Objetivou-se com este trabalho avaliar o potencial forrageiro e o valor nutricional do feno de diferentes frações da parte aérea de quatro variedades de mandioca. Utilizou-se um delineamento em blocos casualizados, esquema fatorial 4 x 3, com quatro repetições, composto de quatro variedades de mandioca (Amarelinha, Olho Roxo, Periquita e Sabará) e três formas de aproveitamento da parte aérea (Planta Inteira, Terço Superior e Sobras de Plantio). A variedade Periquita, quando considerada a fração planta inteira, apresentou maior potencial produtivo de feno e forragem. Os maiores valores de relação folha/haste foram encontrados na fração do terço superior. A variedade Amarelinha apresentou menor teor de lignina e fração C dos carboidratos e, juntamente, com a variedade Olho Roxo teve maior valor de nutrientes digestíveis totais. A fração do terço superior apresentou maior teor de proteína bruta e menores teores fibra e lignina, o que foi confirmado pelo fracionamento dos carboidratos. Quanto ao fracionamento proteico, não houve diferença entre as variedades de mandioca, todavia, a fração planta inteira teve menor valor na fração C. Para as frações proteicas B1 e B2 houve efeito de interação das variedades com as frações da parte aérea. A parte aérea das variedades de mandioca avaliadas nas diferentes frações apresenta bom potencial produtivo e os fenos produzidos da parte aérea e do terço superior das variedades Amarelinha e Olho Roxo apresentam melhor valor nutricional.
Objetivou-se analisar a viabilidade econômica da substituição do feno de Cynodon spp por feno de resíduos da bananicultura na dieta de cordeiros. Foram utilizados 25 cordeiros Santa Inês, com idade média de cinco meses e peso médio inicial de 26,5kg, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (40% de feno Cynodon spp. + 60% concentrado, 20% de feno de folha de bananeira e 20% de feno de Cynodon spp. + 60% concentrado, 40% de feno de folha de bananeira + 60% concentrado, 20% de feno de pseudocaule de bananeira e 20% de feno de Cynodon spp. + 60% concentrado, 40% de feno de pseudocaule de bananeira + 60% concentrado), em cinco repetições. Após 69 dias de experimentação os animais foram abatidos. De posse do custo de cada dieta e do consumo dos animais, foi calculada a viabilidade econômica. O tratamento com 40% de feno de folha da bananeira + 60% concentrado apresentou os melhores indicadores econômicos, baseados na maior receita líquida, na maior taxa de retorno e na maior lucratividade para comercialização dos animais vivos ou abatidos. A inclusão de resíduos da bananicultura na dieta de cordeiros em crescimento aumenta a viabilidade econômica da atividade.
ResumoObjetivou-se avaliar a composição físico-química e o perfil de ácidos graxos do leite de vacas alimentadas com diferentes fontes de compostos nitrogenados (farelo de soja, ureia, farelo de girassol e farelo de mamona detoxicado). O delineamento experimental foram dois quadrados latinos 4 x 4, sendo utilizadas oito vacas F1 Holandês/Zebu, com produção média de 20 Kg de leite com 3,5% de gordura dia-1. Amostras de leite foram coletadas e analisadas quanto à composição físico-química e perfil de ácidos graxos. Com exceção do nitrogênio ureico no leite, que foi maior na dieta com ureia, as demais variáveis da composição físico-química não foram influenciadas pelas dietas com diferentes fontes de compostos nitrogenados. Quanto ao perfil de ácido graxo houve variação nas concentrações dos ácidos C4:0; C18:0; C10:1; C12:1 e C18:1 T10 T11 T12. No entanto, para os totais de ácidos graxos saturados, monoinsaturados e poliinsaturados no leite, estes não diferiram entre as fontes de compostos nitrogenados. O uso de diferentes fontes de compostos nitrogenados na dieta de vacas F1 Holandês x Zebu, com produção média de 20Kg de leite com 3,5% de gordura dia-1, não altera a composição físico-química do leite, com exceção do nitrogênio uréico que aumenta na dieta com ureia. Entretanto, pode modificar o perfil de ácidos graxos da gordura do leite.
