RESUMO Na sociedade moderna vive-se, de forma frenética e frequente, um momento de culto e adoração ao corpo. Essa prática é amparada e induzida, sobretudo, pelas mídias. Assim sendo, elas promovem a adesão a uma estética "padrão" e "ideal", incentivando a cultura das cirurgias plásticas, da prática do exercício físico em academias, da venda massiva de cosméticos, bem como de produtos para emagrecer. Como forma de se encaixar nesse padrão estético, muitos sujeitos têm feito o consumo exagerado de substâncias ilegais para alterar este corpo "feio" ou "desproporcional" de forma mais rápida. É um consumo desenfreado que afeta homens, mulheres e adolescentes. Seu principal objetivo é ganhar massa muscular ao mesmo tempo em que trabalham na melhoria do seu rendimento físico por meio, sobretudo, de anabolizantes, uma vez que querem ver os resultados instantaneamente. O uso indiscriminado desses anabolizantes (ou EAA) fazem com que as mais diversas doenças se desenvolvam como consequência deste uso desenfreado de substâncias tóxicas, pois começam a aparecer efeitos adversos ao esperado em relação ao uso das EAA, tais como atrofia do tecido testicular (causando impotência e/ou infertilidade), tumores de próstata e ginecomastia em homens, masculinização (sobretudo alteração na voz), irregularidade menstrual e aumento do clitóris em mulheres e, ainda, em ambos os sexos há a possibilidade do desenvolvimento da calvície, erupções acneicas, aumento da libido, irritabilidade, disfunção hepática e agressividade. Diante deste contexto, o objetivo desta pesquisa foi analisar quais efeitos colaterais foram vivenciados pelos usuários durante e após o uso de EAA e qual o grau de gravidade de cada um dos sintomas apresentados.