Objective: to verify the association between infant development and biological and environmental risks. Methods: 30 children between 0-30 months, living in a town in Minas Gerais, Brazil, attending a Health Center, were selected. The inclusion criteria were children who had a history of prematurity and/or, moderate to severe malnutrition and other risk factors. Their development was assessed through the Denver II test and the quality of stimulation in the home environment assessed by the Home Observation for Measurement of the Environment (HOME). Results: 60% of the environments were considered to be at risk for child development and 43.3% presented inadequate development. The main domain affected was the language. Higher maternal education and bi-parental families showed a relationship with proper child development. Neonatal complications and hospitalization in intensive care units were more common in children who failed the test. The parents' low receptivity and the availability of materials at home were factors associated with the children's worst development performance. Conclusion: the results show that the high-risk children in this study had a developmental delay, especially in the language area. These delays are associated with low maternal education, single-parent home, parents' responsiveness and neonatal complications. RESUMOObjetivo: avaliar a associação entre o desenvolvimento infantil e riscos biológicos e ambientais. Métodos: foram selecionadas 30 crianças (0 a 30 meses), residentes em uma cidade no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil, atendidas pelo Centro Viva Vida de Referência Secundária. Os critérios de inclusão foram: crianças que tinham história clínica de prematuridade e/ou desnutrição moderada à grave e outros fatores neonatais de risco. As crianças foram avaliadas quanto ao desenvolvimento por meio do teste Denver II e a qualidade de estímulo no ambiente domiciliar foi avaliada pelo Home Observation for Measurement of the Environment (HOME). Resultados: das 30 crianças avaliadas, 60% dos ambientes foram considerados de risco para o desenvolvimento infantil e 43,3% apresentou desenvolvimento inadequado. O principal domínio afetado foi o da linguagem. Maior escolaridade materna, constituição familiar biparental apresentaram associação com o adequado desenvolvimento infantil. A presença de intercorrências neonatais e necessidade de internação no centro de terapia intensiva foram mais presentes nas crianças que falharam no teste. A menor receptividade dos pais e disponibilidade de materiais para aprendizagem no domicílio foram fatores associados ao pior desempenho das crianças no Denver II. Conclusão: as crianças de alto risco do presente estudo apresentaram atraso no desenvolvimento, especialmente no domínio linguagem. Esses atrasos estão associados à baixa escolaridade materna, à relação monoparental, receptividade dos pais e intercorrências neonatais.
OBJETIVO: analisar a tendência de distribuição dos fonoaudiólogos inseridos na atenção à saúde no estado de Minas Gerais no período de 2005 a 2010. MÉTODO: trata-se de um estudo retrospectivo, baseado na análise de banco de dados secundários de domínio público, os Cadernos de Informações de Saúde do Sistema de Informações em Saúde Brasileiro, o DATASUS. Foram analisados dados referentes aos 853 municípios do estado, destacando-se os indicadores de recursos relacionados ao número de profissionais de fonoaudiologia, o número de profissionais nas macrorregiões do estado, a população destes espaços, a vinculação dos fonoaudiólogos ao Sistema Único de Saúde (SUS) e as tendências de distribuição no período pesquisado. RESULTADOS: no período de 2005 a 2010, houve significante crescimento do número de fonoaudiólogos. O número de municípios com fonoaudiólogos passou de 32,8% para 54,5%. A partir de 2008, ano marcado como o auge do crescimento do profissional vinculado ao SUS, observou-se aumento de cerca de 25%. O número de profissionais por 10.000 habitantes passou de 0,61 em 2005 para 1,30 em 2010. CONCLUSÃO: observou-se aumento considerável na distribuição dos profissionais de fonoaudiologia inseridos na atenção à saúde no estado de Minas Gerais no período em questão, passando de 1.237 em 2005 a 2.555 em 2010. Em 2005, 278 municípios possuíam o profissional fonoaudiólogo na atenção à saúde. Cinco anos depois se observou aumento de 186 municípios com fonoaudiólogo, indicando maior disponibilidade deste profissional para a população atendida. Ainda que tais dados reforcem a maior acessibilidade e presença do fonoaudiólogo no estado, foi notória a discrepância regional no estado.