ResumoObjetivou-se por meio deste trabalho avaliar consumo, produção e processamento do leite de vacas alimentadas com dietas contendo níveis crescentes de ureia. Foram utilizadas 8 vacas 7/8 Holandês/Gir em dois quadrados latinos 4x4, sendo cada quadrado composto de quatro dietas, quatro vacas e quatro períodos experimentais. As dietas foram formuladas para serem isoproteicas, tendo como volumoso a silagem de cana-de-açúcar. Os tratamentos consistiram em níveis crescentes de ureia em substituição ao farelo de soja (0; 0,58; 1,17, 1,75% na MS total da dieta). Os consumos de matéria seca e fibra em detergente neutro não foram afetados pelos níveis crescentes de ureia. Entretanto, o consumo de proteína bruta e extrato etéreo reduziram linearmente com o aumento dos níveis de ureia. Já o consumo de carboidratos não fibrosos apresentou comportamento cúbico em relação aos níveis de ureia. A produção de leite (27 kg/dia), a composição físico-química do leite e do queijo de minas frescal, assim como o rendimento do queijo não foram influenciados pela inclusão da ureia na dieta das vacas. Portanto, conclui-se que, para dietas de vacas em lactação, a base de silagem de cana-de-açúcar, com relação volumoso: concentrado 45:55, a ureia pode ser adicionada em até 1,75% da matéria seca total, sem prejudicar consumo, rendimento, produção, composição físico-química do leite e do queijo de minas frescal.Palavras-chave: bovino, farelo de soja, nitrogênio não proteico, nutrição. AbstractThe objective of this work by evaluating consumption, production and processing of milk from cows fed diets containing increasing levels of urea. 8 cows were used 7/8 Holstein / Gir Dairy in two 4x4 Latin squares, each square composed of four diets, four cows and four experimental periods. Diets were formulated to be isonitrogenous, and as forage silage cane sugar. Treatments consisted of increasing levels of urea in place of soybean meal (0, 0.58, 1.17, 1.75% of the total DM diet). The intake of dry matter and neutral detergent fiber were not affected by increasing levels of urea. However, crude protein and ether extract decreased linearly with increasing levels of urea. The consumption of non-fiber carbohydrates presented cubic behavior in relation to the levels of urea. The production of milk (27 kg / day), the physico-chemical composition of milk and Minas fresh cheese as well as cheese yield was not affected by the inclusion of urea in the diet of cows. Therefore, it is concluded that, for diets of lactating cows, the sugar cane silage basedr, with forage:concentrate ratio 45:55, the urea can be added up to 1.75% of total dry matter without harming consumption, income, production, physico-chemical composition of milk and Minas cheese. IntroduçãoAs despesas com a alimentação contribuem de forma significativa nos custos de produção da atividade leiteira. Entre os itens que compõem a dieta de bovinos leiteiros, os suplementos proteicos são, geralmente, os componentes mais caros. Dessa forma, a utilização de alimentos/ingredientes alternativos que...
Objetivou-se avaliar o comportamento ingestivo de bovinos Nelore submetidos a diferentes níveis de substituição de silagem de sorgo por cana-de-açúcar ou bagaço de cana amonizado com ureia. Foram confinados 35 animais machos não castrados, distribuídos em sete tratamentos: 100% silagem de sorgo; 70% de silagem de sorgo + 30% de cana-de-açúcar; 30% de silagem de sorgo + 70% de cana-de-açúcar; 100% de cana-de-açúcar; 70% de silagem de sorgo + 30% de bagaço de cana amonizado com ureia; 30% de silagem de sorgo + 70% de bagaço de cana amonizado com ureia e 100% de bagaço de cana amonizado com ureia. Todos os animais foram submetidos a observação visual para avaliação do comportamento ingestivo aos 15, 30 e 50 dias do período experimental. O aumento do teor de cana na dieta em substituição à silagem de sorgo, não provocou alterações nos tempos de alimentação, ruminação e ócio dos animais. Já a substituição da silagem de sorgo por bagaço de cana amonizado com ureia provocou alterações no comportamento ingestivo, reduzindo o tempo de alimentação e aumentando o tempo de ruminação dos animais. O número de ciclos de ruminação e a duração destes ciclos foram afetados por ambos volumosos substitutos. Palavras-chave: ócio, ruminação, tempo de alimentação.
