Com o objetivo de comparar variáveis epidemiológicas na toxoplasmose em ovinos e caprinos, amostras de soro de animais de propriedades localizadas em duas regiões do Estado de Pernambuco, Brasil, foram testadas pela reação de imunofluorescência indireta (RIFI) para detecção de anticorpos anti-Toxoplasma gondii. Dos 173 soros ovinos testados, em 35,3% foram encontrados resultados positivos, enquanto 40,4% dos 213 soros caprinos foram positivos à RIFI. Em ovinos, associações significativas foram encontradas para sexo e raça, mas não para região, tipo de manejo ou falha reprodutiva. Os resultados da RIFI para os caprinos foram significativamente associados ao sexo, raça, região, tipo de manejo e de exploração, mas não com a ocorrência de falhas reprodutivas.
A mastite é a principal afecção do gado leiteiro, possui alta prevalência, e constitui um fator limitante em muitas propriedades rurais do país, devido às perdas econômicas. Considerando-se a complexidade etiológica das mastites o objetivo do presente trabalho foi estudar os agentes de etiológicos desta enfermidade e a sua influência na qualidade do leite bovino. Para tanto, foram avaliados um total de 1090 tetos de animais de dez propriedades rurais localizadas no estado de São Paulo. A análise microbiológica do leite consistiu em cultivar uma alíquota de 0,1mL de leite de cada amostra positiva ao CMT, ou com mastite clínica, em meio de ágar base adicionado de 5% de sangue ovino e em agar Mac Conkey, incubando-se as placas a 37°C com observação do desenvolvimento microbiano a cada 24 horas durante três dias. Os microrganismos com maior frequência na mastite foram Corynebacterium bovis(29,52%), Streptococcus dysgalactiae (11,9%) e Staphylococcus aureus (10,48%). Houve ainda o isolamento em ágar Sabouraud dextrose de Candida krusei e Trichosporum spp. As médias de CCS e UFC dos animais foram variáveis e oito (80%) propriedades encontram-se dentro dos limites estabelecidos para CCS pela Instrução Normativa n° 51 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e todas as propriedades se encontram dentro dos limites para UFC. Houve correlação positiva entre UFC e CCS de leite em duas propriedades entre as seis analisadas estatisticamente. Conclui-se que a mastite é um dos fatores que não permitem que o produtor atinja a qualidade exigida pelo governo. Falhas de manejo e higiene existem e devem ser corrigidas com treinamento dos produtores para aplicação de boas práticas de produção. Finalmente, o monitoramento das mastites e da qualidade do leite nos rebanhos deve ser realizado, e técnicas acessíveis como a CCS composta podem ser utilizadas.
-Alterations caused by a genotype III strain of Toxoplasma gondii were assessed with respect to the number and the morphometry of the myenteric neurons in the terminal ileum and the descending colon. Eighteen rats were divided into four groups: Acute Control Group (ACG, n=4); Acute Experimental Group (AEG, n=4); Chronic Control Group (CCG, n=5) and Chronic Experimental Group (CEG, n=5). NaCl solution was administered through gavage to the animals in the ACG and CCG. Toxoplasma gondii tachyzoites (10 4 ) from a genotype III strain were orally administered to the AEG and CEG. Acute Groups were died after 24 hours, and the Chronic Groups after 30 days. Neuronal loss was not observed in both organs. The neurons atrophied in the terminal ileum as the opposite occurred with the neurons at the descending colon during the chronic phase of infection. In the terminal ileum, the neurons atrophied during the chronic phase of the infection as no alteration was found during the acute phase. For the descending colon, the neurons became hypertrophic during the chronic infection in opposition to the atrophy found during the acute phase.KEY WORDS: enteric nervous system, toxoplasmosis, morphology.
Alterações do plexo mientérico do íleo e cólon descendente causadas por Toxoplasma gondii (genótipo III)Resumo -Objetivou-se avaliar as alterações causadas por uma cepa genótipo III de Toxoplasma gondii, sobre o número e a morfometria de neurônios mientéricos, do íleo terminal e do cólon descendente. Dividiuse dezoitos ratos em quatro grupos: controle agudo (GCA, n=4), experimental agudo (GEA, n=4), controle crônico (GCC, n=5) e experimental crônico (GEC, n=5). Os animais do GCA e GCC receberam solução de NaCl por gavagem, e os animais do GEA e GEC 10 4 taquizoítos de uma cepa genótipo III de T. gondii por via oral. Os grupos agudos após 24 horas foram mortos e os crônicos após 30 dias. Observou-se que não houve perda neuronal em ambos os órgãos. No íleo terminal, os neurônios atrofiaram-se na fase crônica da infecção, enquanto nenhuma alteração ocorreu na fase aguda. Já no cólon descendente, os neurônios tornaram-se hipertróficos na fase crônica da infecção, em oposição à atrofia observada na fase aguda. PALAVRAS-CHAVE: sistema nervoso entérico, toxoplasmose, morfologia.
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