Purpose: Investigate in the literature the effectiveness of treatments used for vestibular rehabilitation (VR) in PHC. Research strategy: The search of publications on VR in PHC was carried out in electronic databases MEDLINE (access by PubMed), PEDro and Web of Science. Selection criteria: Controlled clinical trials were selected in English, Spanish and Portuguese. The methodological quality of the studies was evaluated using the PEDro scale. The analysis of the results was examined through a critical review of the contents. Results: Five studies were reviewed in their entirety, with the participants' age group being equal to or older than 18 years (n = 5). The Vertigo Symptom Scale and (60%) and Visual Analog Scale (40%) were the instruments used to evaluate the subjective perception of the symptomatology of vestibular dysfunction. The PEDro Scale revealed that two articles presented a good quality design for conducting the experimental study. The most used intervention proposal was the Yardley Exercises (60%). Conclusion: Controlled studies provide evidence of positive effects of VR on PHC, with improvements in postural control, functional capacity and quality of life of participants. RESUMOObjetivos: Investigar, na literatura, a efetividade de tratamentos usados para reabilitação vestibular (RV) na atenção primária à saúde. Estratégia de pesquisa: A busca de publicações sobre RV na APS foi realizada nas bases de dados eletrônicas MEDLINE (acesso pela PubMed), PEDro e Web of Science. Critérios de seleção: Foram selecionados ensaios clínicos controlados nas línguas inglesa, espanhola e portuguesa. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada pela escala PEDro. A análise dos resultados foi contemplada por meio de revisão crítica dos conteúdos. Resultados: Cinco estudos foram revisados na íntegra, sendo a faixa etária dos participantes igual ou superior a 18 anos (n=5). A Vertigo Symptom Scale (60%) e a Escala Visual Analógica (40%) foram os instrumentos empregados para avaliar a percepção subjetiva da sintomatologia da disfunção vestibular. A escala PEDro revelou que dois artigos apresentaram delineamento de boa qualidade para condução do estudo experimental. A proposta de intervenção mais utilizada foi baseada nos exercícios de Yardley (60%). Conclusão: Estudos controlados disponibilizam evidências de efeitos positivos da reabilitação vestibular na atenção primária à saúde, com melhoras no controle postural, capacidade funcional e qualidade de vida dos participantes.
Anemia entre pré-escolares -um problema de saúde pública em Belo Horizonte, BrasilAnemia among preschool children -a public health problem in Belo Horizonte, Brazil
OBJETIVO: Comparar o desenvolvimento de linguagem de crianças anêmicas e não-anêmicas de uma creche pública de Belo Horizonte. MÉTODOS: Estudo transversal com avaliação do desenvolvimento de linguagem de crianças anêmicas (casos) e não-anêmicas (controles) entre dois e seis anos de idade. Todas as crianças realizaram punção digital para detecção da anemia (hemoglobina <11,3g/dL). O Grupo Caso foi constituído por 22 crianças anêmicas e o Controle, por 44 crianças, selecionadas por amostragem aleatória pareada. O desenvolvimento de linguagem de cada um dos participantes foi observado e classificado em duas grandes áreas: aspectos comunicativos (recepção e emissão) e aspectos cognitivos da linguagem, com utilização do Roteiro de Observação de Comportamentos de crianças de zero a seis anos. Índices de desempenho foram aplicado para qualificar as respostas das crianças. RESULTADOS: Os valores médios de hemoglobina dos Grupos Caso e Controle foram 10,6 e 12,5g/dL, respectivamente. Os grupos não diferiram quanto às seguintes variáveis: idade, gênero, aleitamento materno e escolaridade materna. Na avaliação de linguagem, observou-se uma diferença estatisticamente significante nos índices de recepção (p=0,02), emissão (p<0,001) e aspectos cognitivos da linguagem (p<0,001), com pior desempenho das crianças anêmicas. CONCLUSÕES: Crianças anêmicas apresentaram pior desenvolvimento da linguagem em comparação às não-anêmicas. A anemia deve ser considerada um problema relevante de Saúde Pública também pelas possíveis alterações que pode provocar no desenvolvimento da linguagem e, consequentemente, na aprendizagem e futuro desempenho social e profissional da criança.
