2001
DOI: 10.1590/s0104-44782001000100003
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Estado e espaço urbano: revisitando criticamente as explicações sobre as políticas urbanas

Abstract: Este artigo analisa as políticas de infra-estrutura urbana em São Paulo entre 1978 e 1998. Partindo de dados primários, o estudo reconstrói os investimentos públicos e a sua distribuição espacial na cidade, usando uma base construída a partir de indicadores sociais. Esse procedimento permite discutir os aspectos distributivos da política e o seu impacto sobre os habitantes do Município de São Paulo. Os resultados problematizam hipóteses presentes nas literaturas de Sociologia e estudos urbanos.

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“…Governos municipais são responsáveis por um conjunto de leis e políticas que regulam o uso do espaço urbano. 1 A despeito disto, escassos trabalhos têm se debruçado sobre o exame de efeitos provocados por diferentes configurações institucionais locais sobre o planejamento e policies urbanas (Ceneviva, 2012;Marques, 2016). Neste ponto, a pergunta deste texto diz respeito a uma possível relação entre a participação de uma burocracia profissional e racionalmente orientada no serviço público municipal e seus impactos, sob a forma de incremento na "capacidade estatal", ou seja, potencial da administração para implementação de legislação, regulamentação e políticas no município (Souza, 2001).…”
Section: Faz Diferença O Tipo De Burocracias?unclassified
“…Governos municipais são responsáveis por um conjunto de leis e políticas que regulam o uso do espaço urbano. 1 A despeito disto, escassos trabalhos têm se debruçado sobre o exame de efeitos provocados por diferentes configurações institucionais locais sobre o planejamento e policies urbanas (Ceneviva, 2012;Marques, 2016). Neste ponto, a pergunta deste texto diz respeito a uma possível relação entre a participação de uma burocracia profissional e racionalmente orientada no serviço público municipal e seus impactos, sob a forma de incremento na "capacidade estatal", ou seja, potencial da administração para implementação de legislação, regulamentação e políticas no município (Souza, 2001).…”
Section: Faz Diferença O Tipo De Burocracias?unclassified
“…3 Para alguns breves balanços dessas interpretações, ver: Valladares (1983Valladares ( , 2005; Coraggio (1989); Kowarick (2000); Marques e Bichir (2001);Frúgoli Junior (2005). Diversos outros autores farão menção a esse momento do pensamento sociológico sobre as cidades no Brasil, frisando sua interlocução direta com o marxismo-estruturalista francês e, em especial, com as abordagens de Castells (1983) e Lojkine (1981).…”
Section: N O Ta Sunclassified
“…El espíritu general de la burocracia es el secreto, el misterio guardado en su seno por la jerarquía y hacia fuera, por su carácter de corporación cerrada [...]. En cuanto al burócrata tomado individualmente, la 60 Estudios recientes sobre política urbana (Marques, 2003;Marques y Bichir, 2001) desmontan fuertes hipótesis explicativas derivadas de la teoría de las élites y del pluralismo, centrándose en el neoinstitucionalismo para analizar las características constitutivas del Estado y los vínculos y relaciones que lo cercan, y su permeabilidad a las demandas de políticas por parte de las empresas. Si bien reconozco las originales aportaciones de estos trabajos, en ellos no hay suficiente lugar para los vecinos, y el sindicato, por ejemplo, en su constante resignificación.…”
Section: Entre El Secreto Y La Lucha Por Abrirse Caminounclassified
“…A mediados de la década de 1970, junto con la crisis del modelo de acumulación fordista, se produjo una ruptura epistemológica en los estudios urbanos, a partir de la crítica a las limitaciones del instrumental teórico-metodológico de la sociología estadounidense, y la revaloración del análisis basado en diferentes enfoques del materialismo histórico, sobre todo los provenientes de la Escuela de Sociología Francesa. 1 A comienzos de la década de 1980, a la luz de esta influencia, los estudios urbanos latinoamericanos, en general, movilizaron mecanismos estructurales y de naturaleza económica para explicar la conformación de la ciudad y las políticas urbanas, ya sea asociándolos al modo de producción o al comportamiento económico de los agentes sociales (Marques y Bichir, 2001). En este marco, se identificaba un patrón espacial decreciente centro-periferia en las condiciones sociales, urbanas y en la intervención del Estado en medios de consumo social, 2 proceso que, junto con el de autoproducción de viviendas, se subsumió y denominó urbanización de la pobreza.…”
Section: Introductionunclassified