INTRODUÇÃO: A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) define a dor como “experiência sensitiva e emocional desagradável associada a uma lesão tecidual real ou potencial”, além de ser uma sensação subjetiva e individual de cada pessoa. A dor crônica, além de prevalente, é um importante causador de repercussões negativas no estado de saúde da população em geral, e em idosos, e possui grande impacto biopsicossocial. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão integrativa que abordasse o tratamento medicamentoso da dor crônica não oncológica. O estudo visou explorar o uso de diferentes classes de drogas utilizadas no tratamento da dor, bem como suas recomendações, vantagens e desvantagens específicas à população em geral, com base na escada de analgesia da Organização Mundial de Saúde. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão literária por meio de artigos encontrados nas bases de dados, dados Pubmed, Periódicos Capes, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scielo online e do Science Direct (Repositório de revistas), e LILACS, em busca de artigos publicados de 2008 a 2022. Utilizou-se, descritores como “dor crônica”, “tratamento da dor crônica”, "chronic pain”,” escada analgésica da OMS”. Foram selecionados 25 artigos, além de livros como base teórica relevante para a realização deste trabalho. DISCUSSÃO: O tratamento da dor tem sido guiado por algumas recomendações publicadas pela OMS nos anos 1980 e por experiência de especialistas. A dor é classificada em aguda (tem início recente, menor que 3 meses e tende a desaparecer assim que se resolve o processo patológico) ou crônica (tempo mínimo de variação de 3 a 6 meses) e também recebe uma classificação quanto aos seus mecanismos fisiopatológicos em três tipos: 1) dor de predomínio nociceptivo, 2) dor de predomínio neuropático, 3) dor mista. A opção entre a melhor medicação para controle da dor deve variar de acordo com o paciente, seus fatores de risco e os efeitos deletérios descritos no decorrer do artigo. A escolha para controle da dor fraca é o uso de analgésicos comuns mais adjuvantes (se necessário), já o manejo da dor moderada faz-se uso de opioides fracos mais analgésicos não opioides (se necessário), e adjuvantes (se necessário) e então no tratamento de dor severa recomenda-se uso de opioides fortes, mais analgésicos não opioides (se necessário) e adjuvantes (se necessário). CONCLUSÃO: O manejo da dor crônica é de fundamental importância para todo médico, visto que, independentemente de sua especialidade, irá se deparar em sua prática clínica com pacientes apresentando queixas álgicas, sofrendo tal interferência negativa em diversos aspectos de sua vida. Para isso, é essencial o conhecimento dos tipos de dor, das classificações das medicações e dos respectivos degraus na escada analgésica da OMS.
RESUMOErros de prescrições são situações evitáveis que podem ser identificadas e corrigidas por meio de avaliação da qualidade das receitas e acompanhamento na compreensão do paciente. O preenchimento inadequado pode gerar danos ao paciente e tornar o tratamento ineficaz e prejudicial. Portanto, o presente estudo objetiva revisar a literatura para
Erros de prescrições são situações evitáveis que podem ser identificadas e corrigidas por meio de avaliação da qualidade das receitas e acompanhamento na compreensão do paciente. O preenchimento inadequado pode gerar danos ao paciente e tornar o tratamento ineficaz e prejudicial. Portanto, o presente estudo objetiva revisar a literatura para descrever os principais erros das prescrições médicas e o entendimento do paciente nas unidades de saúde acerca das receitas, além de como os equívocos podem afetar o tratamento. Estudos descritivos revisados apontaram que 74% dos entrevistados não possuíam informações suficientes sobre o objetivo do tratamento terapêutico e 34,66% das prescrições estavam pouco legíveis. Dessa forma, é imperativo que os profissionais da saúde estejam atentos ao entendimento do paciente quanto às instruções fornecidas, de forma a melhorar a relação médico-paciente e evitar transtornos para o usuário do sistema de saúde.
A doença de Parkinson (DP) é atualmente a segunda patologia neurodegenerativaprogressiva mais comum, afetando mais comumente a população a partir dos 65 anos. Seudiagnóstico é eminentemente clínico, feito principalmente através do exame físico. Porém, aprecisão do diagnóstico permanece abaixo do ideal e varia consideravelmente de acordocom diversos fatores, como idade do paciente, duração da doença e experiência médica.Embora os registros neurofisiológicos de distúrbios do movimento ainda sejam subutilizadosna prática clínica, sua aplicação poderia contribuir para um refinamento no diagnóstico emelhor entendimento sobre sua fenomenologia. O presente estudo tem como objetivovalidar o uso de estudos neurofisiológicos no diagnóstico da DP. Para isso, buscou-sedescrever os dados epidemiológicos dos pacientes portadores desta patologia e de pacientescontrole sem a doença para correlação com os resultados de estudos neurofisiológicos;avaliar o período cutâneo silente nos pacientes com DP e pacientes do grupo controle;realizar análise eletrofisiológica do tremor, com acelerômetros triaxiais e eletrodos deeletroneuromiografia de superfície nos pacientes portadores da DP; além de formular umprotocolo para uso na prática clínica. A pesquisa consiste em um estudo transversal, comcoleta de dados em pacientes com DP e em pacientes-controle saudáveis, analisando dadosepidemiológicos, Período Cutâneo Silente e Análise eletrofisiológica do tremor, comacelerometria e eletroneuromiografia de superfície. Dos pacientes com DP avaliados,constatou-se que a frequência dos tremores de repouso e postural permanecerammajoritariamente entre 4 e 6 Hz, e que a diferença entre a frequência média em repouso e afrequência média de ambas as mãos contra carga foi considerada relevante, o que vai deacordo com a literatura. Além disso, por meio da análise do Período Cutâneo Silente, foipossível notar diferença expressiva entre a latência final dos pacientes com DP e pacientesdo grupo controle, o que é confirmado pela literatura revisada. Conclui-se, portanto, que aimplementação clínica dessas técnicas é fundamental para melhorar a precisão dodiagnóstico de tremores e deve ser uma ferramenta disponível para neurologistas na área dedistúrbios do movimento.