OBJETIVO: Analisar a percepção do estado de saúde dos idosos da Região Metropolitana de Belo Horizonte. MÉTODO: Utilizaram-se dados da Pesquisa por Amostra de Domicílio (PAD/MG), realizada em 2009 pela Fundação João Pinheiro. Foi examinada e entrevistada amostra probabilística de 963 pessoas com idade igual ou maior a 60 anos residentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A variável dependente foi a autopercepção do estado de saúde e as variáveis independentes foram: presença de doenças que exigem acompanhamento constante, tabagismo, prática regular de atividade física, trabalho, recebimento de aposentadoria e escolaridade. Foram conduzidas análises descritivas e análises de associação estatística por meio dos testes Qui-Quadrado e T Student. RESULTADO: Dos entrevistados, 58,2% são do sexo feminino, com idade média de 69,4 anos e 44% relataram o estado de saúde como sendo "muito bom e bom", e 10,7%, "ruim ou muito ruim". Dos idosos que relataram ter problema de saúde que exigem acompanhamento constante (n = 960), 42% possuem hipertensão arterial. Da população pesquisada, 78,5% sabem ler e escrever um bilhete simples, 67,9% receberam aposentadoria ou pensão no mês de referência da pesquisa, 25% dos idosos relataram praticar atividade física regularmente. A autopercepção do estado de saúde se apresenta pior nos idosos que relataram presença de doenças crônicas, baixa escolaridade, menor ocupação laboral e redução das práticas de atividade física (P<0,05). Os resultados podem ser considerados uma ajuda na busca do desenvolvimento de ações e programas de atendimento população mineira idosa.
TEMA: relação entre anemia e desenvolvimento. OBJETIVO: comparar o desenvolvimento auditivo e de linguagem de crianças anêmicas e não anêmicas entre três e seis anos de idade de uma creche pública de Belo Horizonte. MÉTODO: estudo transversal do tipo caso e controle unicego. Foi realizada punção digital em todas crianças para detecção da anemia (hemoglobina = 11,3g/dL). O grupo caso foi constituído de 19 crianças anêmicas e o controle, de 38 crianças saudáveis, selecionadas por amostragem aleatória pareada. A audição das crianças foi avaliada com emissões otoacústicas, imitanciometria e avaliação simplificada do processamento auditivo. O desenvolvimento de linguagem de cada participante foi observado, utilizando o roteiro de observação de comportamentos de crianças de zero a seis anos. Foram criados índices de desempenho para qualificar as respostas de linguagem das crianças. RESULTADOS: os grupos não diferiram quanto à idade, gênero, aleitamento materno e escolaridade materna. As seguintes variáveis apresentaram diferenças estatisticamente significantes: valores de hemoglobina (10,6g/dL, 12,6g/dL); presença do reflexo acústico (63%, 92%); índices de desempenho de recepção (72,8 - 90,1), emissão (50,6 - 80,6) e aspectos cognitivos da linguagem (47,8 - 76,0) nas crianças anêmicas e não anêmicas, respectivamente. As habilidades auditivas de ordenação temporal para sons verbais e não verbais e localização sonora mostraram-se inadequadas em grande parte das crianças, especialmente, as anêmicas. CONCLUSÕES: as crianças anêmicas diferiram estatisticamente das crianças não anêmicas no que diz respeito às alterações do reflexo acústico e dos índices de desempenho de linguagem, e apresentaram maior prevalência de alterações na avaliação auditiva periférica.
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