O objetivo deste trabalho é relatar a revisão de estudos sobre o distúrbio específico de linguagem quanto à percepção que a família apresenta deste distúrbio, formas clínicas e sua relação com os marcos evolutivos em linguagem. Pretende-se também analisar aspectos orgânicos e sociais relacionados tal distúrbio, co-morbidades, terapêuticas e prognóstico clínico. A pesquisa proposta teve como fonte de dados artigos dos últimos sete anos encontrados em revistas indexadas no Medline. Entre os dados encontrados, destacaram-se as percepções parentais acerca do distúrbio, a necessidade do diagnóstico do especialista de linguagem e a eficiência dos programas de intervenção precoce com agentes comunitários de saúde. Os dados analisados sugerem que marcos evolutivos de linguagem devem ser conhecidos e observados pelos profissionais da saúde que atendem à infância para detecção precoce deste distúrbio. O progresso terapêutico, a aprendizagem escolar e adaptação social podem ser maiores se a intervenção iniciar já ao segundo ano de vida.
TEMA: A Comunicação Suplementar e/ou Alternativa (CSA) é uma área do conhecimento da prática clínica, educacional e de pesquisa que favorece a qualidade de vida de seus usuários e familiares. OBJETIVO: propor diretrizes de intervenção e pesquisa na área de CSA a partir da identificação e síntese descritiva de artigos publicados em periódicos indexados em bases de dados eletrônicas internacionais, quanto à temática comunicação suplementar e/ou alternativa, abrangendo pesquisas experimentais, relatos de atendimento individual e/ou em grupo, estudos de casos que incluíssem sujeitos com paralisia cerebral ou com problemas neurológicos não definidos e/ou com retardo mental. CONCLUSÃO: A individualização das práticas quanto ao design, relevância e velocidade do processamento da informação e o processo de inclusão da família e demais parceiros conversacionais são fundamentais ao sucesso na intervenção, generalização e manutenção de uso da prancha de comunicação suplementar e/ou alternativa em contextos formais e informais. A prescrição individualizada dos recursos da área de CSA conforme características físicas, mentais, psíquicas, cognitivas e lingüísticas do usuário tem impacto positivo na sua qualidade de vida e na de seus familiares. Portanto, recomenda-se a introdução o mais breve possível dos recursos terapêuticos da área da comunicação suplementar e/ou alternativa para sujeitos com oralidade restrita e/ou ausente.
Este estudo tem como objetivo analisar a importância de uma hipótese de funcionamento de linguagem, considerando as relações forma/sentido e os mecanismos e estratégias enunciativas na análise da linguagem de dois sujeitos com distúrbio de linguagem e risco ao desenvolvimento. Dois sujeitos e seus familiares foram acompanhados do primeiro ao décimo oitavo mês de idade, por meio dos Índices de Risco ao Desenvolvimento Infantil. Entre 21 e 24 meses, foram filmados com familiares (mãe, pai, irmão) e com a pesquisadora, em situação lúdica, de modo similar ao que acontece em casa. As filmagens foram analisadas e transcritas ortograficamente e analisadas por meio dos mecanismos e estratégias enunciativas, da relação forma/sentido, buscando-se identificar o funcionamento de linguagem. Enquanto um dos sujeitos evidenciou maiores possibilidades de realização vocal, mas com mecanismos e estratégias enunciativas restritas, o outro apresentou quase ausência de fala, induzindo o adulto a falar por ele. Houve diferenças no funcionamento de linguagem, nos recursos para relacionar forma e sentido, bem como no uso de mecanismos e estratégias enunciativas entre ambos sujeitos, o que demonstra a necessidade de identificar uma hipótese de funcionamento de linguagem no processo de avaliação da linguagem infantil.
RESUMOObjetivo: escutar a percepção materna sobre a introdução e uso da prancha de comunicação ampliada e alternativa na clínica de linguagem da paralisia cerebral. Métodos: foram realizadas entrevistas com um roteiro semi-dirigido e através da coletânea de narrativas foram criadas categorias de análise a partir de três pontos norteadores: a) a constituição da função materna e seu exercício junto ao sujeito com paralisia cerebral; b) a interação dialogal sob a ótica bakhtiniana; e c) os efeitos da clínica de linguagem na função materna e no diálogo das mães com seus lhos. Resultados: os resultados indicam diferentes tipos de uso do recurso na díade mãe-lho, tendo relação com a qualidade do exercício da função materna e a forma de apresentação do recurso ao usuário e a sua família. Quando a concepção de linguagem com a qual é implementado o recurso não inclui a família, nem considera o exercício da função materna, os resultados na sua generalização e manutenção são precários. Nos casos em que houve o debate sobre o uso familiar da prancha, o processo de intersubjetividade do sujeito sem oralidade foi favorecido o uso e a generalização foram ampliados. Conclusão: conclui-se que a concepção de linguagem dialógica de Bakhtin, atravessada pela psicanálise, permite uma abordagem mais e caz do recurso comunicativo investigado. Con ito de interesses: inexistente é vista por alguns fonoaudiólogos como um critério eletivo para que tais sujeitos não recebam intervenção no âmbito da linguagem, restringindo o atendimento a aspectos da motricidade orofacial, como a alimentação. Já nos casos em que o terapeuta não domina os recursos de comunicação ampliada e alternativa (CAA), a prancha de comunicação pode ser pensada como uma forma de trabalhar a linguagem. Entretanto, a simples tomada de decisão para implantar um sistema complementar e alternativo de comunicação por si só não garante ao fonoaudiólogo o sucesso estimado. Há necessidade de re exão acerca da concepção teórica com a qual o pro ssional introduz e trabalha o recurso, pois esta pode gerar impactos distintos em sua implementação junto a usuários e familiares. Nas publicações cientí cas da área, observa-se que a inserção do recurso ocorre a partir de visões comportamentalistas e cognitivistas, o que pode explicar as limitações na generalização e manutenção do uso da CAA 1 . A investigação desses autores 1 concluiu, após a aná- DESCRITORES: INTRODUÇÃOA ausência ou limitação da expressão oral devido a algum acometimento da ordem do orgânico ainda
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