“…Criticando tais pressupostos, estas autoras destacaram que ativistas não resumem sua ação a táticas extrainstitucionais de confronto, mas também, porventura, apostam em táticas institucionais (Abers, Serafim e Tatagiba, 2014;Albuquerque, 2015;Banaszak, 2005;Carlos, 2015;Katzenstein, 1990;Pettinicchio, 2012;Silva e Oliveira, 2011;Silva, 2015). Pessoas com vínculos fortes ou apenas indiretos com organizações de movimentos sociais podem, por exemplo, utilizar a tática de ocupação de cargos (Abers, 2015; Silva e Oliveira, 2011; Silva, 2015; Tatagiba e Teixeira, 2016), tornando-se "burocratas ativistas", pessoas que se aproximam de governos "a ponto de ir trabalhar neles, com intuito específico de promover ações em benefício de causas pelas quais militam" (Ferreira e Lotta, 2016, p. 15).…”