Colaborando com a busca de novos referenciais epistemológicos que contribuam para o avanço da produção de conhecimento sobre prostituição e espaço urbano, este artigo se volta para os escritos de três prostitutas ativistas brasileiras – Gabriela Leite, Amara Moira e Monique Prada – sobre prostituição, gênero, sexualidade, espaço urbano e feminismo, a fim de acessar o contexto de formação e questões formuladas pelo “putafeminismo”, movimento criado e fomentado por prostitutas que pressionam os limites do feminismo ao propor que este se abra para o reconhecimento de seus saberes, vivências e demandas. Pretende-se, a partir disso, fomentar uma análise sobre a produção do espaço urbano pela prostituição, em um debate de gênero que visibiliza o lugar das prostitutas como usuárias e produtoras do espaço urbano e como sujeitas reflexivas de sua própria realidade.
Colaborando com a busca de novos referenciais epistemológicos que contribuam para o avanço da produção de conhecimento sobre prostituição e espaço urbano, este artigo se volta para os escritos de três prostitutas ativistas brasileiras – Gabriela Leite, Amara Moira e Monique Prada – sobre prostituição, gênero, sexualidade, espaço urbano e feminismo, a fim de acessar o contexto de formação e questões formuladas pelo “putafeminismo”, movimento criado e fomentado por prostitutas que pressionam os limites do feminismo ao propor que este se abra para o reconhecimento de seus saberes, vivências e demandas. Pretende-se, a partir disso, fomentar uma análise sobre a produção do espaço urbano pela prostituição, em um debate de gênero que visibiliza o lugar das prostitutas como usuárias e produtoras do espaço urbano e como sujeitas reflexivas de sua própria realidade.
Este artigo é resultado de inquietações elaboradas coletivamente no grupo de estudos Margear (UFBA). Ele objetiva evidenciar e refletir sobre modos de pensar, pesquisar e narrar cidades de uma perspectiva interseccional. Tomando partido de fragmentos produzidos em nossas pesquisas, destacamos experimentações teórico-metodológicas que praticamos, assim como estratégias para pensar e narrar por meio de linguagens que não apenas a escrita. Nos processos de pesquisa, as principais reflexões que nos movimentaram foram: produção de conhecimento desde e com as margens; valorização da memória; trajetórias urbanas de mulheres negras; imbricações de modos de vida no fazer-cidade cotidiano. As trocas inter e transdisciplinares têm nos fornecido considerações fecundas, mas reforçamos que o campo dos estudos urbanos ainda carece da construção de um arcabouço teórico que o aproxime de alargamentos epistêmicos necessários à sua atualização.
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