INTRODUÇÃON a sociedade atual, novas formas de relacionamentos, novos contratos e novos códigos, entre outros aspectos, implicam distintas representações afetivo-amorosas entre os casais. Estes frutos da contemporaneidade têm profunda relação com a transformação da intimidade pessoal, com a evolução que Giddens denomina "sexualidade plástica" (2004:12), liberada de sua relação com a reprodução, orientada à negociação sexual.Segundo Roudinesco (2003), a mudança contribuiu para uma outra forma de enxergar as relações afetivo-amorosas e gerou uma grande "desordem", vivenciada pela nova organização social -a família. A autora observa que, desta forma, "a transmissão da autoridade é cada vez mais problemática, à medida que divórcios, separações e recomposições conjugais aumentam" (ibidem:19). A autora parafraseia JeanJacques Rousseau ao evidenciar a relevância da família como a mais antiga de todas as sociedades, e a única natural.Atualmente, a questão sobre a constituição do parentesco e da família vem se redefinindo, começando pelas margens da sociedade ou por sihttp://dx
Este trabalho realiza uma reflexão sobre o agravamento da violência de gênero em tempo de pandemia da Covid-19, com uma abordagem em âmbito nacional e internacional. Partindo de uma pesquisa bibliográfica, propõe uma narrativa que se encadeia a partir de elos de compreensão de que raízes da cultura da violência em sociedades capitalistas ocidentais,se retroalimentam para dar suporte à manutenção da ordem burguesa moderna, com parâmetros em um modelo referencial de organização androcêntrico. Esta pesquisarefuta as interpretações equivocadas acerca da pandemia como responsável pelo aumento do fenômeno da violência de gênero, pois tal afirmativa nega a historicidade da violência de gênero. Defende, ainda,que a promoção de autonomia das mulheres, não somente do ponto de vista material, é de suma importância para o enfrentamento da violência de gênero.AGGRAVATION OF GENDER VIOLENCE IN THE CONTEXT OF THE Covid-19 PANDEMICAbstractThis work reflects on the aggravation of gender violence in the time of the Covid-19 pandemic, with a national and international approach. Based on a bibliographic research, a narrative is proposed defending the perception that the roots of the culture of violence in Western capitalist societies support the maintenance of the modern bourgeois order, with parameters in a referential model of androcentric organization. In this research, the misinterpretations about the pandemic as being responsible for the increase in the phenomenon of gender violence are refuted, as this statement denies the historicity of gender violence. It is argued that the promotion of women's autonomy, not only from a material point of view, is of paramount importance for fighting gender-based violence.Keywords: Gender violence. Pandemic. Covid-19. Brazil. World
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