2017
DOI: 10.25091/s01013300201700040006
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

A política das ruas: protestos em São Paulo de Dilma a Temer

Abstract: Em 31 de agosto de 2016, data da votação do impeachment da presidente, o país acordou com cerca fincada na frente do Congresso Nacional. Acirravam-se conflitos em curso desde 2013, quando eclodiram manifestações massivas em desafio às instituições políticas. Desde então disputam atores e intérpretes. Três abordagens predominam, conforme ênfase em causas, 2 atores 3 ou no processo de mobilização. 4 Este artigo se inscreve na última linha. Argumenta que manifestantes construíram estilos de ativismo, apropriando-… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1
1
1

Citation Types

0
25
0
57

Year Published

2018
2018
2023
2023

Publication Types

Select...
4
3
2

Relationship

0
9

Authors

Journals

citations
Cited by 94 publications
(82 citation statements)
references
References 0 publications
0
25
0
57
Order By: Relevance
“…A posição de Evandro Gussi, ao procurar um diálogo com as ruas, votando em nome desta, sinaliza para um segundo conjunto de forças. Os estudos antropológicos e sociológicos sobre as manifestações de rua, ao longo do período que ganhou seu ápice na votação do impeachment no Congresso Nacional, são categóricos em mostrar as diferenças e os tipos de repertórios utilizados pelos agentes envolvidos (Gohn, 2016;Alonso, 2017;Pinto, 2017 16 ). De um lado estariam os agrupamentos tradicionalmente vinculados à esquerda, como os sindicatos, sociedade civil organizada, agremiações estudantis, intelectuais e artistas, que se aglutinavam em dias alternados da semana e cuja posição oscilava entre a defesa direta da presidenta e o apelo pela conservação dos valores democráticos e da Constituição republicana brasileira.…”
Section: Altar Rua Democracia E Partidounclassified
“…A posição de Evandro Gussi, ao procurar um diálogo com as ruas, votando em nome desta, sinaliza para um segundo conjunto de forças. Os estudos antropológicos e sociológicos sobre as manifestações de rua, ao longo do período que ganhou seu ápice na votação do impeachment no Congresso Nacional, são categóricos em mostrar as diferenças e os tipos de repertórios utilizados pelos agentes envolvidos (Gohn, 2016;Alonso, 2017;Pinto, 2017 16 ). De um lado estariam os agrupamentos tradicionalmente vinculados à esquerda, como os sindicatos, sociedade civil organizada, agremiações estudantis, intelectuais e artistas, que se aglutinavam em dias alternados da semana e cuja posição oscilava entre a defesa direta da presidenta e o apelo pela conservação dos valores democráticos e da Constituição republicana brasileira.…”
Section: Altar Rua Democracia E Partidounclassified
“…Já no terceiro grupo de abordagens sobre junho de 2013, na qual a própria autora se filia (Alonso;Mische, 2017), o destaque da análise se concentra nos processos de mobilização e repertório de protesto dos grupos e indivíduos que participaram dos movimentos em São Paulo. Esta forma de interpretação se vincula no paradigma norte-americano de análise dos movimentos sociais, conforme analisou Gohn (1999).…”
Section: Introductionunclassified
“…Podemos notar que, dentre as características observadas, alguns elementos remetem às formas de organização anarquistas, contrárias à hierarquia, à centralização do poder, à representação e a lideranças, daí o horizontalismo, a independência política e a ação direta, sem lutar pela tomada do poder. Outras características são recentes e estão presentes em outras mobilizações globais: a relação simbiótica com a internet e a mídia social; a capacidade e rapidez das mobilizações; a heterogeneidade dos participantes, a maioria desvinculada de organizações; o caráter artesanal dos cartazes; uma alta participação de jovens; e a tomada das ruas e ocupação dos espaços urbanos(Alonso; Mische, 2016, p. 5).…”
unclassified