“…No que se refere à face econômica, em termos regionais, as estratégias de modernização efetivamente levaram à crescente mobilização de recursos, à formação e à concentração do capital, à permanente reorganização e à racionalização do processo de trabalho e ao aumento de sua produtividademediante, basicamente, a valorização mercantil de recursos naturais, tanto que tais estratégias têm resultado igualmente no aumento muito significativo da produção. De 2002 a 2017, a taxa média de crescimento anual do PIB per capita da região de Carajás alcançou 6,77 % a.a., muito superior à do Brasil, que no período foi de 2,9% a.a. (MONTEIRO, 2022a). Em que pesem o crescimento frenético e o gigantismo das cifras quando se adota uma qualificação da economia da região nos termos apontados por Fajnzylber (1988, p. 13), é possível sustentar que a ampliação da competitividade da economia regional, em termos gerais, "seria uma elevação espúria", uma vez que ocorre na presença de um sistema educacional fragilíssimo, da ampliação da pobreza, da diminuição dos coeficientes de investimento, da "redução dos gastos regionais em pesquisa e desenvolvimento" e da externalização de custos ambientais (MONTEIRO, 2022b, p. 354).…”