O hábito de fumar narguilé é visto como prazeroso devido ao aroma e ao sabor agradáveis gerados por essências que mascaram o tabaco. Nesse cenário, o presente artigo buscou avaliar o uso crescente do narguilé entre universitários, em razão dos prejuízos à saúde causados por essa prática. Esta pesquisa objetivou estimar a prevalência e o perfil dos estudantes que utilizam narguilé, no que se refere aos aspectos quantiqualitativos do hábito. Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter descritivo, com abordagem quantitativa, sendo um levantamento, entre os anos de 2018 e 2019, com análise de questionários autoaplicáveis sobre hábitos de fumar e conhecimentos acerca do narguilé. As variáveis investigadas foram: idade, gênero e curso dos estudantes; prevalência do hábito de fumar narguilé, frequência e duração das sessões de fumo; motivação para o uso do narguilé e associação com outras drogas; hábito de fumar, conhecimento acerca da composição do narguilé e das doenças associadas. Os sujeitos da pesquisa foram 500 alunos do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, não havendo critérios de exclusão. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética sob nº 2.933.427. A maior parte dos entrevistados (60,4%) declarou ter tido contato com narguilé. A maioria (35,8%) fuma raramente, sendo evidenciada a duração da prática por menos de 20 minutos (33,8%). As principais motivações para o início do hábito foram pelo gosto/cheiro (46%) e influência dos amigos/colegas (36,8%). Pôde-se concluir que, entre os fumantes de narguilé, a maioria já teve contato com outros tipos de fumo e com outros tipos de droga, destacando-se o álcool e a maconha. A maior parte dos entrevistados tem conhecimento de que o uso do narguilé não é menos prejudicial à saúde quando comparado ao cigarro (66%) e que a água presente no instrumento utilizado não filtra as impurezas da fumaça (77,4%). Contudo, a minoria aponta conhecimento sobre substâncias presentes no narguilé, como monóxido de carbono e alcatrão. Quanto ao conhecimento sobre a suscetibilidade dos usuários a doenças, cerca de 69,5% dos participantes assinalaram câncer de pulmão, porém as porcentagens associadas a doenças transmissíveis foram mais baixas. Os resultados mostraram que a prevalência da experimentação de narguilé é alta entre os universitários, destacando-se a falta de conhecimento por uma parte considerável desses sobre a nocividade da prática. Assim os achados enfatizam a necessidade de investigar e desenvolver melhores formas de informar a população acerca dos componentes encontrados ou produzidos por esse tipo de fumo e das doenças associadas a essa prática. Deve-se incentivar uma maior abordagem sobre o tema nas instituições de ensino, além de serviços de apoio ao estudante, para proteger a saúde dos acadêmicos
Introdução: O Point-of-Care-Ultrasound (POCUS) trata-se da ultrassonografia transtorácica realizada à beira-leito do paciente. A aparelhagem, além de ser portátil, é de fácil aplicação e interpretação de seus achados. A sua utilização tem sido relacionada à melhora propedêutica e terapêutica de casos conduzidos em distintos setores intra-hospitalares. Métodos: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura com busca no PubMed. Utilizou-se 14 artigos, selecionados a partir dos descritores “lung ultrasound”, “POCUS”, “respiratory failure” e “heart failure”, encontrados no MesH. Foram selecionados: metanálises, estudos controlados randomizados e revisões sistemáticas, em inglês, publicados entre 2012 e 2022. Resultados: As vantagens mais citadas foram: facilidade do manuseio, fornecimento de dados em tempo real e disponibilidade à beira-leito. As linhas B são o achado mais validado, apresentando em um trabalho 85% de sensibilidade e 91% de especificidade para insuficiência cardíaca (IC) e 100% de sensibilidade e de valor preditivo negativo para a exclusão do pneumotórax. A quantificação dessas consegue predizer a descompensação da IC (>15) e risco de hospitalização e morte (>30) em Centros de Terapia Intensiva. No intra operatório da cardiologia pediátrica, um estudo randomizado com 122 crianças demonstrou haver menos eventos adversos relacionados à dessaturação no grupo intervenção (55% versus 73%). Conclusões: A utilização do POCUS em ambiente hospitalar tem se mostrado de grande valia em diferentes setores. Alguns de seus achados, como as slinhas B, estão cada vez mais elucidados e demonstram alto potencial diagnóstico e propedêutico, permitindo intervenções terapêuticas mais precocemente. Mais estudos são necessários para melhorar a validação de seus achados.
