TEMA: A Comunicação Suplementar e/ou Alternativa (CSA) é uma área do conhecimento da prática clínica, educacional e de pesquisa que favorece a qualidade de vida de seus usuários e familiares. OBJETIVO: propor diretrizes de intervenção e pesquisa na área de CSA a partir da identificação e síntese descritiva de artigos publicados em periódicos indexados em bases de dados eletrônicas internacionais, quanto à temática comunicação suplementar e/ou alternativa, abrangendo pesquisas experimentais, relatos de atendimento individual e/ou em grupo, estudos de casos que incluíssem sujeitos com paralisia cerebral ou com problemas neurológicos não definidos e/ou com retardo mental. CONCLUSÃO: A individualização das práticas quanto ao design, relevância e velocidade do processamento da informação e o processo de inclusão da família e demais parceiros conversacionais são fundamentais ao sucesso na intervenção, generalização e manutenção de uso da prancha de comunicação suplementar e/ou alternativa em contextos formais e informais. A prescrição individualizada dos recursos da área de CSA conforme características físicas, mentais, psíquicas, cognitivas e lingüísticas do usuário tem impacto positivo na sua qualidade de vida e na de seus familiares. Portanto, recomenda-se a introdução o mais breve possível dos recursos terapêuticos da área da comunicação suplementar e/ou alternativa para sujeitos com oralidade restrita e/ou ausente.
No Brasil, as práticas clínicas e educacionais em Comunicação Aumentativa e Alternativa têm sido ampliadas. Esse estudo tem como objetivo identificar as áreas do conhecimento brasileiras que pesquisam a Comunicação Aumentativa e Alternativa e suas contribuições. Fonoaudiologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Psicologia e Educação são as áreas que investigam a Comunicação Aumentativa e Alternativa, sendo a Fonoaudiologia a área mais expressiva a publicar. Apesar de ser uma área do conhecimento ainda em consolidação no Brasil, observa-se aumento na inclusão de estudos com foco no adulto e no idoso, além de considerar a família como objeto de análise. A implementação precoce e, em diferentes contextos, favorece a manutenção do uso da Comunicação Aumentativa e Alternativa. Esta é um apoio para a oralidade, compreensão, avaliação assistida, leitura e escrita. Sugerem-se práticas investigativas que contemplem os efeitos produzidos pela intervenção na qualidade de vida da pessoa com deficiência e amostras maiores.
Objetivo descrever a capacidade funcional de crianças com paralisia cerebral que realizavam atendimentos de Fisioterapia e Fisioterapia e Fonoaudiologia. Métodos estudo descritivo, de caráter transversal, composto por 14 crianças com PC do tipo quadriplegia espástica (6 realizavam Fisioterapia e 8 Fisioterapia e Fonoaudiologia). Foram utilizados para avaliação o Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI) e o Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS). As associações entre as variáveis categóricas foram analisadas por meio do teste exato de Fisher. Comparações entre médias foram realizadas utilizando-se o teste t de Student. Resultados não se obteve melhora estatisticamente significante nas áreas de autocuidado, mobilidade e função social entre os dois grupos nos domínios de habilidade funcional e assistência ao cuidador. Conclusão as crianças do grupo Fisioterapia tiveram escores funcionais mais elevados que as do grupo Fisioterapia associado à Fonoaudiologia, mas não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos. Isso se deu, provavelmente, devido ao reduzido número de participantes, à diversidade de quadros clínicos que a patologia pode apresentar e a possíveis diferenças na intervenção fisioterapêutica realizada nos dois estados, que possuem situações socioeconômicas bem diversas.
