Pensando na História como corporificada e no corpo como território, desenvolvemos neste texto algumas reflexões sobre o fazer história em perspectiva feminista e decolonial. O corpo é constituído desde relações, memórias, processos e trocas. É a forma que nos constitui e que nos faz existir no mundo e é por via desse corpo que experimentamos as relações de poder, a partir do entendimento que gênero é uma construção herdada e construída. Assim, acreditamos que é importante situar o debate, pensando no corpo que sente e se relaciona a partir da visão de outras(os) autoras(es) que pensam sobre as fronteiras da violência e nas construções de poder herdadas do colonialismo. Neste texto, revisitamos algumas obras clássicas sobre violência de gênero, em especial no Brasil, trazendo suas particularidades, contribuições e críticas para o debate histórico desde interpelações feministas decoloniais, afirmando nosso compromisso ético e político com a História e com o Feminismo.