Descrever as características clinicas, endoscópicas e abordagem terapêutica de crianças com o diagnóstico de Aspiração de Corpo Estranho (ACE) atendidos na Emergência da Broncoesofagologia -HBDF. Métodos:Estudo descritivo e retrospectivo, baseado em prontuários de pacientes com ACE atendidos na Emergência da Broncoesofagologia-HBDF( janeiro de 2012 a janeiro de 2015). Foram consideradas crianças neste estudo pacientes com idade < 18 anos. Foram analisadas as variavéis: sexo, idade, características do corpo estranho(CE) aspirado(tipo e localização), clínica, radiologia, tratamento, complicações e mortalidade.Resultados: 51 pacientes tiveram o diagnóstico de ACE. 45(88,2%) com idade < 18 anos (crianças). Entre as crianças, a ACE predominou no sexo masculino (73,3%) e na faixa etária de 1-3 anos (53,3%). Sementes foram os CE mais aspirados (40%). Houve predomínio da ACE na arvore brônquica direita (46,4%). Tosse e dispnéia após engasgo foram as queixas principais. Dezoito (40%) possuiam CE radiopacos ao Rx-tórax. A broncoscopia rígida sob anestesia geral foi utilizada em 95,5%. Dois pacientes necessitaram de UTI devido insuficiência respiratória aguda pela ACE e dois por desconforto respiratório secundário à laringoespasmo ou edema glótico-subglótico pós-procedimento. Cinco(11,1%) menores possuiam pneumonia e um bronquiectasias como complicação pelo CE na arvore traqueobrônquica. Não houve óbito e procedimento cirúrgico aberto para remoção do CE.Conclusões: ACE foi um acidente predominante nos pacientes pediátricos ( principalmente meninos com idade entre 1-3 anos). Sementes foram os CE mais aspirados. Houve predominância da ACE na arvore brônquica direita. A broncoscopia mostrou-se segura e eficaz no tratamento.
Introdução: A alta prevalência das parasitoses no Brasil deve-se as condições sócioeconômicas precárias da maioria da população. A Síndrome de Loeffler é caracterizada por uma pneumonia eosinofílica, causada por parasitas intestinais com ciclo pulmonar obrigatório na qual evidencia-se infiltrado pulmonar migratório na radiografia de tórax e eosinofilia detectada no hemograma, em pacientes com tosse seca, dispnéia, sibilos e febre baixa. Objetivo: O estudo teve como objetivo buscar na literatura os aspectos clínicos, parasitológicos e o desenvolvimento da Síndrome de Loeffler, dada a alta prevalência destas parasitoses no Brasil. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos em inglês, espanhol e português, extraídos das bases de dados MEDLINE, PUBMED e Google Acadêmico. Os descritores utilizados foram "Síndrome de Loeffler” AND “pneumonia eosinofílica” AND “parasitose intestinal", Resultados: A Síndrome de Loeffler representa uma pneumonite eosinofílica transitória causada, principalmente, pelos helmintos: Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Strongyloides stercoralis e Ascaris lumbricoides, destacando-se o último. Especificamente, o contágio do Ascaris inicia-se com a ingestão de ovos de vermes encontrados em água e alimentos contaminados. No intestino delgado, os ovos eclodem em larvas que penetram a parede do intestino e migram via circulação porta até o fígado e, em seguida, via circulação sistêmica até os pulmões. As larvas introduzem nas paredes alveolares, deslocam-se até a garganta e são deglutidas. Posteriormente, retornam ao intestino e se transformam em vermes adultos, iniciando a reprodução, reiniciando o processo. Outrossim, o desenvolvimento da infecção pelos parasitas dura cerca de 2 a 6 semanas e os sintomas, quando presentes, iniciam-se após 7 a 14 dias do contágio. O diagnóstico da Síndrome de Loeffler é realizado por uma avaliação clínica, na qual pode-se observar sintomas respiratórios característicos, achados radiológicos de tórax, mostrando um infiltrado alvéolo-intersticial de caráter migratório, e, laboratorialmente, a síndrome é caracterizada por eosinofilia sanguínea. Conclusão: Para um adequado diagnóstico da Síndrome de Loeffler, é necessário associar à uma anamnese detalhada dados radiológicos e laboratoriais, acarretando assim em uma correta e precoce investigação do caso. Ademais, medidas sanitárias são importantes para reduzir a alta prevalência das parasitoses no Brasil.
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