INTRODUÇÃON a sociedade atual, novas formas de relacionamentos, novos contratos e novos códigos, entre outros aspectos, implicam distintas representações afetivo-amorosas entre os casais. Estes frutos da contemporaneidade têm profunda relação com a transformação da intimidade pessoal, com a evolução que Giddens denomina "sexualidade plástica" (2004:12), liberada de sua relação com a reprodução, orientada à negociação sexual.Segundo Roudinesco (2003), a mudança contribuiu para uma outra forma de enxergar as relações afetivo-amorosas e gerou uma grande "desordem", vivenciada pela nova organização social -a família. A autora observa que, desta forma, "a transmissão da autoridade é cada vez mais problemática, à medida que divórcios, separações e recomposições conjugais aumentam" (ibidem:19). A autora parafraseia JeanJacques Rousseau ao evidenciar a relevância da família como a mais antiga de todas as sociedades, e a única natural.Atualmente, a questão sobre a constituição do parentesco e da família vem se redefinindo, começando pelas margens da sociedade ou por sihttp://dx