This study aimed to evaluate the kinetics of dry matter degradation and neutral detergent fiber of banana peel treated with limestone. The banana peel has been acquired from a candy manufacturer that after washing with chlorinated water to 1% and pulp removal was discarded. The banana peel in nature was treated with 1, 2, 3 and 4% of limestone in the natural matter, homogenized and pre-dried in the sun for 120 hours. The experiment was conducted in a completely randomized experimental design, with five treatments (0 (control), 1, 2, 3 and 4% inclusion of limestone) with 3 repetitions. The dry matter potential degradability, showed no difference (P>0.05) in the levels compared to the control with an average of 67.58%. The insoluble degradation fraction rate of dry matter and the fiber fraction did not differ (P> 0.05) between levels and control. In relation to effective degradability of neutral detergent fiber, there was an increase of 3.47% for each percentage unit increased limestone. In relation to the ruminal degradation parameters of dry matter and neutral detergent fiber is not recommended the utilization of limestone as an additive in the treatment of banana peel. Key words: Feed evaluation, coproducts, degradability, calcium oxide, ruminants ResumoObjetivou-se avaliar a cinética de degradação da matéria seca e fibra em detergente neutro da casca de banana tratada com calcário. A casca de banana foi adquirida de uma indústria de doces que após lavagem com água clorada a 1% e retirada da polpa, era descartada. A casca de banana in natura foi tratada com 1, 2, 3 e 4% de calcário na matéria natural, homogeneizadas e pré-seca ao sol durante 120 horas. O experimento foi realizado em um delineamento experimental inteiramente ao acaso, sendo cinco tratamentos (0 (controle), 1, 2, 3 e 4% de inclusão de calcário) com 3 repetições. A degradabilidade potencial da matéria seca, não apresentou diferença (P>0,05) dos níveis em relação ao controle com média de 67,58%. A taxa de degradação da fração insolúvel da matéria seca e da fração fibrosa não diferiu (P>0,05) entre níveis e o controle. Em relação á degradabilidade efetiva da fibra em detergente neutro, houve incremento de 3,47% para cada unidade percentual de calcário aumentada. Em relação aos parâmetros da degradação ruminal da matéria seca e da fibra em detergente neutro, recomenda-se a utilização 4% de inclusão de calcário na matéria natural da casca de banana.
We evaluated the physicochemical composition and fatty acid profile of milk from F1 Holstein × Zebu cows that were fed increasing levels of urea (0%, 33%, 66% and 100%, corresponding to 0%, 0.92%, 1.84% and 2.77% CP as NPN) as a substitute for soybean meal. Eight lactating F1 Holstein × Zebu cows producing an average of 10 kg of milk per day corrected to 3.5% fat, were placed in two 4 × 4 Latin squares (4 animals, 4 diets and 4 periods). Each experimental period lasted 18 days. Milk samples from each cow were collected from morning and afternoon milkings and analyzed for composition and fatty acid concentration. Milk urea nitrogen increased linearly (P < 0.05) with increasing dietary urea. Other variables including fat content, protein, fixed mineral residues, lactose, total nonfat solids, acidity, density, casein, cryoscopic index, somatic cell count, and milk fatty acid concentrations, were not affected by treatment. Thus, urea provides a viable alternative to soybean meal that does not affect the characteristics of milk from primiparous F1 Holstein × Zebu cows, producing up to 10 kg of milk corrected to 3.5% fat day -1 . Key words: Physicochemical composition, soybean meal, non-protein nitrogen ResumoObjetivou-se avaliar a composição físico-química e o perfil de ácidos graxos do leite de vacas F1 Holandês × Zebu alimentadas com teores crescentes de ureia (0; 33%; 66% e 100%, que corresponderam a 0, 0,92, 1,84 e 2,77% de PB na forma de NNP), em substituição ao farelo de soja. Foram utilizadas oito vacas F1 Holandês × Zebu com produção média de 10 kg de leite corrigido para 3,5% de gordura dia -1 , em duplo quadrados latinos 4 × 4 (4 animais, 4 dietas e 4 períodos). Os períodos tiveram dezoito dias. As amostras de leite de cada vaca, da ordenha da manhã e da tarde, foram coletadas e analisadas quanto à composição e a concentração de ácidos graxos. O nitrogênio uréico no leite aumentou linearmente (P<0,05) em função dos teores de ureia na dieta. Outras variáveis, incluindo os teores de gordura, proteína, resíduo mineral fixo, lactose, extrato seco total e desengordurado, acidez, densidade, caseína, índice crioscópico, contagem de células somáticas, e a concentração de ácidos graxos do leite, não sofreram efeito dos tratamentos. Portanto conclui-se que a substituição total do farelo de soja pela ureia não influencia composição e nem a concentração de ácidos graxos do leite de vacas primíparas F1 Holandês × Zebu, com produção de até 10 kg de leite corrigido para 3,5% de gordura dia-1. Palavras-chave: Composição físico-química, farelo de soja, nitrogênio não protéico
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