Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. Resumo. Estudo qualitativo e exploratório que objetivou refletir sobre o tornar-se família de uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) a partir das repercussões do transtorno nas famílias, das características, das perspectivas futuras destas e de como elas se reconhecem nesse contexto. Participaram do estudo sete familiares de crianças com TEA atendidas em um Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi). Na coleta de dados, utilizaram-se questionário sociodemográfico, grupo focal e entrevistas semiestruturadas. O grupo focal e as entrevistas foram gravados, transcritos e submetidos à Análise de Conteúdo. Os resultados indicaram que o diagnóstico de TEA repercutiu nas famílias dos participantes, demandando alterações na rotina, na dinâmica e nas relações familiares. As famílias se afastam do convívio social, centram-se na criança, vivenciam falta de apoio e dificuldade no acesso aos tratamentos, possuem preocupações e perspectivas diferentes das de outras famílias, reconhecendo-se como famílias unidas que alternam entre tristeza e alegria e que investem na criança.
fraterno) poderão ser afetadas de modo distinto (Dessen, 1997;Silveira, 2002).Ao se estudar a adaptação familiar ao nascimento do segundo filho é preciso considerar também a influência de fatores que extrapolam o sistema familiar nuclear, como a rede de apoio, que pode funcionar como recurso importante, uma vez que ajuda a família em sua adaptação e na manutenção de seu equilíbrio (Dessen, 1997;Feiring & Lewis, 1978;Kreppner, Paulsen & Schuetze, 1982). A pesquisa de Dessen e Braz (2000), por exemplo, investigou a rede de apoio no momento do nascimento dos filhos em famílias brasileiras que possuíam entre um e quatro filhos e revelou que a grande maioria das mães relatou mudanças antes e após o evento, sendo estas consideradas, especialmente, como positivas. Dentre estas alterações, referiram: apoio psicológico; cuidados físicos; orientações sobre alimentação, gravidez e filhos; ajuda financeira; ajuda nas tarefas domésticas e no cuidado dos filhos. As principais fontes de apoio mencionadas foram os familiares, seguidos pelos não-familiares (amigos, vizinhos, babá/empregada), profissionais da saúde (médicos) e instituições (centros de saúde). Destacou-se o A chegada de um novo membro à família pode gerar um aumento na tensão familiar, pois traz consigo a necessidade de uma reformulação nos papéis de cada um de seus membros e nas suas regras de funcionamento (Minuchin, 1985). Em particular, o nascimento do segundo filho constitui um momento marcante no desenvolvimento da família (Dessen, 1997; Pereira & Piccinini, no prelo) e pode ser considerado como um acontecimento nodal no ciclo de vida familiar. Carter e McGoldrick (1989McGoldrick ( /2001) definem acontecimentos nodais como os eventos capazes de criar instabilidade no funcionamento do sistema familiar. Momentos de transição como este, são tipicamente associados ao aumento no estresse, pois afetam a dinâmica familiar (Minuchin, 1985). Assim sendo, cada membro da família (pai, mãe e primogênito) e, em especial, suas relações (relação conjugal, relação genitores-primogênito e o incipiente relacionamento RESUMO -O nascimento do segundo filho pode gerar um aumento na tensão familiar, pois traz a necessidade de reformulações nos papéis e regras do funcionamento familiar. O presente estudo investigou o impacto do nascimento do segundo filho nas relações familiares, especialmente quanto às mudanças na rede de apoio, relação conjugal, comportamentos do primogênito e relação genitores-primogênito. Participaram do estudo oito famílias, nas quais o segundo filho havia nascido no segundo ano de vida do primogênito. Os genitores foram entrevistados no 18º, 24º e 36º mês de vida do primogênito. Análise de conteúdo qualitativa revelou o esforço de cada membro das famílias para lidar com as ambigüidades dessa situação, pois ao mesmo tempo que o segundo filho é celebrado, ele também altera uma dinâmica familiar relativamente estável envolvendo a tríade pai-mãe-primogênito. Embora as mudanças tenham sido acompanhadas de ansiedade e instabilidade nas relações, os resultados dest...
