No âmbito dos processos formativos nos cursos de licenciatura em educação física, o estágio em educação física na educação infantil é um lócus de enfrentamento de dificuldades, como a supervisão do estágio por professores(as) licenciados(as) em educação física, devido à pouca presença na educação infantil. Neste artigo, o nosso objetivo é apresentar as reflexões de uma professora-pesquisadora, licenciada e mestranda em educação física, que supervisionou estagiários(as) na escola de educação infantil em que trabalha. O método que utilizamos nesta pesquisa qualitativa é o estudo de caso. Os conceitos de planejamento participativo e Se-Movimentar foram importantes no processo reflexivo de supervisão dos(as) estagiários(as). Consideramos que esse processo dependeu do engajamento identitário da professora-pesquisadora com pressupostos democráticos e progressistas.
A teoria da relação com o saber, proposta por Bernard Charlot, vem sendo estudada por investigadores(as) de várias áreas do conhecimento, com propósitos convergentes de desvelar e caracterizar as relações que são estabelecidas com os saberes. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é apresentar e descrever parte de um percurso de elaboração e explicitação das próprias relações com os saberes de um grupo de estudos de educação física escolar de uma universidade pública federal. Como escolha metodológica enfatizamos as narrativas. Na discussão dos resultados, provisoriamente, identificamos as dinâmicas que constituem aspectos da relação com o saber e estão presentes nos modos e razões de compreender a si mesmo(a), os(as) outros(as) e o mundo enquanto se pesquisa. Concluímos que é importante que aqueles(as) que intencionam investigar os elementos da relação com o saber caminhem em direção de si mesmos(as) para compreender a complexidade dessa rede de saberes.
O processo de orientação no campo acadêmico é permeado por relações de poder, hierárquicas e institucionalizadas, quanto à valorização dos saberes de orientadores(as) em detrimento dos saberes de orientandos(as). Há também interseccionalidades nessas relações, como questões étnico-raciais, de gênero e classe social. Reconhecer essa complexidade relacional implica na reflexão sobre pautas específicas da justiça social – como o antirracismo, o antissexismo e o anticapitalismo – na formação de professores(as)-pesquisadores(as). Neste artigo, três coautoras – uma orientadora e duas orientandas – que investigam a noção de relação com o saber analisam as suas próprias relações com os saberes em um processo de orientação acadêmica. O objetivo é situar as reflexões sobre as escolhas metodológicas baseadas nas narrativas de saberes das três professoras-pesquisadoras. A temática abrange aproximações teórico-metodológicas – no âmbito da orientação acadêmica em um programa de pós-graduação em educação física – e narrativas que se entrelaçam na mobilização para aprender em um grupo de pesquisa.
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