RESUMOObjetivo: escutar a percepção materna sobre a introdução e uso da prancha de comunicação ampliada e alternativa na clínica de linguagem da paralisia cerebral. Métodos: foram realizadas entrevistas com um roteiro semi-dirigido e através da coletânea de narrativas foram criadas categorias de análise a partir de três pontos norteadores: a) a constituição da função materna e seu exercício junto ao sujeito com paralisia cerebral; b) a interação dialogal sob a ótica bakhtiniana; e c) os efeitos da clínica de linguagem na função materna e no diálogo das mães com seus lhos. Resultados: os resultados indicam diferentes tipos de uso do recurso na díade mãe-lho, tendo relação com a qualidade do exercício da função materna e a forma de apresentação do recurso ao usuário e a sua família. Quando a concepção de linguagem com a qual é implementado o recurso não inclui a família, nem considera o exercício da função materna, os resultados na sua generalização e manutenção são precários. Nos casos em que houve o debate sobre o uso familiar da prancha, o processo de intersubjetividade do sujeito sem oralidade foi favorecido o uso e a generalização foram ampliados. Conclusão: conclui-se que a concepção de linguagem dialógica de Bakhtin, atravessada pela psicanálise, permite uma abordagem mais e caz do recurso comunicativo investigado. Con ito de interesses: inexistente é vista por alguns fonoaudiólogos como um critério eletivo para que tais sujeitos não recebam intervenção no âmbito da linguagem, restringindo o atendimento a aspectos da motricidade orofacial, como a alimentação. Já nos casos em que o terapeuta não domina os recursos de comunicação ampliada e alternativa (CAA), a prancha de comunicação pode ser pensada como uma forma de trabalhar a linguagem. Entretanto, a simples tomada de decisão para implantar um sistema complementar e alternativo de comunicação por si só não garante ao fonoaudiólogo o sucesso estimado. Há necessidade de re exão acerca da concepção teórica com a qual o pro ssional introduz e trabalha o recurso, pois esta pode gerar impactos distintos em sua implementação junto a usuários e familiares. Nas publicações cientí cas da área, observa-se que a inserção do recurso ocorre a partir de visões comportamentalistas e cognitivistas, o que pode explicar as limitações na generalização e manutenção do uso da CAA 1 . A investigação desses autores 1 concluiu, após a aná- DESCRITORES: INTRODUÇÃOA ausência ou limitação da expressão oral devido a algum acometimento da ordem do orgânico ainda
TEMA: a evolução linguística de um sujeito com síndrome não esclarecida, caracterizada por prejuízos motores e ausência de fala, a partir da introdução do recurso da prancha de Comunicação Aumentativa Alternativa (CAA). PROCEDIMENTOS: realizou-se um estudo de caso de um sujeito, que no início da pesquisa tinha 6 anos e 8 meses. O período estudado compreendeu agosto de 2007 a dezembro de 2008. Este sujeito já se encontrava em atendimento fonoaudiológico desde 2002, com queixa de escape de saliva e ausência de fala, apresentando poucas evoluções fonoaudiológicas, no que se refere à oralidade. Durante o período estudado, a intervenção fonoaudiológica preconizou a introdução da prancha de CAA em um funcionamento dialógico que incluiu a família e a escola. Foram realizadas avaliações observacionais por meio do PROC antes e após o período estudado. RESULTADOS: a evolução do menino foi positiva tanto em relação à compreensão, quanto expressão linguística. O uso da CAA favoreceu o surgimento da fala. Tanto na família quanto na escola, foi possível perceber boa incorporação do uso desse recurso considerando a perspectiva teórica em que foi introduzido. CONCLUSÃO: a CAA, em uma perspectiva dialógica, apresentou-se com boa generalização de uso, o que permitiu avanços linguísticos no caso estudado.
Conflict of interest: non-existentThe knowledge of healthcare professionals about augmentative and alternative communication in the long term care institutions for the elderly Conhecimento dos profissionais da área da saúde acerca da comunicação suplementar e alternativa em instituições de longa permanência para idosos
Introduction: The Speech-language Pathologist can and should contribute more actively and more theoretically grounded in the linguistic aspects of the use of alternatives to oral communication. Aim: To examine the conversational pattern of children with cerebral palsy and their communicative partners in Speech, Language and Hearing Science sessions. Method: A multiple, descriptive, cross and contemporary case study. Results: The communicative means used by children and partners were the verbal, verbal assisted, gestural, vocal and pictographic ones. It was observed thatrequest/answer and order/execution adjacent pairs were more commonly successful with clear evidence that they are more dependent linguistically on their conversational partners. Conclusions: The linguistic competence development seems to be favored by the Speech, Language and Hearing Science therapist when he reduces the number of response possibilities and at the same time makes the Augmentative and Alternative Communication resource available for expression by the child.
Purpose: to propose an assessment of communication that includes the conversational analysis of children who have cerebral palsy, with complex communication needs and their interlocutors. Methods: a propositional study type of a speech language and hearing science assessment tool whose methodological flowchart was divided into five phases. Results: the final version of the protocol consisted of fifty-four items divided into three parts: (a) communicative means, acts of speech, topic maintenance and dialogue turn-taking, common to the dyads; (b) acts of child speech, use of resource, thematic maintenance and dialogue turn-taking and (c) speaker speech acts, encouragement of the use of the communication resource, theme maintenance and dialogue turn-taking. All assessment items receive a score by the assessment record according to presented linguistic behavior. Conclusion: this study showed the development and creation of a conversation evaluation protocol for children with cerebral palsy and their interlocutors. It can be used to evaluate the means, the communicative acts and adjacent-pairs observed in conversational contexts, leading the initial clinical speech language and hearing assessment process to the introduction, maintenance and general use of the Augmentative and Alternative Communication with different interlocutors and environments.
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