O conceito de vulnerabilidade social vem sendo utilizado em estudos de várias áreas, entre elas, a Psicologia, assumindo diversas conotações. Diante disso, este estudo teve como objetivo investigar o conceito de vulnerabilidade social empregado nas publicações da área da Psicologia no Brasil. Para isso, realizou-se uma revisão sistemática da literatura nacional acerca do tema, obtendo-se 21 artigos publicados entre os anos de 2005 a 2013. Os resultados encontrados sugerem que a temática da vulnerabilidade social representa um objeto de pesquisa recente e de crescente interesse na produção científica nacional em Psicologia. Esses resultados permitem ainda concluir que existem diferentes definições para o conceito de vulnerabilidade social, já que não se encontrou uma única definição para o termo. No entanto essa temática tem aparecido em diversos estudos nos últimos anos, o que demonstra a sua relevância e importância no âmbito científico e social.
ResumoEste artigo examina algumas questões teóricas e achados de estudos empíricos acerca do impacto da gestação do segundo filho na dinâmica das relações familiares. Com base numa perspectiva sistêmica, destaca-se a relação conjugal, o relacionamento genitor-primogênito e o papel da rede de apoio social. Examina-se ainda o impacto sentido pelo primogênito no período de transição para a chegada do irmão. Apesar das incongruências entre os estudos, muitos autores assinalam que, já durante a gravidez, os membros da família iniciam o processo de adaptação para a constituição de uma família com dois filhos. Contudo, as mudanças vividas nesse período apresentam particularidades com relação às alterações surgidas após o nascimento do bebê. Além disso, as interações e relações familiares durante a gestação podem desempenhar um papel fundamental na adaptação da família após o nascimento do segundo filho. Unitermos
Resumo O presente estudo objetivou conhecer como os pais lidaram com a notícia do diagnóstico de síndrome de Down à época do nascimento do filho e, posteriormente, na fase adulta desse. Para alcançá-los, nessa pesquisa de abordagem qualitativa, os pais responderam a uma entrevista de dados sociodemográficos da família e à Entrevista sobre o Lugar do Diagnóstico de Síndrome de Down na Vida do Filho. Com base na análise de conteúdo, emergiram duas categorias temáticas: o impacto do diagnóstico para os pais: “Ele (o filho) vem pela metade” e o diagnóstico na vida do filho adulto: “Teu filho é normal para ti”. Foi possível perceber que o momento do diagnóstico foi vivido como um forte impacto para os pais, associado a dúvidas e receios. Vivenciado o luto pelo filho idealizado, percebeu-se a possibilidade da construção de uma relação pai-filho de proximidade e de esperança. Além disso, os pais indicaram ter melhorado enquanto pessoas, uma vez que adquiriram aprendizados de vida a partir da convivência com as limitações do filho e demonstraram valorizar o contato com o filho na idade adulta. A partir deste estudo, destaca-se a capacidade dos pais de investirem na relação pai-filho, devendo ser considerados como importantes figuras a serem incluídas nas ações de apoio à família e à pessoa com síndrome de Down.
Apesar do pouco investimento em estudos no âmbito da relação entre irmãos, este é um tema complexo e rico, abarcando diversas interações em seu desenvolvimento. Com as intensas transformações no âmbito das configurações familiares, acentuadas com o incremento nas taxas de divórcio a partir da década de 1990, a relação entre irmãos, assim como toda a estrutura familiar, ganhou em complexidade. Neste contexto, os laços que unem os membros familiares estariam caminhando para uma menor exigência de consanguinidade em nome de um incremento das relações por meio de laços afetivos de apoio mútuo. A partir desta perspectiva, o presente estudo visou a uma aproximação do universo dos irmãos nas novas configurações familiares a começar do olhar dos filhos adolescentes. Participaram da pesquisa seis adolescentes com idades entre 15 e 18 anos que viviam em famílias monoparentais ou reconstituídas e possuíam meios-irmãos e/ou irmãos políticos/circunstanciais. A análise de conteúdo qualitativadas entrevistas indicou a relevância do convívio próximo entre os irmãos para o sentimento de fratria. Além disso, o relacionamento estabelecido com o progenitor comum ou o/apadrasto/madrasta foi apontado pelos adolescentes como importante para o reconhecimentoe a qualidade do relacionamento fraterno. O vínculo fraterno seria delimitado, em última instância,pelas ligações afetivas estabelecidas entre os membros da família, sendo necessários,para tanto, o convívio, o apoio mútuo, a troca afetiva.
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