em crianças matriculadas nas creches da regional leste de Belo Horizonte constitui importante problema de saúde pública, acometendo, principalmente, os menores de 24 meses. Os deficits nutricionais estiveram acima dos valores esperados.
Anemia entre pré-escolares -um problema de saúde pública em Belo Horizonte, BrasilAnemia among preschool children -a public health problem in Belo Horizonte, Brazil
Objectives: to present the main evidence, recommendations and challenges for maternal and child health in the context of COVID-19 pandemic. Methods: narrative review of national and international documents and reflections on the theme. Results: the coexistence ofpregnancy/puerperium and COVID-19 infection establishes many challenges. It is extremely important that the conduct should be individually adopted, covering all aspects of health in the mother-child binomial, estimating risks and benefits of each decision. Until now, it is recognized that natural childbirth should be encouraged and breastfeeding maintained, if adequate hygienic-sanitary care is ensured. Cesarean delivery and the isolation and separation of the mother-child contact without breastfeeding, will only be eligible when the clinical status of the mother or child is critical. The child must be included in all stages of health care, as this commonly asymptomatic group plays an important role in the family's transmissibility of the disease. Routine immunization should be provided, as well as clinical assistance when necessary, and families must be assisted in favor of their well-being. Conclusion: at the moment, it is not possible to measure the consequences of this new pandemic on maternal and child health, demanding attention to its evolution and new evidences about the implications in mother and child care.
Este estudo transversal abrangeu crianças com idade de 12 a 60 meses assistidas pelo serviço público de saúde do município de Viçosa, objetivando avaliar a prevalência de anemia e anemia grave, e a relação entre o estado nutricional e a anemia ferropriva, nessas crianças. Para o diagnóstico de anemia, foi utilizado o beta-hemoglobinômetro (Hemocue), considerando o ponto de corte proposto pela Organização Mundial da Saúde de 11,0 g/dL para anemia, e para a anemia grave considerou-se 9,5g/dL. Das 171 crianças atendidas, 63,2% estavam anêmicas e 43,5% destas apresentavam anemia grave. Analisando o estado nutricional, encontrou-se uma alta porcentagem de crianças desnutridas, sendo considerados os índices de peso/idade, peso/estatura e estatura/idade (11,7%, 7,0% e 5,8%, respectivamente). Observou-se alta prevalência de anemia entre as faixas etárias mais precoces. Não foi verificada associação entre anemia e estado nutricional. Torna-se, portanto, necessário trabalhar de forma preventiva a anemia, bem como alertar os profissionais da área de saúde quanto ao diagnóstico precoce, profilaxia e tratamento.
Objective: To determine the prevalence and factors associated with anemia in children younger than five years old enrolled in public daycare centers in a city in southwestern Bahia, in the northeast of Brazil.Methods: This was a cross-sectional study that included a sample of 677 children enrolled in public daycare centers in Vitória da Conquista, Bahia, Brazil. A portable hemoglobinometer was used to measure hemoglobin. The concentration of <11 g/dL was considered the cutoff point for a diagnosis of anemia. A questionnaire was applied to parents/guardians in order to collect socioeconomic data, maternal characteristics and information on the child’s health and nutrition. Height and weight were measured to assess the child’s nutritional status. Poisson regression with robust variance and hierarchical selection of variables was used to identify factors associated with anemia. Results: The prevalence of anemia was 10.2% and was more frequent in children whose homes had no sanitary facilities (PR 3.36; 95%CI 1.40-8.03); in those who did not exclusively breastfeed (PR 1.80; 95%CI 1.12-2.91); in children aged less than 36 months (PR 1.85; 95%CI 1.19-2.89) and those who had low height for age (PR 2.06; 95%CI 1.10-3.85).Conclusions: The prevalence of anemia is considered to be a mild public health problem in the children, who are enrolled in daycare centers. Children with inadequate sanitary conditions, and that were not exclusively breastfed, as well as younger children and children with a nutritional deficit, were more likely to present the condition.
Resumo Introdução A anemia é caracterizada pela reduzida concentração de hemoglobina e, durante a gestação, está associada à maior morbimortalidade fetal e materna. Objetivo Avaliar a prevalência de anemia e os fatores determinantes da concentração de hemoglobina em gestantes. Método Estudo transversal com uma amostra de 328 gestantes atendidas nas unidades de saúde urbanas de Vitória da Conquista, na Bahia. Foram realizadas a aplicação de questionário, a avaliação antropométrica e a coleta de sangue por punção capilar para dosagem de hemoglobina em β-hemoglobinômetro portátil. Foram consideradas anêmicas as gestantes com hemoglobina < 11 g/dL. Os determinantes da concentração de hemoglobina sérica foram identificados por meio da regressão linear múltipla. Resultados A prevalência de anemia foi de 18,9%, e a média de hemoglobina, de 11,9 g/dL (desvio-padrão: 1,2). Foram observadas menores médias de concentração de hemoglobina entre as gestantes que iniciaram o pré-natal no segundo trimestre (β: -0,28; IC95%: -0,54 a -0,02) e que não usavam suplemento de ferro (β: -0,51; IC95%: -0,79 a -0,23), enquanto a maior média foi verificada entre as mulheres primigestas (β: 0,34; IC95%: 0,06 a 0,62). Conclusão A anemia nas gestantes avaliadas é um leve problema de saúde pública, e as concentrações de hemoglobina foram associadas aos fatores obstétricos e à assistência pré-natal.
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